Mais uma Submissa? O passado volta a nos atormentar parte 114

Amaaaadas! Vou postar mais um capitulo agora, pois amanha não sei qual horário vou poder postar ok... ah, e se preparem, pois está tenso, emocionante e triste! kkkk}

Capitulo 114 ;)
Espero que gostem!
Beeijos!


O filme já acabou. Eu estou exausta. Preciso dormir.
- Amor, preciso dormir. – Eu digo a ele.
- Eu também, estou exausto. – Ele desliga a TV e se ajeita na cama.
- Primeiro eu vou pegar um copo de agua.
- Eu pego para você. – Ele diz.
- Não precisa Cristian, eu pego fique tranquilo.
Levanto da cama e caminho até a cozinha, ainda estou estranhando o apartamento, me lembro tanto de quando ele morava aqui no escala, passamos tantos momentos bons. Eu estava com saudades. Eu escuto um barulho na cozinha, deve ser a Sra. Jones. Eu vou à direção do barulho, mas chego à cozinha e não há ninguém, um arrepio toma conta da minha espinha, viro imediatamente para voltar para o quarto, mas eu trombo com algo pior do que um fantasma é sombrio é maligna, é Helena, uma dor horrível e congelante toma conta do meu abdômen. É frio, gelado. Eu não sei o que está acontecendo, só consigo olhar para seus olhos sombrios.
- Eu tive que voltar e fazer o serviço daquela incompetente. – Eu quero gritar para Cristian, mas a voz não sai. Ela puxa a faca. Eu apenas coloco a mão no ferimento, não pensava que pudesse doer tanto, eu me apoio no balcão e vou deslizando até o chão.
- Anastásia, não foi fácil chegar até aqui, eu tive que passar por coisas que você nem imagina, mas eu consegui. Eu disse que ia voltar não disse. Eu se fosse você nem me daria ao luxo de tentar gritar, até porque você não vai conseguir. Geralmente com uma facada, você fica tão assustado com o trauma que nem consegue gritar, quem disse que não se aprende nada na cadeia? – Ela ri baixinho. Ela se abaixa.
- Ah, eu já ia esquecendo, mande o Cristian contratar novos seguranças, foi muito fácil passar por estes ok. – Ela sai. Eu não consigo ver nitidamente o rosto dela, tudo está embaçado. Eu não consigo ficar em pé, eu estou sangrando. Sangrando muito. Minha camisola branca está ficando vermelha. Será que vou morrer? Não posso morrer, não agora. Preciso ir para o quarto, preciso pedir ajuda. Eu vou me arrastando. Por onde eu passo eu largo o rastro de sangue, eu posso ver, não nitidamente, mas eu posso ver. Como ela entrou? Como Taylor não viu? E os outros seguranças. Essa mulher é o demônio. Nunca pensei que o quarto fosse tão longe, ainda bem que deixei a porta aberta, está doendo tanto. Quanto mais eu me arrasto pior é a dor. Pelo jeito Cristian está dormindo. Eu o chamo.
- Cristian. Por favor. – Minha voz não sai apenas um sopro. Eu me arrasto até a beirada da cama. Eu consigo pegar em seu pé. Ele sussurra algumas coisas. Eu pego em seu pé novamente. Porque eu não consigo gritar? Talvez seja pela dor insuportável. Finalmente ele ascende à luz.
- Ana? O que está fazendo ai no chão? – Ele ri. Deve pensar que estou brincado. Por um momento ele me olha normalmente, até ver o sangue pelo chão do quarto.
- Ana! Meu Deus! O que... – Ele está em choque.
- Sra Grey! – Sra Jones grita na porta. – Eu não estou mais enxergando. Eu vejo quando Taylor corre em minha direção e me coloca na cama. Eu só vejo sangue. Eu o escuto gritar.
- Sr Grey! Pode me ouvir! Sr Grey! Precisamos chamar uma ambulância. – Eu permaneço com a mão no ferimento. Vejo um rosto em minha frente.
- Cristian é você? – Eu digo baixinho.
- Sou eu amor, eu estou aqui. Perdoe-me , me perdoe. – Ele está chorando, eu percebo em sua voz.
- Não chore, eu estou bem. – Eu digo.
- Ana aguente firme! Aguente meu amor! Você vai ficar bem eu prometo! A ambulância está vindo. – Ele beija minha testa.
- Que porra que aconteceu Taylor! Eu não quero desculpas! Como ela entrou aqui! – Ele berra.
Eu estou vendo tudo em câmera lenta, eu não posso me mover, a dor parece até ter passado, estou amortecida, não sinto absolutamente nada. Não posso morrer, eu repito para mim mesma. Eu grudo no colarinho da camisa de Cristian.
- Não posso morrer! – Minha voz está estranha, eu estou forçando para falar, mas voz não sai.
- Você não vai morrer Ana! Eu não vou permitir. Por favor, amor, lute! Não me deixe. – Ele segura meu ferimento. – Não fale amor, não se canse a ambulância está vindo. Você vai ficar bem.
- Sra Grey, a Senhora vai ficar bem, está me ouvindo. – É a voz da Sra Jones.
Eu escuto algumas vozes estranhas no quarto, deve ser os médicos, eles perguntam algumas coisas que eu não consigo ouvir direito. Eu só escuto uma voz.
- Facada no abdômen, ainda sem saber quais órgãos vitais atingidos, pulso muito fraco, a vitima perdeu muito sangue, vamos leva-la agora. – Deve ser um médico.
Acordo em uma sala branca. As várias pessoas em volta de mim espero não estar morta.
- Sra Grey, está me ouvindo? Sra Grey?
- Cristian? – Eu digo.
- Sou o Dr Morgan. Médico. A Sra perdeu muito sangue, vamos realizar uma transfusão ok.
- Sangue? Como assim? – Eu não consigo me lembrar.
- A Senhora foi vitima de uma facada no abdômen, por sorte não atingiu nenhum órgão vital, mas a Senhora perdeu muito sangue. – Facada? Meu Deus.
- Cristian! – Eu grito.
- Sra tente se acalmar não se esforce. Seu marido está do lado de fora. Ele vai ver a Senhora assim que possível ok, agora preciso que relaxe. – Eu vejo apenas um vulto.
Vejo muitas flores brancas. É um jardim grande. Porque eu estou aqui? Parece até um sonho, um lindo e perfeito sonho. Acordo assustada. Estou com dor nas pernas e nos joelhos.
- Cristian? – Eu chamo.
- Ei. – Ele enxuga as lagrimas.
- Porque você está chorando? – Eu digo. Ele faz carinho no meu rosto.
- Ana! Eu passei por um inferno. – Ele mal consegue falar, as lagrimas escorrem por seu rosto e ele nem tenta esconde-las.
- Estou com dor. Onde está Phoebe? Ted? – Eu digo.
- Ted ainda está internado aqui. Phoebe está com a minha mãe. – Ele diz.
- Que horas são? – Eu pergunto.
- São seis da manhã. – Eu estou tão perdida.
- O que houve Cristian? Porque eu estou aqui?
- Você não se lembra? – Ele pergunta.
- Não, eu apenas me lembro de chegar à cozinha e só.
- Você levou uma facada no abdômen. – Eu coloco a mãe e dói. – Ai, devo ter levado mesmo, está doendo muito. Minhas pernas e joelhos também.
- Isso é porque você foi se arrastando até o quarto amor. Eu fui um idiota! Deveria ter ido com você... Eu jamais vou me perdoar por isso.
- Não se culpe, ninguém tem cul... ai! – Dói muito.
- Não fale amor! Não diga nada! Apenas descanse.
- Realmente estão tentando acabar conosco. – Eu quero rir, mas não posso.
- Ei! Não de risada Senhora teimosa! Já disse! Eu estou furioso Ana! Isso jamais poderia ter acontecido! A segurança não poderia ter dado um furo desses.
- Ela é esperta Cristian, se até Leila já entrou lá antes...
- O que me intriga é, como ela sabia que estávamos no escala?
- Eu não sei. – Respondo baixinho.
- O importante é que você está bem meu amor! Você é muito forte Ana!
- Eu sou? – Eu digo.
- Claro que sim! Você lutou meu amor! Você é durona! Minha durona. – Ele sorri.
- Eu não vou deixar que acabem com a minha família nunca Cristian! – Eu digo.
- Eles vão pagar amor! Eu prometo! Nós vamos ter paz! Eu juro que vamos! Já falei com o delegado, eles estão muito perto de pega-la.
- Tomara! Cristian, isso parece até uma novela. – Estou rindo devagar.
- Parece mesmo, só que com mais ação... Por Deus não poderíamos estar rindo disso, eu poderia ter perdido você.
- É nas situações de pânicos que devemos rir Cristian, eu já te ensinei. – Eu pisco para ele.
- Eu sei você me ensinou isso e muitas outras coisas meu amor. – Ele sorri.
- Você avisou alguém? – Eu digo.
- Família Grey em peso está ai fora. – Ele ri.
- Cristian, não era necessário. – Eu digo.
- Só não avisei sua mãe ainda, ela foi embora ontem à tarde..
- Não quero que diga nada agora, ela surtaria.
- Amor, eu preferia que fosse a mim. Se você visse todo aquele sangue Ana. Eu entrei em choque, eu... Simplesmente não conseguia aceitar, eu queria transferir toda a sua dor para mim. Eu queria estar no seu lugar.
- Deus escreve certo por linhas tortas Cristian, vamos acreditar que isso é uma coisa na qual temos que passar, estamos indo bem, estamos vivos. – Estou rindo.
- E vamos continuar Sra Grey, eu tenho muitas coisas para te oferecer ainda, muito amor! Pelo resto de nossas vidas.