Mais uma Submissa? O passado volta a nos atormentar. Parte 124

Amores!! Bom diaa!!

Capitulo 124 :)
Espero que gostem!
Beeeijos!


Agora estou curiosa, o que será que ele vai fazer? Eu sei que posso esperar qualquer coisa do Cristian, mas agora nem me passa pela cabeça o que ele pretende. Enquanto me visto penso em tudo o que aconteceu nesses últimos minutos. Não sei o que deu na minha mãe, ela não poderia ter colocado meu pai contra o Cristian dessa maneira. Eu tenho certeza que tem grande influência dela nisso tudo. Ray jamais agiu dessa maneira comigo, foi muito doloroso ouvi-lo falando assim.
- Senhoras Jones, por gentiliza, eu preciso ir ao médico saber o resultado do meu exame. Você poderia tomar conta das crianças para mim? Eu adoraria leva-las, mas eu acho que lá não é apropriado.
- Senhora pode ir tranquila, eu fico com eles com o maior prazer, eles estão seguros comigo.
- Muito obrigada! Quero que saiba que eu confio na Senhora. – Eu digo.
- Fico muito feliz de ouvir isso. – Ela sorri. Eu realmente confio nela.
- Meu amor. – Eu pego Ted no colo. – Quero que você se comporte com a senhora Jones, a mamãe vai voltar logo. – Lhe dou um beijo.
- O Sr Grey está esperando a senhora na sala.
- Certo, obrigada.
- Estou pronta. – Eu digo.
- Está linda. – Ele me beija. Eu o amo tanto.
- Taylor vai nos levar?
- Sim. – Ele responde.
No caminho permaneço quieta, estou muito triste com a atitude dos meus pais, minha mãe não mencionou o Bob, geralmente ele não gosta de meter nesses assuntos, eu precisava tentar falar com ele sem minha mãe saber, vou tentar fazer isso quando saírmos daqui.
Assim que chegamos uma secretária muito simpática nos atende e nos guia até a sala do Dr Stuart.
- Senhor e Senhora Grey, que prazer revê-los.
- Bom revê-lo também Doutor. – Eu digo.
- Como vai Doutor? – Pergunta Cristian.
- Estou bem Senhor Grey, obrigado por perguntar. Bom Senhora Grey eu não vou deixar a Senhora mais nervosa não é mesmo. – Ele sorri.
- Eu estou muito nervosa Doutor.
- Não fique assim, vamos lá. Bom senhora pelos os exames que foram feitos chegamos ao diagnóstico de narcolepsia. – O que é isso?
- O que é isso? É grave? – Cristian está desesperado. Eu não consigo me manifestar.
- Calma Senhor Grey, eu vou explicar. A narcolepsia é uma doença caracterizada por ataques irresistíveis de sono, episódios temporários de fraqueza muscular e paralisia do sono e alucinações hipnagógicas que são alucinações que ocorrem durante o adormecer. A narcolepsia tem um sintoma especifico que é cataplexia, esses ataques duram de poucos segundos a minutos, em geral a pessoa fica acordado o tempo todo. Estes ataques podem ser desencadeados por fatores emocionais como riso, choro, medo ou sustos.
- Por isso eu tenho sono com muita frequência. – Agora eu entendo.
- Vai ficar tudo bem amor. – Cristian sussurra segurando minha mão.
- E isso tem cura não tem? Pergunta Cristian.
- A Narcolepsia não tem cura Senhor Grey, mas medicamentos e adaptações no estilo de vida podem ajudar a controlar os sintomas. Geralmente são três medicamentos utilizados, que são Anafai, Clomipramina, Ritalina. Tomando esses medicamentos e seguindo o tratamento a Senhora terá uma vida normal. No caso da Senhora as crises de cataplexia são as mais frequentes.
- Como isso acontece Doutor? – Pergunta Cristian.
- Acredita-se que a narcolepsia seja causada pela perda de um grupo de células localizadas no hipotálamo. Estas células morrem precocemente e não produzem um neurotransmissor chamado hipocretina, responsável por nos manter acordados. Um desequilíbrio, portanto, na quantidade desta substância química pode levar ao aparecimento do sono REM em horas inadequadas. Não sabemos afirmar o que leva o corpo a produzir baixas quantidades de hipocretina, mas acredita-se que uma reação autoimune possa estar envolvida. No processo natural do sono, uma pessoa passa por todas as primeiras fases antes de entrar no chamado sono REM, que é quando ocorre a grande parte dos sonhos. Já uma pessoa com narcolepsia pula todas essas primeiras fases, atingindo o sono REM muito mais rapidamente. Isso pode acontecer tanto à noite quanto durante o dia.
- Por isso eu acordo assustada e confusa.
- Exatamente Senhora Grey, mas como eu já lhe disse, se tomar a medicação corretamente vai ficar tudo bem.
- Tudo bem Doutor, eu preferia que não tivesse acusado nada no exame, mas se tem que ser assim, eu vou seguir o tratamento. – Cristian sorri para mim.
- Senhor Grey, o Senhor demorou muito para perceber esses distúrbios na Senhora Grey?
- Pode me chamar de Ana. – Eu digo. Ele sorri.
- Eu já havia percebido que ela acordava muito assustada e as vezes falando coisas que eu não conseguia entender, mas isso nunca foi muito frequente, geralmente era quando ela passava por situações de estresse ou algo parecido, mas teve um dia em que eu fiquei muito preocupado, que foi quando eu chamei o Flynn.
- O senhor se lembra exatamente daquele dia?
-Lembro de algumas coisas, lembro que ela não queria acordar, não sabia bem aonde estava, dizia que tinha acabado de deitar e que não poderia acordar.
-Você se lembra disso Ana? – Pergunta o Doutor.
- Na verdade eu só me lembro de ter me trocado para dormir, eu apaguei, estava com um sono muito forte. Apenas deitei na cama e não me lembro de mais nada. Apenas do Flynn parado na minha frente.
- A Senhora já adormeceu enquanto estava conversando com algum amigo ou com alguma outra pessoa?
- Na verdade já aconteceu uma vez, mas não foi com nenhum amigo foi com o meu marido mesmo. – Na época foi engraçado.
- E como foi Senhor Grey?
- Eu me lembro que estávamos conversando no sofá, não me lembro muito qual era o assunto, mas ela estava animada, estávamos rindo. Ela estava deitada no meu colo e eu percebi que ela não falava nada, quando eu vi ela estava dormindo, eu chamei ela para ver se acordava, mas nada. Levei ela para a cama e ela dormiu a noite toda sem acordar nenhuma vez e ela geralmente acorda.
- A Senhora se lembra disso?
- Eu lembro, foi um sono mais forte do que eu, é como se eu tomasse algo para dormir, não dá para controlar.
- A Senhora trabalha em uma editora não é mesmo? – Ele pergunta.
- Sim.
- E já aconteceu algo assim por lá?
- Graças a Deus não, foi só em casa mesmo. – Eu respondo.
- Eu jamais poderia imaginar que eu teria algum distúrbio do sono, eu achava que era apenas por estar passando por situações de muito estresse.
- Eu soube do que aconteceu com a Senhora, Flynn chegou a comentar comigo, eu sinto muito, espero que vocês estejam bem depois desse susto.
- Estamos bem agora, muito obrigado. – Diz Cristian.
- Bem Ana devido a todos esses acontecimentos, eu vou explicar direitinho como a Senhora vai tomar os remédios, quanto antes começarmos esse tratamento melhor.
Ficamos ali por um bom tempo, ele explicou como devo tomar os medicamentos. Estou triste pelo diagnóstico, eu sou uma pessoa que não gosta de ficar tomando remédios para tudo, mas agora estou sem opção. Já estamos no carro.
- Amor, tudo bem? Você está tão calada. Está triste por tudo o que o Doutor disse, não é?
- Eu não queria que tivesse acusado nada no exame Cristian. – Estou arrasada.
- Ana, eu sei que você não queria eu também não queria, mas você vai ficar bem amor. Você viu o que o Doutor falou, pode ser que isso dure apenas alguns anos.
- E pode ser que dure a vida inteira Cristian. – Eu abaixo a cabeça.
- Ei, não fique assim, eu vou estar aqui sempre, para tudo o que você precisar, não deixa que isso tire esse seu sorriso lindo. – Ele sorri para mim. É o meu único remédio.
- Eu te amo Cristian. – Eu o abraço.
- Eu também te amo Ana, para sempre.