Mais uma Submissa? O passado volta a nos atormentar. Capítulo 186

Amoreeees!!!

 Boa Noite!
 Capitulo 186 :)
Espero que gostem!
Beeijos

Todos já foram embora. Eu ainda estou eufórica, não consigo esconder. Minha mãe resolveu se hospedar em um hotel e passar mais alguns dias aqui na cidade, afinal não conseguimos colocar todos os assuntos dia, são muitas coisas.

- Ana. - Cristian vem em minha direção. Depois que os convidados foram embora ele foi fazer algumas ligações.

- As crianças? - Ele pergunta.

- Estão com a Senhora Jones. - Estou sentada em uma das poltronas da sala.

- Ainda não tivemos tempo de conversar a sós não é mesmo. - Ele senta.

- Alguma coisa séria? - Eu pergunto.

- Primeiro eu gostaria que você soubesse que eu conversei com o delegado e o caso foi finalizado.

- Sem nenhum questionamento a mais?

- Não foi necessário, ele ouviu todos os seguranças que estavam conosco aquele dia e todos confirmaram o que aconteceu.

- E quanto a mãe dela?

- O delegado não quis entrar em detalhes. Ele apenas disse que ela vai embora para outra cidade. Eu também não quis questionar mais nada.

- Eu ainda sinto pela morte dela, mas fico aliviada de saber que não há mais nenhuma desconfiança quanto ao nosso envolvimento.

- Bom, vamos esquecer isso. - Ele pega em minhas mãos. - Ana, eu preciso te dizer uma coisa. - Ele parece tenso.

- Pode dizer Cristian.

- Eu andei pensando em algumas coisas que você me disse uma vez...

- Qual coisas? - Eu já disse tantas.

- Lembra quando estávamos no escala e você disse que deveríamos que tomar cuidado com o quarto, que as crianças não poderiam entrar lá e que você não se perdoaria se isso acontecesse...

- Sim, eu me lembro. - Ele está se referindo ao quarto de jogos. Ele não gosta desse nome agora...

- Então, eu resolvi mantê-lo apenas no escala. Eu não sabia o que você ia achar da ideia, mas eu imaginei que você não ia querer ter um aqui.

- Eu acho a ideia maravilhosa. Eu iria me sentir muito tensa se soubesse que a qualquer momento Ted pudesse entrar por algum descuido. - Ele sorri.

- Ótimo. Me sinto aliviado, confesso que não sabia qual seria sua resposta. - Ele sorri.

- Você mesmo disse que eu já havia dito isso uma vez Cristian.

- Eu sei, mas é que você é imprevisível Senhora Grey. E durante a reforma dessa casa, eu pensei muito e cheguei à conclusão de essa é a melhor opção. Vamos voltar com a ideia inicial, manter o apartamento no escala apenas para nós dois.

- Gostei desde conceito de ideia inicial. - Estou rindo. - Acho que você já abusou demais por hoje. Talvez seja melhor ir deitar um pouco Cristian.

- Estamos na casa nova Ana! Eu esperei tanto por isso, não espera que eu vá me deitar, não é?

- Você precisa Cristian, seu tempo de recuperação ainda não acabou. Por favor. - Eu digo.

- Tudo bem. Eu vou tomar um banho e me deitar um pouco.

- Assim é que se fala Grey. - Ele pula da poltrona onde está e me dá um beijo. Como ele tem a capacidade de me desarmar completamente apenas com um beijo? É um mistério.

- Eu vou dar uma volta no jardim tudo bem?
- Ótima ideia Senhora Grey, eu adoraria ir junto. – Ele sorri.
- Eu também adoraria que você fosse, mas sabe que não pode.
- Tudo bem, não vou mais insistir. – Ele me dá um beijo e sobe para o quarto.
Vou em direção a uma porta que tem na sala e dá para o jardim. É tudo tão maravilhoso, ele pensou em todos os detalhes. As rosas brancas, os bancos espalhados pelo jardim, para dizer a verdade é bem maior que a outra casa. Eu não tinha parado para pensar em um detalhe, minhas roupas e todas as outras coisas estão no apartamento. Eu preciso pega-las. Vejo Elis passando pelo jardim.
- Elis! Elis! – Eu a chamo.
- Sim, Senhora. – Ela vem em minha direção.
- Elis, eu fiquei tão eufórica com a surpresa do Cristian e todas as outras coisas, que esqueci que todas as minhas coisas ficaram no escala. Eu preciso de tudo aquilo.
- Senhora, o Senhor Grey pediu para comprar tudo novo para essa casa.
- Sim, mas e as minhas roupas e outras coisas...
- As roupas também Senhora. O Senhor Grey pediu para que comprassem tudo novo para a Senhora. – O que? Tudo o que eu tenho no escala é novo! Eu tenho muitas roupas lá, não tem cabimento comprar mais coisas.
- Algum problema Senhora? – Ela pergunta.
- Nada Elis, muito obrigada.
- Se precisar eu estou as ordens Senhora, aliás, desculpe por me intrometer, mas a Senhora já viu o quarto das crianças?
- Ainda não Elis, eu nem tive tempo de subir para olhar.
- Está tudo tão lindo Senhora. Eu fiquei encantada quando entrei lá.
- Eu vou dar uma volta pelo jardim e depois vou subir.
- Certo Senhora. -  . Ela sai.
Cristian sabe muito bem que eu não gosto de exageros, tudo bem, ele já explicou milhares de vezes que temos condição de fazer tudo isso sem problema algum, mas a ideia não me agrada. Ele me conhece muito, eu não mudei meu pensamento em relação a isso e nunca vou mudar, não foi pelo dinheiro que eu me casei com ele.   Me sento em um dos bancos e fecho os olhos por alguns minutos, o sol batendo em meu rosto, é como o meu sonho.
- No que você está pensando? – Ele fecha meus olhos com as suas mãos.
- Você não ia tomar banho e descansar? – Eu pergunto.
- Eu ia, mas estava passando pelo quarto do Ted e acabei ficando com ele por algum tempo, logo depois encontrei com a Elis e ela me disse que você havia questionado sobre as suas roupas...
- Puxa, não dá para esconder nada de você. – Estou rindo.
- Era para esconder? – Ele senta ao meu lado.
- Cristian, eu sei que você diz que podemos fazer tudo isso e que temos dinheiro o suficiente...
- E temos... – Ele diz.
- Eu sei, mas você poderia muito bem ter trazido minhas roupas para cá, não precisava ter comprado roupas novas.
- Ana, eu entendo perfeitamente, mas nós podemos fazer isso, aliás, pense que temos duas casas. Como eu já disse não vou me desfazer daquele apartamento, então pode deixar as coisas lá como estão.  Eu disse que sua mãe poderia ter ficado ali ao invés de um hotel...
- Eu insisti, mas ela preferiu ir para um hotel. Ela ainda está muito sem graça com tudo o que aconteceu Cristian, ela precisa do tempo dela. Pelo menos agora está tudo bem.
- Olha, vamos manter as coisas lá, alguem da família pode precisar de algum lugar para se hospedar ou sei lá...
- Você acha que isso é uma boa ideia?
- Você não? - Ele me olha. Eu começo a rir. A ideia de alguem entrando sem querer no quarto de jogos me faz rir.
- Porque você está rindo Ana? – Ele pergunta.
- Imagina se alguem entra no quarto de jogos Cristian...
- Eu não gosto de como esse nome soa, já disse que prefiro o outro nome. Isso não iria acontecer, vamos mantê-los trancado, não se preocupe.
- Me desculpe, não toco mais nesse nome. – Ele sorri.
- Quero apenas lembrar dos momentos bons que eu passei com você lá...
Encosto minha cabeça em seu ombro. Ficamos ali, contemplando a paisagem e o jardim da nossa nova casa.