Mais uma Submissa? O passado volta a nos atormentar. Capitulo 191

- Mãe fico tão feliz que você veio. – Corro para abraça-la.
- Me desculpe pela demora para aparecer, é que eu aproveitei que estava na cidade para resolver algumas coisas, eu vim para conversarmos sobre essa festa.
- Como você ficou sabendo? – Eu me sento ao seu lado.
- Porque eu passei na casa da Grace, e Mia estava comentando.
- E o que você achou da ideia?
- Eu achei ótima, você sabe que eu adoro festas, e afinal de contas, vocês merecem filha. Vocês passaram por tantas coisas, que agora merecem esse momento de alegria.
- Eu não achei uma boa ideia no inicio, devido à cirurgia que Cristian teve que fazer...
- Ele já está melhor não está? – Ela questiona.
- Sim, Graças a Deus, mas ainda tem que fazer repouso.
- Eu tenho certeza de que ele vai ficar bem. Agora, deixe-me contar com quem eu encontrei na rua.
- Com quem?
- José. – Eu pensei que ele tivesse saído da cidade. José passou de todos os limites nem sei se vale a pena contar para a minha mãe tudo o que ele fez.
- Eu odeio pensar que esse cara ainda está cidade. – É Cristian.
- Cristian! Como está? – Ela se levanta e o cumprimenta.
- Estou muito bem e você como está?
- Estou ótima, mas me diga, aconteceu algo com o José que eu não estou sabendo? É que eu senti um clima tenso aqui.  – Cristian senta ao meu lado.
- Tirando o fato de ele dar em cima da Ana o tempo todo nada. – Ele está sério.
- É, mas eu deixei bem claro que eu não quero nada com ele. Sabe mãe, eu decidi me afastar até mesmo da amizade dele. José nunca soube separar as coisas.
- Ele sempre foi doido por você querida, eu sei disso. Ele perguntou por você inclusive.
- Ainda tem coragem de perguntar. – Diz Cristian.
- Mae, por favor, vamos mudar de assunto.
- Sim, vamos. Desculpem-me, mas me digam. E o meu terceiro neto quando vai chegar? – Ela muda de um assunto constrangedor e logo vai para outro.
- Estamos trabalhando para isso. – Ele ri.
- Cristian! – Eu dou um tapinha de leve em sua perna.
- Isso é ótimo! Significa que vocês estão felizes! Eu fico tão feliz por vocês.
- Obrigada mãe, estamos em um momento maravilhoso da nossa vida. – Cristian me da um beijo. Eu não poderia estar mais feliz com os últimos acontecimentos.
- Agora eu quero ver os meus netos.
- Eles estão lá em cima, pode ir até lá mãe. – Ela sobe as escadas, Cristian e eu ficamos sentados no sofá. A campainha toca.
- Está esperando alguém?
- Não. – Ele diz. Levanto-me e vou abrir.  Deparo-me com um grupo de quatro garotas, devem ter seus dezessete anos mais ou menos. Agora não faço a menor ideia do que querem aqui.
- Eu posso ajudar vocês? – Eu cruzo os braços.
- Desculpe, mas estamos vendendo alguns chocolates, estaria interessada em comprar?
- Ana, quem é? – Cristian aparece logo atrás de mim. Ele está com uma camiseta branca e uma calça jeans. Está maravilhoso como sempre, e isso é o que mais me preocupa. Uma delas nem disfarça na presença dele.
- Elas estão vendendo chocolates. – Eu digo.
- Legal. Para qual finalidade? – Ele questiona.
- E precisa ter uma finalidade? – Uma delas o questiona. Espera ai, é isso mesmo que eu estou entendendo? Para mim estavam todas serias, porque se encheram de sorrisos agora? Só vieram aqui por causa dele.
- Ninguém vende chocolates por ai sem uma finalidade. É para escola? – Ele questiona.
 - Sim Senhor Grey. – Ela sabe quem ele é?
- Sabe quem eu sou? – Ele pergunta. Eu fico apenas observando.
- É claro que sim. Quem sabe quando eu me formar, você me deixe estagiar na sua empresa. – Mais é muito descaramento mesmo, eu estou chocada.
- E quem tal vocês pegarem todos esses chocolates e saírem daqui? – Sou curta e grossa.
- O que? – Uma delas diz.
- É isso mesmo que vocês ouviram. Vocês devem morar por aqui não é? Eu acho que não seria nada legal se eu encontrasse com a mãe de cada uma de você e contasse e que estão vindos aqui só para ver o meu marido. – Cristian apenas observa.
- Marido? – Pergunta uma das meninas, parece ser a mais interessada.
- Prazer querida, eu sou a Senhora Grey. – Ela me olha assustada.
- Ana, por favor...
- Cristian, eu acho melhor você ficar quieto. - Elas me observam com seriedade.
- Não vamos querer chocolate, já podem ir agora. – Elas saem, é bom que assim fica bem claro de que aqui não vão conseguir nada. Fecho a porta e vou em direção do sofá. É muito exaustivo ter um marido como ele, eu confesso.
- Você pode me explicar o que foi tudo isso?
- Ah Cristian! Por favor, estava na cara. Elas só vieram aqui para ver você.
- Me ver? – Ele ri. – Ana, não diga bobagens.
- Você não viu como aquela do meio olhou para você, quase que eu a mandei fechar a boca.
- Eu não acho que estavam interessadas em mim. – Ele diz.
- Claro que não, elas vieram aqui apenas para vender biscoitos. Conta outra.
- Ciúmes Senhora Grey?
- Só estou cuidando do que é meu.
- Ana, elas são crianças. Você sabe que para mim não existe nenhuma outra.
- Elas são bem espertas isso sim, mas eu espero que tenha sido a primeira e ultima vez, senão eu falo com a mãe delas.  Viu só aquela, até conhecia você.
- Na certa, deve ter me visto em algum lugar. Ana esqueça isso.
- Tem razão, eu tenho que aprender a lidar que você é cobiçado pelas mulheres.
- Eu?
- Cristian, por favor, até parece mesmo que você não sabe disso.
- Não sei, eu nem me acho tão extraordinário assim.
- Você é perfeito.
- E você diz isso porque me ama. – Ele diz.
- Eu digo isso porque é verdade Grey. – Ele me beija.
- Bom meus queridos eu já estou indo. – Minha mãe vem descendo as escadas.
- Vou deixar vocês mais um pouco sozinhas. – Ele pisca para mim e sai.
- Foi um prazer Carla, volte quando quiser. – Ele diz.
- Obrigada Cristian.  – Espero ele se afastar.
- Filha aconteceu alguma coisa? Parece nervosa.
- O mesmo de sempre né mãe.
- E o que é mesmo de sempre? – Ela diz.
- Acredita que um grupo de garotas passou aqui com uma desculpa de vender chocolate só para verem o Cristian?  – Ela ri.
- Filha são adolescentes. Seu marido é bonito, você sabe que ele atrai olhares.
- O que mais me espanta é que elas são tão novas mãe...
- E você não sabe que algumas meninas se interessam por homens mais velhos? Não se preocupe isso é apenas uma brincadeiras delas com certeza. Coisas de adolescentes como eu já disse.
- Você tem razão, mas eu já coloquei cada uma em seu devido lugar.
- O que você fez?
- Fiz elas saírem daqui e disse que se voltassem eu iria contar para a mãe delas. – Ela senta, está rindo.
- O que foi mãe?
- Nada filha, eu acho que nunca vi você com ciúmes Ana. Não se preocupe, elas não representam perigo algum, Cristian te ama.
- Eu sei disso mãe, e eu também o amo muito. E o meu pai, teve noticias?
- Eu avisei a ele que ficaria na cidade por algum tempo, ele mandou muitos abraços para todos.
- Sinto falta dele. E o Bob?
- Ele terá que voltar para Geórgia hoje, para resolver alguns assuntos.
- Mãe, pegue suas coisas e venha ficar aqui conosco.
- Eu estou bem querida, não se preocupe comigo. Eu me sinto melhor ficando em um hotel. – Ela ainda se sente desconfortável por tudo o que aconteceu.
- Eu quero que vocês venham para a festa.
- É claro que sim! Acha mesmo que vamos perder isso? – Ela sorri. – Agora eu vou indo querida, se cuide. Vamos marcar de nos encontrar para tomar um chá e colocar a conversa em dia. Eu ainda não sei quando vou embora.
- Que bom que você vai ficar mais mãe, eu te ligo.
- Até logo querida, eu te amo.
- Eu também te amo mãe.