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Secrets of a CEO. Capitulo 09
























Vejo que Taylor já está esperando na calçada. Meu coração mais uma vez parece que vai sair pela boca, será que estou bonita o suficiente? Eu deveria ter colocado um sapato de salto, ou mais maquiagem? Não, eu não sou assim. E não posso me mostrar para ele sendo uma pessoa que eu não sou, é melhor agir normalmente.
- Senhorita Steele. – Ele abre a porta do carro.
- Obrigada Taylor.
- O Senhor Grey nos espera no local. – Aonde vamos.
No caminho eu apenas observo as pessoas pelas ruas, andando apressadas, será que alguma delas também está indo ter um encontro com um CEO? Estou rindo dos meus pensamentos. Eu achava que iriamos para outro lugar, mas para a minha surpresa, paramos em frente ao escala. Eu não pensava que ele iria querer ter essa conversa no apartamento dele, afinal, a Senhora Jones disse que ele é uma pessoa super reservada. Taylor rapidamente desce do carro e abre a porta.  Eu ainda me sinto completamente constrangida nessa situação.   Subo pelo elevador, tento disfarçar o quanto as minhas mãos estão tremendo. Taylor não subiu comigo, disse que Cristian já estava me esperando. Quando as portas se abrem, ele está lá, em pé, no meio da sala. Parece tranquilo, está usando uma calça jeans escura e uma camisa branca. Está maravilhoso, divino eu diria, eu arrisco dizer que não há nenhum homem no mundo mais lindo que ele. Ele caminha em minha direção.
- Senhorita Steele, fico muito feliz que tenha aceitado o meu convite.
- Eu agradeço pelo convite Senhor Grey.
- Entre, por favor, você já conhece bem. Aceita uma taça de vinho? – Eu não consigo parar de olhar para ele. Porque me trouxe aqui?
- Sim, por favor. – Enquanto ele vai para a cozinha, eu observo a tudo. Eu não fiquei reparando muito nas coisas no primeiro dia, afinal, eu estava aqui como uma empregada, mas agora que estou como convidada não vejo problema, aproveito enquanto ele está na cozinha.
- Pronto, aqui está. – Ele me entrega a taça. – Venha comigo por favor. – Ele pega a minha mão e me guia até o sofá. Nos sentamos, ele pega uma maleta, e de dentro dela, tira uma papel.
- O que é isso? – Eu pergunto.
- Bom, eu espero que você não se sinta ofendida, mas meus advogados insistem nisso. É um termo de confidencialidade, ou seja, você não pode contar para ninguém sobre nós.
- Eu posso assinar sem problemas, eu não contei para ninguém que viria aqui e nem que eu conheci você. – Tudo bem, eu contei para a Kate, mas ele não precisa saber e também duvido que ela vá contar para alguém. Ele sorri para mim.
- Isso significa que podemos fazer tudo agora? – Pergunta arriscada Anastásia, eu não costumo agir assim, mas perto dele eu não consigo disfarçar meus sentimentos. Eu o quero.
- Depende do que você quer dizer com tudo. – Ele ri.
- Você vai fazer amor comigo Senhor Grey? – Meu Deus! Isso é o que eu chamo de ir direto ao ponto, segundo Kate, é assim que se deve agir. Ela diz que não vê problema nenhum em uma mulher tomar iniciativa em relação ao sexo.
- Não Senhorita Steele, você gostaria de saber o porquê? – O que? Ele está me dispensando? É isso mesmo que eu ouvi?
- Sim. – Já que estou aqui bancando a idiota, preciso saber.
- Foder com força é o termo que eu uso. – Ok, estou completamente chocada. Ele não está me dispensando, ele está declarando o estilo dele. – Venha, eu quero lhe mostrar. – Ele me estende a mão, eu aceito.
Subimos pelas escadas, ele permanece calado. Paramos em frente a uma porta branca, ele possui uma chave nas mãos.
- Chegamos. – Ele diz.
- Chegamos? – Não estou entendendo.
- Aqui é onde eu costumo praticar minhas atividades. – Ele sorri.
- Ah sim, você tem uma academia em casa, que legal... – Agora ele está rindo de verdade. O que eu disse de errado?
- Desculpe, eu falei alguma coisa errada? – Eu digo.
- Ana, eu apenas quero que você tenha a plena consciência de que se você quiser ir embora, Taylor está disponível para te levar no momento que você quiser...
- Abra a porta! – Eu digo. Ele me encara mais um pouco, mas abre. Não estou vendo nada, está tudo escuro. Ele entra primeiro, aos poucos as coisas vão ganhando cores, e tudo fica claro. Meu estomago está embrulhado, e por um momento eu perco completamente o sentido de tudo, as coisas que eu vejo me fazem pensar em milhares de possibilidades e coisas diferentes. Talvez Kate tivesse razão, ele é um psicopata e nesse momento é bem capaz de me prender aqui dentro desse quarto absolutamente vermelho e cheirando a madeira fresca, e eu nunca mais serei vista. Eu não sei descrever as coisas que estou vendo, chicotes, algemas e alguns outros objetos que eu nem ao menos sei para que servem. Uma cama vermelha enorme, tem um aspecto antigo, uma cadeira diferente de todas as outras que eu já vi. O que ele é?
- Ana? Você não vai dizer nada?
- Você é algum tipo perturbado de psicopata?
- Claro que não. – Ele sorri. – Eu sou dominador.
- O que? Não entendo.
- Quero que você seja minha submissa, quero que você seja completamente minha Anastásia.  – Mais uma vez ele me deixa de boca aberta.
- E porque você acha que eu vou querer fazer isso? – Eu cruzo os braços.
- Se você aceitar, eu vou me dedicar a você.
- Eu não entendo o que eu vou ganhar com isso Cristian.
- Você ganha a mim. – Ele coloca as mãos nos bolsos.  A proposta é tentadora, mas também é assustadora demais, acho que não consigo.
- Você usa esse tipo de coisa nas pessoas? – Eu passo a mão em um dos chicotes pendurado em uma das paredes.
- Nas mulheres, mulheres que concordam com os meus termos.
- Termos?
- Isso, tem um contrato, onde está tudo especificado.
- Então, eu seria sua namorada? – Ele anda de um lado para o outro.
- Não pense em namoro, pensa nessa nova experiencia. Vamos começar com o básico e depois vemos como vai ser.
- Eu não sei eu... – Coloco as mãos na cabeça, eu jamais esperava isso.
- Venha, vamos sair daqui. Acho que olhar para tudo isso não está te ajudando a pensar. – Ele me puxa para fora do quarto.
- Olhe. – Ele abre uma das outras portas, e tem um quarto lindo. – Esse vai ser o seu quarto, caso aceite. Você vai poder ficar aqui aos finais de semana.
- E você também vai ficar aqui?
- Não, eu fico na minha cama.  Eu durmo sozinho. – Mais um ponto a ser observado, ele não gosta de dormir com ninguém.
- Entendo. – Eu digo. Não, a verdade é que eu não estou entendendo nada.
Voltamos para a sala, eu solto da mão dele e vou até a grande parede de vidro e encaro a cidade lá fora. Eu não sou uma pessoa lá de muita sorte, quando eu encontro uma cara que tem tudo para ser um sonho, eu descubro que ele tem uma pequena perturbação, mas não posso negar, eu gosto dele.
- Ana, eu sei que são muitas informações para você digerir de uma vez, eu entendo. Por isso você vai poder pensar nas opções. – Estou com os braços cruzados, para dizer a verdade estou com um pouco de vontade de chorar.  Um som começa lentamente, eu não reconheço essa melodia, parece ser uma mulher.
- Dança comigo? – Ele diz. Eu viro de frente para ele. Eu não sei dançar, mas aceito o convite. Ele me guia pela enorme sala, e eu me sinto livre e com uma sensação que não sei descrever, a imagem do quarto vermelho da tortura simplesmente saem da minha cabeça.
– Ele diz.
- O que? – Eu estou sorrindo.
- A música, é Linger The Cranberries.
- Ah sim, é muito linda. - Ele continua me guiando pela sala, eu nunca vou esquecer esse momento ao lado dele. Ele segura meu braço e para pôr um momento, e eu não entendo porque ele está olhando tanto.
- Está com uma marca aqui. – Droga! Ele aponta para a marca vermelha no meu braço, foi onde Maicon apertou.
- Não é nada. – Eu puxo o braço, e vou em direção ao sofá. Me sento. Ele vem logo atrás de mim.
- Ana, foi aquele filho da puta não foi?  - Estou morta de vergonha.  – Não precisa dizer eu sei que foi, como ele teve coragem de pensar em machucar alguém assim... tão especial como você. – Especial? É isso mesmo que eu ouvi?
- Cristian, ele é passado na minha vida.
- Eu sei que tudo o que eu te mostrei parece ser assustador, e você deve ter pensando em milhares de coisas, mas eu quero você saiba, que eu jamais te machucaria, jamais eu faria algo que você não pudesse aguentar.
- Eu sei disso, mas você preciso me dar um tempo para pensar, eu passei por muita coisa. – Eu digo.
- Eu vou dar o tempo que você precisar, mas pense bem, eu quero muito fazer isso dar certo. Eu quero que seja com você Ana.
- E nós ainda faríamos coisas que os outros casais fazem?
- Ana, olha, esse tipo de coisa não faz meu estilo. Eu não curto cinema, passeios no parque, piqueniques e outras coisas. Flores e corações não são o meu estilo. Eu preciso que você tenha isso em mente. É como eu disse, vamos começar devagar, depois que você ler o contrato, tudo vai ficar mais claro.
Eu não entendo, em alguns momentos ele se demonstra tão carinho, dedicado e em outros momentos ele se mostra tão frio. Não sei se eu devo me envolver com alguém assim, eu sempre sonhei em encontrar um amor como nos meus livros, e isso é completamente diferente do que eu tinha em mente, mas acho que já estou envolvida demais por ele para desistir agora.

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