Secrets of a CEO Capitulo 2

Eu não fazia ideia de que ele era tão lindo, sei que não estou aqui para isso, mas é praticamente impossível não reparar.

- Senhorita Steel? Está me ouvindo?

- Me desculpe Senhora, estou tão envergonhada por tudo isso, me perdoe de verdade.

- Tudo bem, já pediu muitas desculpas. Você tem que agradecer, o Senhor Grey não costuma ser tão compreensivo. Bom, pode começar amanha. Não usamos uniformes, mas temos que usar roupas comportadas. Eu tenho uma casa, mas na maioria das vezes eu durmo aqui mesmo. Já que sempre o Senhor Grey precisa de alguma coisa. Depois eu vejo se vai haver necessidade de você dormir aqui ou não ok. - Dormir aqui? Realmente eu não sabia disso. Eu achava que era apenas no período de trabalho, mas tudo bem.

- Bom Senhorita Steel, já pode ir. Amanhã pode estar aqui as sete?

- Sim Senhora. - Mal consigo olha-la nos olhos. Estou com muita vergonha.

- Então até amanhã. E quanto ao ocorrido hoje, esqueça ok. Amanhã eu te explico melhor como funciona os procedimentos da casa.

- Tudo bem, mais uma vez me perdoe.

- Taylor vai acompanha-la até a saída.

Eu não acredito que fiz isso no meu primeiro dia no emprego. Kate vai me matar. Meu celular toca. É Maicon.

- Oi. - Eu digo.

- Oi Ana, como foi a entrevista? - Ainda estou magoada com ele.

- Ocorreu tudo bem, vou começar amanha.

- Olha me perdoe por tudo, eu não queria te machucar, podemos nos ver hoje a noite?

- Olha eu não sei se é uma boa ideia...

- Ana por favor. Eu preciso te ver eu prometo que vai ser legal, vou te recompensar por ter sido um inútil.

- Tudo bem. Você vai na minha casa?

- Não, eu quero que você vá até o meu apartamento.

- Certo, lá pelas sete eu apareço por aí.

- Ok, te espero. Eu amo você Ana.

- Eu também. - Não sei se amo tanto quanto pensava, talvez fosse melhor terminar. Preciso conversar com ele hoje a noite. Agora eu só quero me lembrar dele. Aqueles olhos não saem da minha cabeça. Como ele consegue ser intimidador? Confesso que ele me pareceu ser meio estupido, mas isso deve ser atributo de pessoas de poder. Algumas podem ser desprezíveis, será que vou suportar isso? Chego em casa e vou direto para o chuveiro. Nunca me senti tão quente antes, é como se eu estivesse dentro de um vulcão. Preciso comer alguma coisa ou beber? Talvez fosse uma boa ideia. Passo o resto dia comendo, lendo e pensado nele.... É inevitável!

- Ana? Está em casa? - É Kate. Essa hora?

- Kate, o que faz aqui essa hora? - Ela costuma chegar tarde.

- Tive que resolver umas coisas, mas me conte logo estou ansiosa.

- Você vai me matar.

- Porque? - Ela esta assustada.

- Eu entrei na biblioteca.

- O que? Como assim?

- Eu vi através de uma porta alguns livros sabe...

- Que mania que você tem! Não acredito que você entrou na biblioteca da casa do cara! E aí?

- Ele apareceu Kate.

- Espera aí, está em dizendo que você entrou na biblioteca do Cristian Grey e ele apareceu lá?

- Isso mesmo.

- Isso é fantástico! - Ela ri.

- Não tem nada de fantástico Kate, eu quase morri de vergonha.

- Ninguém mandou você entrar lá, mas me diga. Como ele é?

- Ele é bem sério.

- Sério? Só isso? Nada mais?

- E passa uma imagem de ser uma pessoa bem comprometida com o trabalho e...

- Ana! Pode parar! Você sabe muito bem o que eu quero saber. Ele é bonito? Porque pelas fotos que eu vi, ele é muito gostoso!

- Ele é bonito... - Não posso dizer a ela o que eu estou pensando, senão eu não vou ter paz.

- Só bonito? - Ela diz.

- O que você quer que eu diga?

- Se ele tem namorada, um caso, um rolo eu sei lá!

- Eu fui para uma entrevista de emprego Kate e não para entrevista-lo.

- É você tem razão, mas e aí? Conseguiu?

- Consegui! Acredita que ele mesmo disse que eu estava contratada.

- Você é sortuda mesmo. - Ela ri

- Só que ela disse que vai verificar se eu devo dormir lá ou não...

- Faz parte do trabalho.... Imagina dormir e acordar vendo aquele homem! Você está no céu Ana. - Kate é uma sonhadora, mas confesso que eu não iria me importar nenhum pouco em conviver com ele.

- Kate, eu vou para a casa do Maicon.

- Jura que você vai?

- Kate, ele é meu namorado.

- Ai Ana, eu sei que você não gosta de tocar no assunto, mas... Eu não gosto dele. Ele te olha de um jeito estranho.

- Ele é legal, é impressão sua Kate. Eu vou indo, qualquer coisa ligue no meu celular.

- Você já vai? -

- Sim, ele marcou as sete, mas eu quero ir mais cedo. - A verdade é que eu preciso falar com ele.

- Ok, qualquer coisa me ligue.

- Certo, até mais.

- Ana, vá com o meu carro.

- Obrigada.

Pego as chaves do carro, eu gosto de dirigir, me acalma. No caminho vou ensaiando o que eu vou dizer a ele, como vou terminar? Ou pelo menos pedir um tempo para pensar? O que eu faço? Nem ao menos contei para a minha mãe sobre ele, tudo bem, eu deveria ter contado, mas agora acho que nem vai ser preciso. Bato na porta.

- Oi amor. - Ele me beija.

- Oi. - Eu digo.

- Entre e sente-se. Quer beber alguma coisa?

- Maicon, eu preciso que você se sente aqui.

- O que foi Ana?

- Maicon, eu realmente acho que nosso relacionamento precisa de um tempo. - Realmente eu não achava que eu ia ter coragem de dizer assim na lata. Fazem apenas dois meses.

- Esta brincando não esta?

- Não... - Ele se levanta.

- Quem é o cara? Eu exijo que você me diga!

- Que cara? Não tem outro cara.

- Ana, nós somos felizes e...

- Não! Você é feliz! Eu não sou feliz e não estou feliz. Esse seu jeito agressivo Maicon acaba com tudo. Eu realmente tentei...

- Como você não quer que eu fique nervoso? Você nunca quis nada além comigo Ana, nunca transamos! Estamos namorando fazem dois meses!

- Eu não estou pronta para isso! Você disse que teria paciência.

- É eu disse que teria, mas eu já vi que você é uma vadia! - Como ele pode dizer isso.

- Não tem conversa com você. Não sei porque eu vim aqui. - Eu preciso ir embora.

- Não! Você não vai! - Ele pega meu cabelo. Eu não consigo me soltar.

- Você está me machucando! Me solte. - Começamos uma luta, estou tentando sair, mas ele não me solta.

- Não pense que vai me trair com outro sua puta! Quer me dispensar é? Nem pense nisso. Você vai ser minha querendo ou não. - Eu apenas sinto o choque. Ele joga a minha cabeça contra a porta. A dor é intensa. Depois de muita luta consigo me soltar. Nem sei como consegui descer as escadas. Saio pela rua completamente descontrolada. Abro a porta do carro e saio imediatamente. Ainda consigo vê-lo na porta do prédio. Meu nariz está sangrando. Como vou aparecer em casa dessa maneira? Tento limpar meu nariz com o lenço enquanto dirijo. Estou me sentindo tão humilhada, tão ferida! Eu não acredito que ele teve essa coragem.  Tento entrar o mais quieta possível no apartamento. Kate não pode nem sonhar com isso. Está tudo quieto. Ela provavelmente está dormindo. Vejo um bilhete em cima da mesa.

  Ana, sai com uns amigos. Até logo. Beijos!

Eu não consigo me conter. Eu estou me sentindo tão sozinha, tão violada. Vou até o espelho e vejo o canto do meu olho e meu nariz machucados com a pancada. Isso provavelmente vai ficar roxo. Como vou trabalhar amanhã? Ele conseguiu perceber o roxo no meu braço. O que foi uma surpresa. Imagina isso no rosto. Preciso pensar em um pretexto.