Secrets of a CEO Capitulo 6

- Ana? Já chegou? – Droga, eu não estou preparada para enfrente-la agora.
- Oi Kate. – Estou deitada no sofá com uma dor de cabeça horrível.
- O que houve? – Ela joga a bolsa no sofá.
- Saiu tudo errado Kate. Ele não é para mim, eu fui uma idiota que entendeu tudo errado.
- Como assim? Ana me explique direito. – Eu me sento.
- No começo parecia tudo estar indo bem sabe, mas ele simplesmente se levantou e saiu do lugar Kate, eu fui atrás dele e perguntei se eu tinha feito ou falado alguma coisa, mas ele disse umas coisas muito estranhas Kate.
- Estranhas? Como?
- Ele disse que não poderia fazer isso comigo...
- Fazer o que?
- Eu não sei Kate, não entendi!
- Vai ver que ele é louco Ana... – Eu cheguei a pensar nessa teoria.
- Talvez seja... – Eu digo.
- É isso... ou pior!
- Pior? – Não entendi o que ela quer dizer.
- Ele pode ser uma psicopata!
- Kate, não diga besteiras. – Se bem que faz algum sentido, ele é tão fechado, tão sério...
- Eu estou falando sério! Você nunca assistiu aquela série em que o cara é o maior bonitão, bom moço, mas na verdade é um psicopata maluco!
- Pare de dizer essas coisas, está me assustando.
- Você voltou a trabalhar? – Ela questiona.
- Não, ele me deu o dia de folga. – Isso é ridículo. – Eu vou pedir demissão Kate.
- O que? Você está louca?
- Kate, cai na real, eu não vou me humilhar mais indo até lá. Está na cara de que ele quer apenas uma aventura com alguma mulher, mas não vai ser eu. Eu não vou realizar a fantasia dele de sair com uma empregada eu sinto muito.
- Tem razão, ainda mais sendo rico e poderoso, acha que tem direito sobre as mulheres... Ana, não fique assim. Está na cara que você ficou aqui a tarde toda chorando por esse idiota, não é?
- Não sei nem porque Kate. – Estou confusa.
- Porque você gosta dele Ana, e não tente negar. Eu tive uma ideia, você não vai mesmo ficar chorando por esse cara. Nós vamos sair.
- Eu não estou afim de sair Kate...
- Nem venha com essa, e vá se arrumar, pois temos que ir logo. Hoje tem a formatura de uma das minhas amigas do trabalho, e adivinhe? Eu posso levar alguem e vou levar você.
- Algum tipo de festa?
- A maior festa! Vai ser na faculdade mesmo. Agora vá logo se arrumar Ana.
Ela tem razão, eu tenho que fazer isso. Eu tenho que ir e me divertir, quem sabe de algum modo ele fique sabendo que eu estou lá me divertindo.... Não seja ridícula! Você não tem que provar nada para ele! Minha consciência irritada comigo mais uma vez.
- Ana! Você está linda!
- Seu vestido. – Eu digo. Estou com o vestido preto de Kate, já me salvou em algumas ocasiões.
- Pode ficar com ele, fica muito melhor em você do que em mim. Pronta? – Ela segura em meus ombros.
- Sim, eu acho... – Ela pega a chave do carro e me arrasta para fora do apartamento.
A festa vai ser na Seattle University, eu nem se quer conheço essa amiga que Kate falou, mas ela consegue ser muito insistente quando quer, eu ainda não me sinto completamente bem com a situação, o olhar dele, seus gestos, eu não consigo esquece-lo.
Fazia algum tempo que eu não ia a uma festa, as pessoas parecem estar se divertindo, talvez seja isso que pessoas normais fazem, saem, vão a festas. Talvez precise mudar meus conceitos de diversão.
- O que você disse? – Kate, observa a tudo. Com certeza procurando alguem que vale a pena.
- Nada, apenas pensei alto.
- Venha, vamos pegar uma bebida. – Por incrível que pareça a dor de cabeça desapareceu completamente. Acho que são os superpoderes de Kate, ela sempre faz com que eu não me sinta para baixo.
Tontura, alegria extrema, agitação, calor, confusão. É a tequila meu amigo. Eu não bebo, nunca fui acostumada a beber, mas estou tão farta desses últimos dias que preciso relaxar. Estou na terceira doce, as pessoas estão girando? Acredito que sou eu. Preciso me afastar desse bar. Kate está conversando com algumas amigas.
- Kate, preciso dar uma volta.
- Ana, você bebeu demais, tem certeza que consegue ir sozinha?
- Eu estou bem, não se preocupe. – Não, eu não estou bem.
Me desloco para o outro lado da festa, o que será que ele está fazendo essa hora? Com certeza cercando alguma pobre coitada por ai com seus poderes de sedução, ou matando alguem? Estou rindo sozinha, essa história de Serial Killer é ridícula. Pego meu celular, eu ainda tenho o número dele. Talvez eu devesse ligar, mas acho que não é uma boa ideia. Se bem que, eu não tenho nada a perder, nunca mais vou encontrar com ele mesmo. Por mais que eu deteste fazer isso, vou ter que fazer, é por mim, para evitar que eu me machuque mais com tudo isso. Meu coração está disparado. Ele atende, mas não diz nada.
- Senhor Grey? – Eu digo.
- Anastasia. – Nunca alguem pronunciou o meu nome de uma maneira tão majestosa.
- Isso mesmo, ainda se lembra. – Começo a rir. Eu não estou bem admito, algumas pessoas a minha volta me observam.
- Você está bem? Não parece bem... – Não entendi, como ele pode saber?
- Eu não pretendo tomar o seu tempo, eu apenas queria agradecer por tudo e dizer que eu não vou mais trabalhar na sua casa. Foi uma ideia errada desde o começo, me desculpe. Agora eu preciso desligar, pois estou tonta demais para ficar ao telefone.
- Eu percebi. – Um arrepio percorre a minha espinha. A voz dele está muito perto para ser apenas pelo telefone. Me viro e lá está ele, em seu terno cinza escuro imponente. Ele está aqui. Na minha frente. Ele pega o celular e coloca no bolso. Tudo está rodando. A última coisa que me vem à mente são seus olhos.
Abro os olhos, aonde estou? Nunca estive aqui antes. De quem é esse quarto? Aliás, não é quarto, é a sala do meu apartamento. Como eu cheguei aqui?
- Que bom que acordou. - . É ele. Está em pé bem na minha frente.
- O que você está fazendo aqui? O que eu estou fazendo aqui?
- Essa é sua casa não é? Sua amiga me deu as chaves e pediu para que eu a trouxesse para cá.
- E ela está aonde?
- Está com o meu irmão.
- Irmão? – Minha cabeça está doendo.
- Sim, ele me acompanhou até a formatura.
- O que você estava fazendo lá?
- Fiz o discurso. – Ele diz. – Bom Senhorita Steel, vejo que já está melhor.
- Um pouco, me desculpe, não precisava ter se incomodado em me trazer até aqui.
- Precisava sim, você desmaiou no meio da festa. Não deveria beber assim. – Que vergonha.
- Eu nunca fiz isso, não sei o que aconteceu.
- Você merecia certamente uma lição por isso Senhorita Steel. – Ele se aproxima. Lição? Meu coração vai sair pela boca. O que ele quer dizer com isso?
- Eu preciso ir embora. – Ele diz. – Acha que vai ficar bem?
- Sim, eu vou acompanha-lo até a porta. – Ele me observa o tempo todo. Me levanto para abrir a porta, ele vem atrás de mim.
- Não dá para esperar. – Ele me pega pelo braço e me prensa contra a porta de forma que eu não possa me mexer, meus braços estão presos. Ele me beija. A melhor das sensações que já experimentei na minha vida. Eu o quero, de todas as formas possíveis.