Secreta of a CEO. Capitulo 25

 

Já são mais de oito horas, e eu estou andando de um lado para o outro como uma jovem que vai sair com o namorado.  Kate esta rindo e eu sei que é de mim.
- O que foi? - Eu pergunto.
- Você esta linda Ana, porque esta tao preocupada?
- Não estou preocupada, alias, eu esqueci de falar... Não volto para a casa hoje.
- UAL! Já tem tanta certeza de que vai rolar alguma coisa?
- Não é isso sua boba, é que é uma exaustivo ficar indo e voltando...
- Sei... - Ela ri. - Ana, apenas tome cuidado ok. Lembre-se de tudo o que eu falei.
- Sim Senhora. - Estou rindo. Kate sempre foi assim, super protetora. Eu sei que ela tem medo que eu me machuque, para falar a verdade eu também tenho medo de me machucar, mas eu tenho que correr esse risco, algo dentro de mim me diz isso.
- Eu acho que a sua carruagem já chegou. - Ela diz pendurada na janela.
- Você vai sair hoje a noite?
- Elliot virá aqui, mas não sei aonde vamos ainda.
- Se cuide. - Dou um abraço apertado.
- Se cuide também Ana e se precisar se mim ligue a qualquer hora.
- Tudo bem. - Ela parece a minha mae.
Desço as escadas com o coração na mao, daqui a pouco vou ve-lo. É tao excitante pensar nele, pensar na energia que nossos corpos transmitem um para o outro, eu preciso dele.
Chegamos no escala, Taylor já sabe que eu sei muito bem o caminho, mas faz questão de subir comigo pelo elevador, deixando aquele silêncio super constrangedor enquanto subimos. Eu fico pensando, será que Taylor conheceu todas as outras? Será que ele pensa que eu, assim como as outras, estou disposta a tentar? Melhor, será que ele sabe de tudo sobre o Cristian.
- Você trabalha para o Cristian ha muito tempo? - Ele me olha sem entender a pergunta.
- Sim, ha muito tempo. -  A porta do elevador se abre e ele permanece de boca fechada, sem dizer mais nada. Eu saio do elevador apressada, pelo que eu percebi ele não gosta de perguntas, assim como o Cristian.
Esse lugar ainda me deixa de boca aberta, como pode uma pessoa morar sozinha em um palácio como esse.
- Muito observadora Senhorita Steele.
- Você me assustou. - Ele sempre me assusta. Ele vem em minha direçao e me beija. Os lábios dele são como uma válvula de escape para mim.
- Como você esta? - Perguntando assim tao perto fica difícil de me concentrar para responder a pergunta.
- Sim, estou melhor.
- Fico muito feliz em saber, pois pedi para a Senhora Jones preparar um jantar delicioso e você terá que comer tudo, sem reclamações. -  Gostar de ser bajulada e protegida é uma coisa, agora tratada como uma criança é outra, isso é o que mais me encomoda, ele me faz bem, mas ao mesmo tempo faz com que eu me sinta como uma idiota.
- Não acredito que revirou os olhos para mim denovo?
- Eu estou com fome, poderíamos pular a parte do sermão por favor? - Não sei se vai dar certo, talvez usando a tática da fome ele esqueça da bronca.
- Certo, apenas porque você esta doente entendeu?
- Você é quem manda chefe. - Faço sinal com a mao, como se ele fosse um oficial da marinha, estou rindo por dentro. Ele da meio sorriso.
Queria tanto saber mais sobre ele, saber quando começou tudo isso, porque tem essa necessidade enorme por controlar todos a sua volta e porque, especificamente, escolheu punir mulheres. Isso é tao louco!
- O que você quer saber? - Afogo com o suco.  Como assim o que eu quero saber? Ele por um acaso le mentes agora?
- Não entendi.  - Ele toma um gole de vinho.
- Eu sei que você quer me perguntar alguma coisa.
- E eu posso saber como você pode ter tanta certeza sobre isso? - Ele sorri.
- Eu apenas sei. Me diga se eu estiver errado, por favor. -  Agora você vai ter que perguntar, não tem escolha.
- Bom, já que você tocou no assunto. - Largo os talhares e o encaro. - Porque tudo isso? Porque a obsessão por controle? Porque tem tanto medo de se envolver em um relacionamento? Porque ninguém pode dormir com você? Tudo isso tem exclusivamente relação com a Mrs Robinson?
- Ei, espera ai. Calma, eu não sabia que ia ser um bombardeio de perguntas. - Ele tem razão, eu acabei de me empolgando.
- Pode responder uma delas?
- É um estilo de vida Anastasia. - Isso não ajuda em nada. Estilo de vida é ser vegetariano, vegano ou qualquer outra coisa. Ele continua comendo, como se não se encomodasse com meu questionamento.
- Você tem visto a Mrs Robinson? - Eu sinto que ele não gostou da pergunta.
- Nao Anastasia! Eu não tenho visto a Mrs Robinson. - Ele diz pausadamente. - Será que podemos comer? Ou você quer fazer mais alguma pergunta?
- Me desculpe, eu não sabia que você ia ficar tao bravo. Eu apenas queria entender...
- A única coisa que eu quero no momento é desfrutar da sua ccompanhia, posso?
- Claro. - Eu lhe dou um sorriso, tentando ao maximo disfarçar a minha frustração de não ter descoberto nada.
Ficamos por alguns segundos em silencio, fico repetindo na minha cabeça diversas vezes que eu deveria ter ficado quieta, eu sei que ele não gosta de ser interrogado, mas é que eu sempre acho que vou conseguir arrancar algo a mais dele, só que nunca funciona.
- Como foi o seu dia?  - Eu pergunto. Quero descontrair o ambiente depois do turbilhão de perguntas.
- Passei o resto do dia em reunioes, nada que interesse você. E você?
- Livros, algumas ligaçoes, mas nada que interesse você. - Eu estou sendo irônica, ele sorri novamente. Ele fica ainda mais lindo quando sorri.
- Esta sendo irônica comigo Senhorita Steele?
- Eu? De forma alguma. - Estamos rindo.
Isso era o que eu esperava, por alguns segundos me sinto livre e leve ao lado dele, não estou tensa.
- Você esta tao linda Ana. Eu gosto de ve-la assim.
- Sua companhia me faz muito bem Cristian.
- E fico feliz em saber que esta me chamando pelo nome.
- Eu pensei que nenhuma submissa te chamasse pelo nome, somente por Senhor Grey.
- Eu gosto que você me chame pelo nome e você ainda não assinou o contrato portanto...  - Não sei se quero falar sobre o contrato agora.
- Cristian, não sei se...
- Se quer falar sobre o contrato agora, eu sei Ana, vamos falar apenas quando você quiser, mas você sabe que vamos ter que falar sobre. Você não tem interesse em saber?
- Sim, claro que tenho. Eu tomei a decisão de aceitar tentar tudo isso Cristian. - Estamos sentados um pouco longe um do outro, mas eu sinto a energia que vem do corpo dele.
- Senhor Grey? - É Taylor
- Sim. - Ele parece não entender o porque ele esta aqui.
- Eu sei que o Senhor pediu para que não houvesse interrupções, mas é que a sua irmã está aqui e insiste em falar com o Senhor.
- O que? Ela nunca vem aqui a essa hora. Peça para que ela entre Taylor, por favor.
- Sim Senhor. - Ele se retira.
- Ana, me desculpe por isso.
- Não precisa se desculpar é sua irmã...
- Cristian? - Eu escuro os gritos vindos da outra sala.
- Estou aqui Mia. - Ele se levanta. Eu levanto e vou até o balcão pegar o meu celular, se Kate mandar alguma mensagem e eu não responder ela vai mandar o exercito atrás de mim. Há uma moça com ela, eu não sei quem é, nunca tinha visto na minha vida.
- Precisa de alguma coisa? Eu realmente não posso conversar agora. - Ele ao menos nem cumprimenta a outra moça, isso é bom.
- Mocinha, por gentileza, você pode me trazer uma agua por favor. - O que? Ela esta mesmo falando comigo? Isso mesmo Anastásia, ela acha que você trabalha aqui.
- Eu não trabalho aqui. - Eu não achei que o clima poderia ficar tao pesado. Estou me sentindo uma idiota.
- Com licença. - Pego minha bolsa e saio da sala.
- Já disse mil vezes que não quero que traga ninguém para cá! - Eu escuto ele gritar, mas sinceramente não quero saber o porque. - Fecho a porta do quarto, não sei se estou com raiva dela ou de mim mesma por estar aqui.
- Anastasia, abra a porta. - Ele diz.
- Me deixe sozinha Cristian.
- Eu não vou sair daqui até você abrir essa porta! - O quarto é dele então tecnicamente eu vou ter que abrir a porta. Engulo meu orgulho e giro a maçaneta.
- Ana, me perdoe. Eu não sei o que aconteceu. Eu não permito que meus irmão tragam ninguém aqui, eles sabem como eu sou com relação a estranhos no meu apartamento.
- O apartamento é seu Cristian, você pode trazer aqui quem quiser. O que me encomoda não foi ela ter me confundido com um empregada e sim o jeito como ela fez. Ela sabia que eu não trabalhava aqui, mas sim que estava com você.
- Por favor, não deixe que isso estrague nossa noite. Mia não é de aparecer assim eu simplesmente não sei o que aconteceu.
- Ela é sua irmã, claro que ela iria querer vir aqui.
- Ana, não... Não vá embora. Eu disse a elas que você é minha namorada. - Uma coisa é dizer para a minha mae agora para a irma dele e para a amiguinha é outra bem diferente.
- Porque? - Eu digo.
- Eu não vou permitir que ninguém falte com respeito a você.Eu disse que vou te proteger de todas as formas que eu puder, e eu farei isso Ana. Agora tudo o que eu peço é que você volte e termine de jantar comigo. - Ele estende a mao.
- Tudo bem. - Eu digo.  - Você terá que me contar sobre ela.
- Sobre ela? Não entendi.
- Sobre a moca que estava com a Mia, esta na cara que ela esta a fim de você. - Ele sorri.
- Tudo bem Senhorita espertinha, mas em primeiro lugar. Eu não conheço o que é estar a fim de alguém, segundo eu não me importo com ela nem um pouco e terceiro você pode levar umas palmadas por me deixar trancado do lado de fora do meu próprio quarto. - Estou rindo