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Secrets of a CEO. Capitulo 27






E ainda não estou muito feliz com a história do carro. É claro que é lindo, o sonho de qualquer mulher, porém, isso é uma coisa que geralmente ninguém ganha de presente.
- Você gosta de atividades ao ar livre não é mesmo? - Eu pergunto. Ele esta sentado sobre o piano tocando algumas notas.
- Sim. - Ele diz.
- Então, você provavelmente já deve ter ido ao Kerry Park.
- Para falar a verdade já devo ter passado duas ou três vezes por lá. Geralmente, quando vou correr, eu fico aqui por perto.
- É o meu local favorito em Seattle, é lá que fica meu lugar para pensar. O lugar que eu queria mostrar a você.
- Eu estou louco para conhecer. - Ele diz.
- Entao vamos até lá. Tem uma vista paronamica de seatle que você vai amar, é de tirar o folego. Por favor! Vamos? - Geralmente eu consigo arrancar muitas coisas de Kate quando eu faço essa cara, talvez com ele também funcione.
- Tudo bem, você venceu. - Ele sorri. - Acho que vai ser bom pegar um pouco de ar puro. Agora vista o meu casaco, esta frio lá fora e eu não quero que você piore.
Ele nao quis me deixar dirigir, talvez pense que eu dirija mal, mas eu sou uma boa motorista, Ray sempre me disse isso. Vai ver que é porque ele me ensinou a dirigir. Acho que nunca vou conseguir descrever o nervoso que passei no exame para pegar a carteira, chega a ser sufocante a sensação.
- UAL. - Ele diz.
- É incrível né. - A sensação aqui é de liberdade, paz e muitos outros sentimentos nos quais não consigo explicar.  É possível ver praticamente a cidade toda daqui, de dia já é lindo, só que a noite é ainda mais.
- Você sempre vinha aqui? - Ele pergunta.
- Eu já vim muito aqui, é um lugar no qual eu tenho clareza para ver as coisas.
- Veio aqui depois que me conheceu? - Quantas perguntas Grey.
- Não, não tive a oportunidade, mas estou aqui agora.
- Sempre morei aqui perto e nunca tinha vindo até aqui antes. É realmente muito bonito.
-Você parece triste Cristian, eu gostaria tanto que você pudesse se abrir comigo, dizer... Alguma coisa. - Ele permanece olhando para a paisagem sem dizer nada.
- Talvez seja um fardo no qual você não vai querer carregar. - O que pode ser de tao sério? Ele teve uma infância ruim? Alguma relação amorosa que marcou profundamente a sua vida?
- Posso perguntar uma coisa?
- Claro.
- Toda essa sua personalidade, todo esse mistério... Você teve alguma relação com alguem que te machucou? - Ele esta rindo.
- Anastasia, eu já disse um milhão de vezes que eu nunca tive nenhum tipo de relação amorosa. E nem me interesso em ter. - Essa me atingiu em cheio.
- Então porque todo esse mistério? Me conte Cristian.
- Ana chega! Eu vim até aqui para brigar com você. Se eu tivesse alguma coisa para dizer a você eu já teria dito.
Chega Anastasia! Minha consciência me repreende. Se eu forçar ele a falar eu não vou conseguir, eu preciso que ele se abra comigo sem essa insistência toda, mas é que é muito difícil, sendo que ele não diz nada.
- Esta com frio. - Ele vem em minha direção, mas eu me afasto um pouco.
- Estou bem Cristian.  - Ele senta ao meu lado. Observando a paisagem limpa e gelada.
- Me conte como era. Claro, se você quiser me contar.
- Contar o que?
- Seu relacionamento com aquele cara.
- Bom, não tem muito o que contar. Era como um relacionamento normal. - Ele sorri.
- Eu não sei muito bem o que você quer dizer com relacionamento normal.
- Ir ao cinema, ficar em casa nas sextas, filme... Essas coisas. O que era mais engraçado é que... - É estranho falar sobre essas coisas com ele.
- Que? - Ele questiona.
- Eu não me sentia completa com ele, é como se eu não estivesse com a pessoa certa... Eu não sei bem como explicar isso.
- Eu suponho que você amava ele não?
- Para dizer a verdade eu não sei, eu gostava da companhia dele, nós conversavamos, mas eu não sei se era amor.
- Eu não entendo, se você não o amava, se não tinham relação...
- Isso nunca aconteceu, mas confesso que ele era bem insistente em relação a isso.
- Ele nunca te... Obrigou a nada certo? Porque se isso chegou acontecer Ana eu preciso por favor que você me diga...
- Não! Isso nunca. Ele nunca tocou em mim Cristian. De nenhuma maneira, não tínhamos intimidade nenhuma.
- Eu fico muito feliz e aliviado em saber que esse cara nunca tocou em você. Eu sei que ele ainda quer você, aquele desgraçado... - Ele levanta.
- Calma, ele não vai conseguir chegar perto de mim... Cristian, esta sabendo de algo que eu não sei?  - Ele permanece me olhando, mas não diz nada.
- Eu recebi algumas ligaçoes, eu nao quis dizer nada a você para nao preocupa-la.
- Ligações? Que tipo de ligações?
- Meu pessoal já esta cuidando disso.
- Cristian! - Eu me levanto. - Eu preciso saber, como foram essas ligações?
- Eu não quero que voce se preocupe.
- Se você não me dizer nada eu vou embora agora mesmo. - Ele respira fundo.
- Algumas foram com ameaças, coisas que eu não entendi muito bem.
- Ameaças? Ameaçando você?
- Não, ameaçando você. Dizendo que você nunca vai encontrar felicidade. - É ele. Só pode ser ele.
- Como? Como descobriram seu numero?
- Eu não sei, mas isso é o que realmente me preocupe. Essa pessoa que fez essas ameaças, sabe que vai me atingir se fizer algo a você.
- Vai? - Ele me encara.
- Sim. Ana, se algo acontecer com você eu... Eu nunca me perdoaria. Essa pessoa, que eu acredito que seja aquele cara, acha que tem algum tipo de poder sobre você. - Eu cruzou os braços.
- Cristian. - Eu me sento, estou arrepiada. Ele realmente não vai me deixar em paz. O que eu vou fazer?
- Você esta tremendo. Eu não deveria ter dito nada. Ana, olhe para mim. - Ele segura meu queixo.
- Eu nunca, jamais vou deixar que alguem faça mal a você. Isso é uma promessa. - Ele me da um beijo.
- Eu não posso acreditar que Maicon ainda continue com isso! Eu fui uma idiota! Eu nunca deveria ter tido nada com ele.
- Não se culpe assim Ana. Você não tem culpa do cara ser um filho da puta! Ele se aproveitou de você, do seu jeito doce para conseguir o que ele queria. Felizmente você esta bem e não aconteceu o pior.
Acho que nunca, em toda a minha vida, tinha me sentido tao perdida. Um ex namorado maluco, Cristian com seus segredos, Cristian com sua obsessão por controle, submissao, o quarto vermelho, o contrato, emprego
Eu sei que ele nunca vai deixar que nada aconteça comigo, mas isso basta por enquanto. O que ele vai fazer quando enjoar de mim? Como vai ser quando ele perceber que na verdade, eu nunca vou poder dar a ele o que ele realmente quer?  Eu estou me esforçando para tentar entender, mas esta muito difícil. Algo bem no fundo do meu coração, diz que isso não é para mim, porém o outro lado diz que eu não devo desistir. Talvez eu esteja ficando louca de verdade.
- Você esta tremendo muito. Ana?  Fale comigo. - Estou tao perdida em meus pensamentos que não consigo responder.
- Olha, eu não sei o que fazer. Ela não responde. - Eu sei que ele esta falando com alguem, mas não sei com quem.
- É eu sei, mas você foi a única pessoa que eu pensei em ligar. Tudo bem, te espero lá. - Ele desliga.
- Com você estava falando?
- Pelo menos disse alguma coisa, eu estava falando com uma pessoa que pode te ajudar a ficar mais calma. Vamos, ele esta esperando no apartamento.
- Quem você acha que poderia me deixar mais calma em um momento desses
- Dr Flynn. Agora vamos e não faça mais perguntas. - Cristian sendo Cristian.
Eu ainda estou apavorada com a história das ameaças, eu tenho muito medo do que ele pode fazer com o Cristian. Permanecemos o caminhos interio quietos, eu escorrego alguns olhares para ele de vez em quando, mas eu percebo que ele apenas olha fixamente para a janela do carro.
Ao entramos no apartamento, eu percebo que há alguem sentado ao sofá.
- Flynn, obrigado por vir e desculpe pela hora.
Cristian falou dele uma vez ou duas, mas não me lembro bem.
- Eu presumo que essa seja a Anastásia.
- Flynn essa é Anastasia Steele, minha namorada.
- Muito prazer Senhorita Steele.
- O prazer é meu.
- Bom, eu preciso atender a um telefonema. Vocês podem ficar a vontade. - Ele sai. Droga! Ele vai mesmo me deixar aqui sozinha com ele?
- Sente-se. - Ele logo se ajeita em uma das poltronas da sala.
- Então, faz muito tempo que você conhece o Cristian? - Ele ri. Eu não vejo graça na minha pergunta.
- Você sabe que nós médicos somos proibidos de falar sobre os pacientes não sabe? Questão de ética, ainda mais eu sendo um psiquiatra.
- O que quer dizer?
- Quer dizer que infelizmente eu não vou poder falar nada sobre o Cristian. Alias, ele me chamou aqui justamente para ajudar você.
- Acho que quem precisa de ajuda aqui não sou eu. - Ele pensa que pode me colocar medo, mas eu não vou me intimidar.
- Olha, eu só quero ajudar. Se você não estiver a vontade o suficiente para conversar comigo eu posso ir embora.
- Não, me desculpe eu não quis ser rude. É que é estranho estar aqui conversando com você.
- Eu sei como se sente, mas para mim é mais estranho ainda. Me perdoe, mas é que chegar aqui e ver o Cristian apresentando voce como namorada foi uma tremenda surpresa.
- Ele não tinha dito nada?
- Como eu disse, não vamos poder falar sobre o Cristian. - Já vi que vai ser difícil. Aposto que Cristian deve ter pedido para que ele não abrisse a boca sobre ele.

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