Secrets of a CEO. Capitulo 48

Depois da sexto copo eu ja nao sei mais aonde eu estou. Tudo esta rodando e rodando, as luzes do globo estao me encomodando, as pessoas estao girando, eu preciso ir embora.
- Kate, preciso ir embora.
- Já? Ainda muito cedo.
- Eu preciso realmente ir, pode me dar as chaves do carro?
- Ana, voce bebeu.
- Eu estou ótima, Kate. - Se eu for devagar vai ficar tudo bem. Só preciso sair desse barulho. Ela me entrega a chave.
- Confie em mim, se eu nao estivesse em condiçoes nao estaria te pedindo.
- Ok, eu digo a Mia que voce teve que ir. - Nao vi mais o Cristian por ai, deve ter ido embora.
- Ei, Ana. Por favor, espere. - É Brian.
- Brian, eu estou indo embora.
- É rapido, eu prometo. Eu preciso fazer uma coisa. - Ele me puxa para um canto mais tranquilo.
- Ana, eu nao posso mais esperar. - Ele pega a minha mao. - Voce sabe que é muito importante para mim, nós nos damos muito bem juntos. Ana, voce aceita ser a minha namorada? - Por essa eu nao esperava.
- Brian... espera... olha, eu nao queria falar sobre isso agora. Eu preciso ir embora.
- Eu posso fazer voce esquecer ele Ana.
- Brian, eu tenho que ir. Eu prometo que outro dia conversamos. - Eu solto o braço e vou andando até la fora, aonde esta o carro. Esta frio e eu nao trouxe nenhuma blusa. Nao consigo colocar a chave na porta para abrir.
- Droga! Porque nao abre! - Eu grito.
- Precisa de ajuda? - Eu assusto, ele esta parado bem ali, na minha frente.
- Senhor Grey, se nao se encomoda eu ja estou indo embora.
- Nao esta conseguindo nem colocar a chave no burado da fechadura. Como acha que vai dirigir? - Por um momento eu me sinto uma idiota.
- Eu acho que como eu vou embora nao é da sua conta. - Por incrivel que pareça eu consigo abrir a porta, mas ele fecha.
- Ei! - Eu grito.
- Voce nao vai dirigir assim, esta louca?
- Saia da minha frente.
- Nao, Anastasia.
- O que voce quer? Vamos, diga o que realmente voce quer!
- Podemos conversar?
- Nao Cristian! Nao podemos. O que voce acha que eu sou? Estou cansada. Voce sabe que as nossas conversar nao chegam a lugar algum.
- Ana, por favor. Dez minutos, é tudo que eu preciso. É dificil para mim tambem.
- Eu imagino... - Eu cruzo os braços e falo com ironia. - Eu imagino como deve ser dificil...
- Venha comigo. Podemos conversar na casa dos meus pais, nao tem ninguem. - Eu quero ouvir o que ele tem a dizer, mas nao quero me machucar novamente.

Entramos em uma sala, ele fecha a porta e por um minuto meu coraçao bate mais forte. Estou sozinha com ele e nao estou no meu juizo perfeito.
- Bela performance. - Ele diz.
- O que?
- Voce na pista de dança. - Eu conheço esse olhar.
- Eu duvido que voce estava realmemte se importando com isso. - Ele sorri.
- Cristian, porque me trouxe aqui?
- Ana, eu gostaria muito de verdade de tentar novamente...
- Nao, nao Cristian. Nao quero mais tentar de nenhuma forma. Eu nao aguento mais, eu sofri e estou sofrendo muito com tudo isso. Leila, Alice e companhia. Isso é loucura, eu nao tenho que passar por isso. Voce nao ve que as coisas entre nós nunca vao dar certo? O modo como voce me tratou hoje na empresa deixa bem claro como tem que ser as coisas.
- Eu sei que sao muitas informaçoes, muitas coisas para assimilar. E sobre hoje, eu agi de forma errada. Eu pensei que a melhor forma de fazer voce feliz era manter voce longe.
- E desde quando voce sabe o que realmente me faz feliz? Se voce acha que me tratar daquela maneira é me fazer feliz, voce esta muito errado.
- Ana, eu só quero conversar. Acertar as coisas.
- Estou cheia de conversar e nao chegar a lugar nenhum, cheia de tentar, tentar e tentar... eu nao quero acabar como a Leila, Cristian.
- Nao vai Ana...
- Como voce pode saber? Voce disse que nao queria mais, disse que eu deveria me afastar Cristian, eu me afastei. Voce me disse que eu nunca vou conseguir fazer parto do seu mundo.
- Foi um erro, Ana. Eu nao sabia do que estava falando.
- Acho que agora é um pouco tarde. Voce disse que eu nao poderia esperar voce, disse que eu deveria seguir minha vida e é isso que eu vou fazer.
- O que quer dizer? - Ele diz.
- Eu me apaixonei por voce Cristian. - Nao consigo mais esconder isso. - Desde o primeiro dia que eu te conheci, mas eu nao posso... por mais que isso me doa, eu nao posso. Antes de eu sair da festa, Brian veio falar comigo, ele tem sido um bom amigo, bom companheiro. - Ele muda completamente a fisionomia. - Ele me pediu em namoro Cristian.
- O que?
- É isso mesmo que voce ouviu...
- Ana, voce nao pode fazer isso.
- Eu nao fiz isso, quem fez isso foi voce. Se afastando de mim, mantendo segredos sobre tudo. Eu agradeço por tudo o que voce fez por mim quando eu mais precisei de voce, jamais vou poder pagar tudo isso, mas eu nao posso continuar com os seus jogos Cristian, eu tenho certeza que voce vai encontrar alguem que seja exatamente como voce quer, essa mulher nao sou eu.
- Ana, nao faça isso. Nao posso pensar em mais ninguem...
- Porque Cristian? Porque nao pode? - Ele permanece me olhando e por um momento eu tenho a impressao de que ele quer falar, mas como sempre apenas me olha.
- Como eu imaginei, eu preciso ir embora.- Eu me viro e vou rapidamente em direçao a porta.
- Eu amo voce, Anastasia. - Ele diz pausadamente, eu paro. Eu acho que nao devo ter ouvido muito bem.
- O que voce disse? - Ele esta com as maos na cintura.
- É por isso que voce nao pode ficar com aquele cara e com nenhum outro cara. Eu amo voce, voce é minha e de mais ninguem. Eu sei que é muita loucura, eu sei... - Ele sente dificuldade em falar. - Eu estou disposto a mudar, disposto a fazer diferente, mas nao posso fazer isso sem voce.
- Cristian... - Eu começo a chorar. - Sabe o quanto isso significa? - Ele vem em minha direçao e me abraça..
- Eu sei que nao é facil para voce. - Eu digo baixinho. - Estou com medo Cristian, medo de que as coisas nao mudem.
- As coisas ja mudaram, mudaram desde o primeiro dia que eu te vi. Nao é facil para mim mesmo admitir isso, é um sentimento totalmente novo para mim, mas que eu nao consigo esconder mais. Voce é mais importante do que tudo Ana, eu viu abrir mao do que for necessario para ter voce comigo. Esse tempo longe de voce foi... horrivel.
- Eu pensei que...
- Que eu nao pudesse sentir amor? - Me sinto envergonhada por um momento, mas eu pensei mesmo.
- Sim. - Eu digo.
- Eu tambem pensei que nao. Até que eu encontrei com esses lindos olhos verdes dentro da biblioteca do meu apartamento. - Ele sorri.
- Eu nao consigo acreditar. - Estou rindo.
- É Senhorita Steele, eu acho que seis copos foram demais.
- Eu estou bem, alias, eu acho que nao estou bem. - Eu digo.
- O que voce tem?
- Estou enjoada, nao me sinto bem. - Eu me seguro em uma cadeira.
- Vamos, eu vou te levar embora daqui.
- Eu realmente nao queria estragar esse momento. - Eu brinco.
- Nem tudo é perfeito, Senhorita Steele. - Ele ri.

Eu nao consigo acreditar no acabou de acontecer aqui, ele disse que me ama! Cristian Grey disse que me ama! Se eu nao estivesse tao bebada estaria mais feliz. Estamos sentados um de frente para o outro, na sala do apartamento dele.
- Voce tem certeza que quer mesmo conversar agora?
- Estou bem Cristian. Só precisava sair daquele barulho. - Eu respiro fundo. - Eu preciso saber tantas coisa, mas nao quero que voce se sinta pressionado em me contar nada. - Ele esta calmo, mas sinto que ele tem muito dificuldade em dizer.
- Minha mãe foi uma prostituta viciada em crack, Anastasia. Fui adotado pela Grace e pelo Carrick depois que ela sofreu uma overdose e morreu. Fiquei durante três dias com o corpo dela, depois me levaram para o hospital e foi la que Grace me encontrou.
- Eu sinto muito, Cristian.
- Ja faz muito tempo.
- E a Mrs Robinson? - Ele ri.
- Eu conheci a Elena porque ela era amiga da Grace, Ana. Ela nao significa nada para mim. - Eu realmente nao estou me sentindo bem, eu nao quero vomitar. Estou repetindo a mim, nao faça isso! Nao faça isso! Só que é mais forte que eu. Saio correndo para o banheiro.
- Ana? - Nao sei como chego ao banheiro, só sei que coloco tudo para fora.
- Minha cabeça esta rodando. - Seguro nas paredes.
- Eu estou aqui.
- Nao quero que voce me veja assim.
- Eu nao gosto de voce só nos bons momentos Ana. Estou furioso por voce ter bebido desse jeito, mas eu sei como curar isso. Posso? - Ele pergunta.
- Sim. - Ele tira toda a minha roupa e entra comigo no banho.
- Isso seria muito bom se eu nao estivesse tao bebada. - Estou rindo.
- Ei! Voce fica muita safada quando esta de porre. Vamos, vire costas. - Eu faço o que ele ordena. Sinto suas maos nos meus ombros.
- Isso é bom. - Eu digo.
Ele me ajuda a colocar uma roupa logo que saimos do chuveiro.
- Voce precisa dormir, Ana.
- Eu nao quero...
- Nem pense nisso, eu prefiro quando voce estiver sobria. - Ele ri. - Venha.
- Nao quero dormir sozinha la em cima, Cristian.
- E quem disse que voce vai dormir la em cima? Voce vai dormir na minha cama. Pode ser que voce ja esteja melhor mais tarde - Ele sorri. Eu mal posso esperar.