Secrets of a CEO. Cap 59

Estou tentando ao maximo fingir que estou bem, mas o meu coraçao esta apertado. Ele vem com uma garrafa de vinho.
- Eu... nao vou querer vinho, obrigada. - Ele me olha sem entender.
- Tem certeza? É o seu preferido.
- Eu nao posso beber vinho, Cristian. - Ele para.
- Nao pode? - Ele ri. - Desde quando?
- Desde agora...
- Ana, tem certeza que esta tudo bem? Voce ficou calada o caminho todo...
- Cristian, eu tenho uma amiga que esta com um problema...
- Amiga? Que amiga? - Pessima ideia! Pessima ideia! Ele sabe que eu nao tenho amigas, minha amiga é a Kate.
- Uma amiga... eu conheci na empresa.
- Sei... quem é?
- Voce nao conhece.... o fato é que ela esta com um problema muito sério.
- Sério? Quão sério?
- Muito sério.
- Entao é isso que esta deixando voce assim?
- Isso...
- Me diga o que houve, talvez eu possa ajudar.
- Ela... esta gravida.
- Ual... ela é casada? Tem alguem? Esta passando por alguma dificuldade financeira?
- Ela tem um namorado, mas esta com medo que ele nao aceite...
- Bom, isso é uma coisa que tem que ser resolvida entre eles, nao podemos fazer nada.- Agora eu confirmei as expectativas.
- O que voce faria?
- Eu? - Ele sorri. - Nao faço ideia Ana, nao tenho como saber... Nao tenho o perfil pai do ano, se é que voce me entende. E antes de qualquer coisa, quero levar voce para varios lugares, prometemos ir com calma lembra? . - Eu nao posso aguentar, saio da mesa.
- Anastasia? - Ele vem atras de mim. Eu vou em direçao do quarto.
- Ana... - Ele segura meu braço. - O que foi? Essa história... abalou tanto voce assim. - Eu nao consigo parar de chorar.
- Espera ai... voce disse que nao pode tomar vinho... - Parece até que ele acorda de um sonho, seus olhos ficam arregalados. - Voce esta... esta gravida? - Agora eu nao vou conseguir mais esconder.
- Sim... eu estou gravida. - Ele respira fundo.
- Porque nao me contou?
- Porque... eu estava com medo, Cristian. Medo que voce fosse me rejeitar, rejeitar essa criança.
- Ana... - Ele se aproxima e coloca a mao na minha barriga. - Quanto tempo.
- Quase dois meses. - Eu digo baixinho.
- Qual parte do eu te amo voce nao entendeu? Eu jamais teria coragem de abandonar voce.
- Voce disse que... disse que nao queria ser pai, disse que nao é um exemplo de pai...
- Eu disse, eu sei que disse... - Ele coloca a mao na cabeça.
- Voce nao esta furioso? - Ele sorri.
- Nao estou furioso, estou surpreso e assustado tambem. - Deixo escapar um sorriso.
- Cristian... eu nao fiz isso de proposito, eu nao quero que voce pense que eu nao tomei os remedios porque...
- Ana, eu nao estou pensando nada disso. Venha, sente-se aqui. - Nos sentamos na cama.
- Eu sinto muito por voce ter passado todo esse pavor sozinha, eu sei que muito desse medo teve haver com a reaçao que eu tive com voce...
- Eu pensei milhares de coisas, eu estava com tanto medo...
- Ei, nao chore. - Ele me puxa para os seus braços. - Eu estou aqui, estamos juntos.
Parece um completo sonho, eu tinha certeza que a reaçao dele seria a pior possivel.
- Esta mesmo preocupado? - Eu digo.
- Me desculpe pelo que eu disse, mas eu jamais fugiria da responsabilidade, nao sou covarde.
- Me desculpe... eu nao quis dizer isso. Eu achei que voce iria me colocar para fora...
- Eu confesso que fiquei com medo que tudo o que pensei e planejei para nós fosse por agua abaixo...
- Claro que a minha responsabilidade irá aumentar...
- Nossa responsabilidade, Ana. Eu sou o pai dessa criança. - Estou sorrindo.
- Estou uma pilha de nervos. - Ele coloca a mao na minha barriga novamente.
- Saber que tem um bebe aqui é... surreal. Será que é um menino ou uma menina?
- Ainda nao sei, mas logo vamos saber. - Ele sorri.
- O que a médica disse?
- Disse que eu preciso de repouso...
- Eu posso cuidar disso, agora a Senhorita vai comer.
- Só que eu nao estou com fome.
- Nao é mais só voce, Ana. Alias, agora nao somos só nois dois, somos nós três.

Estamos rindo na mesa, Senhora Jones preparou um jantar delicioso. Ainda sinto meus olhos inchados, devo estar pessima.
- Como é a sensaçao? - Ele pergunta.
- Por incrivel que pareça me sinto muito bem...
- Me desculpe por nao estar lá... com voce, quando soube. Ana, voce sabe que eu estou enfrentando e lidando com emoçoes e sentimentos que são completamente estranhos para mim...
- Eu entendo, mas sei que voce tem amor por essa criança.
- Claro que sim, é nosso filho. - Fico radiante com a resposta dele.
- Ja imaginou uma criança correndo aqui?
- Confesso que nao imaginei, mas vou ter que me acostumar com a ideia. - Ele ri. - Algo me dise que sua mae vai me matar.
- Eu nao acho que ela nao vai matar voce.
- É pode ser... já o seu pai, vou ter me preparar. - Estou rindo.
- Eu aida nao tinha pensado nisso...
- Nisso o que?
- Em contar para a minha mae, meu pai...
- Nao se preocupe, vamos fazer isso juntos. - Ele sorri.
- Quem é voce? - Ele esta rindo.
- Como assim quem eu sou?
- Quem é voce e o que fez com o Cristian.
- É... acho que as coisas mudaram um pouco. Talvez eu seja o mesmo de algum tempo atras.
Sabe quando voce esta vivendo um momento, mas parece que nao é real? É justamente assim que eu me sinto agora, como se a qualquer momento eu fosse acordar...
- Temos que rever a viagem... - Eu havia me esquecido disso.
- A viagem... nao pensei nesse detalhe.
- Se a médica disse que voce precisa de repouso eu nao acho que ela nao vai autorizar.
- Tem razao, mas eu nao quero atrapalhar voce Cristian. Eu sei que voce precisava ir, tudo bem, eu vou entender.
- Ana, nós podemos ir para Paris a qualquer hora. - Modestia é o segundo nome dele. - O importante é voce e o bebe agora.
- Muito obrigada.
- Nao tem porque me agradecer. - Meu celular toca, é Kate. Tem algumas chamadas perdidas.
- Preciso atender... - Dou uma corridinha para a sala.
- Oi Kate...
- Ana, voce disse que ia ligar... como foi?
- Ai Kate... eu nem tenho como descrever.
- Ele te maltratou? Porque se ele fez isso...
- Nao... nao foi nada disso, Kate. Pelo contrario, ele me apoiou. No inicio eu senti que ele ficou completamente apavorado. - Ela ri.
- Eu imagino...
- Só que agora parece tao dedicado, tao preocupado sabe... - De longe eu o observo na cozinha.
- Estou tao feliz por voce, Ana. Eu realmente estava preocupada, mas agora ja vi que voce tem apoio o apoio dele.
- Ana, voce ouviu o que a medica disse, contou a ele?
- Não... - Eu viro de costas. - Kate, eu sei bem o que ela disse, mas se eu contar para o Cristian agora eu estarei perdida, completamente perdida.
- Contar o que? - Merda! Me viro lentamente. Como ele saiu de lá e veio ate aqui tao rapido?
- Kate... eu... preciso desligar. Até logo.
- Ana... - Eu desligo.
- Vamos, Anastasia. Estou esperando.
- Nao é nada que voce tenha com o que se preocupar.
- Eu estou esperando, Anastasia. - Ele diz pausadamente.
- Ok... eu... voce sabe que faz algum tempo que eu estou com esses enjoos, tonturas, nao me alimento bem...
- Sim, isso é porque esta gravida. Tem algo alem disso?
- A médica disse que eu estou muito fraca e que uma gravides agora, nesse estado é muito, muito complicado... minha pressao esta descontrolada e várias outras coisas que ela disse...
- E voce me diz isso nessa calma? - Ele grita.
- Cristian, nao grite desse jeito.
- Nao gritar? Como nao vou gritar! Voce deveria ter me dito isso logo no começo.
- Eu... eu achei que nao teria tanta importancia, achei que eu poderia ir me recuperando sem deixar voce preocupado.
- Claro, correndo o risco de voce ter um mal subito e morrer a qualquer minuto e eu nem iria saber o porque... ideia genial, parabéns. O que mais ela disse? - Ele cruza os braços e eu me sinto uma idiota.
- Ela explicou que eu devo fazer repouso e pelo menos nesses primeiros meses ir semalmente até o consultório para ela realizar o acompanhamento... qualquer sinal, por menor que for eu devo entrar em contato com ela.
- Voce nao vai trabalhar, vai ficar na cama... - Ele comeca a falar contando nos dedos, como se eu fosse uma criança.
- Cristian...
- Anastasia Steele! Isso é uma coisa que nao esta em discussao! Isso é uma ordem médica, uma ordem minha. - Estou rindo.
- Nao posso ficar aqui o dia todo, isso é ridiculo! Ela disse que eu teria que repousar e nao ficar presa em uma cama.
- Voce vai ficar aqui... comigo.
- Cristian... ja tentamos isso uma vez, nao deu certo.
- As circunstacias eram outras, agora é diferente. Nao vou deixar voce sozinha naquele apartamento, aqui a Senhora Jones esta sempre por perto, se voce precisar...
- Nao estou gostando disso... parece ate que eu estou voltando no tempo com essa conversa. - Ele se aproxima e segura meu rosto.
- Voce confia em mim? - Ele pergunta.
- Sim, eu confio.
- Voce esta mesmo me chamando para morar aqui?
- Sim, eu quero que voce venha morar comigo. Só assim eu vou ter a certeza de que voce esta fazendo as coisas direito.
- Senhor Grey, eu tenho responsabilidade o suficiente para me cuidar sozinha.
- Eu sei disso, mas é melhor eu ficar por perto. E digo mais, eu quero falar com essa médica amanha mesmo.
- Porque?
- Quero saber de tudo, quero fazer algumas perguntas... eu tenho direito. Afinal, voce pode muito bem estar gravida de gemeos e estar escondendo de mim. - Estou rindo.
- Pode ter certeza que se isso fosse real, voce seria o primeiro a saber.