Secrets of a CEO. Capitulo 55

Estamos novamente em Seatle, eu posso dizer que a ida para Portland nao saiu exatamente como eu esperava, mas nao posso reclamar, só de estar ao lado dele eu sei que valeu a pena.
- Ana, eu sei que aquela mulher estragou o nosso final de semana, mas quando tivermos em Paris vamos ter todo o tempo de mundo, só nós dois.
- Nao sei como agradecer voce por isso.
- Nao ha o que agradecer, voce é minha namorada. - A ideia ainda me assusta um pouco.
- Liguei para o Flynn. - Estamos no carro voltando para a casa.
- E o que ele disse? - Será que ele contou alguma coisa? Espero de verdade que nao.
- Disse que pode recebe-la a hora que voce quiser.
- Pode ser agora? - Ele me olha assustado.
- Agora? Acabamos de chegar, tem certeza de que nao quer descansar um pouco?
- Nao preciso descansar, estou bem.
- Como voce quiser Senhorita Steele. - Ele sorri.
Quanso eu fui falar com o Flynn pela primeira vez, nao obtive nenhuma resposta, ele nao quis dizer absolutamente nada. Ele para o carro em frente ao consultório.
- Cristian, se importa de me deixar aqui ?
- Nao quer que eu entre com voce?
- Eu prometo que depois eu explico tudo, é que eu preciso mesmo fazer isso sozinha. - Ele parece nao concordar muito, mas aceita.
- Tudo bem, eu vou ate a empresa e depois passa pegar voce.
- Eu posso pegar um taxi. - Ele faz cara feia.
- Ja estou fazendo muito de deixar voce sozinha aqui, agora nao me peça para deixar voce ir embora sozinha tambem.
- Eu espero voce entao. - Ele me da um beijo.
Todo vez que eu encontro com o Flynn eu fico muito nervosa, nao sei se é pelo fato de que ele sempre diz coisas que eu nao quero admitir, mas no fundo eu sei que é verdade ou se é simplismente porque ele sabe muito sobre o Cristian.
- Anastasia, que prazer. - Ele me cumprimenta.
- Flynn, obrigada por me receber e desculpe por ser assim tao emcima da hora.
- Nao ha problema algum, ja recebi o Cristian em horarios bem mais tumultuados. - Ele sorri. Eu me sento em uma poltrona preta de couro, bem confortavel por sinal.
- Entao... estou ouvindo. - Nem sei por onde começar.
- Obrigada por nao ter contado nada ao Cristian sobre a medida protetiva.
- Nao contei porque suponho que voce tenha uma boa razao.
- Leila esta nos perseguindo, ela esta completamente louca!
- Nunca chame uma pessoa de louca sem saber o que se passa na cabeça dela. - Ponto para ele.
- Desculpe, mas eu nao tenho outro nome para o que ela esta fazendo. Cristian nao vai querer envolver a lei nisso, mas eu sim. Eu quero e vou fazer, é a unica maneira.
- Leila te atinge tanto assim? - Nao entendi o que ele quis dizer.
- Porque esta perguntando isso?
- Voce esta querendo fazer uma medida protetiva contra a garota, isso é sinal de que ela te encomoda bastante. Anastasia, ela ameaçou voces?
- Nao...
- Apontou alguma arma ou qualquer outra coisa?
- Nao... - Ele ri. Foi uma pessima ideia, eu nao deveria ter vindo.
- Percebe o que esta querendo fazer? Pretende chegar ate a policia e dizer o que? Quero fazer uma medida protetiva contra uma ex do meu namorado porque eu tenho medo que ela realmente consiga o que ela quer? - Droga! É impossivel conversar com ele. Me sinto completamente desconfortavel.
- Me sinto uma idiota, voce venceu.
- Nao quero que voce se sinta uma idiota, Anastasia. Apenas quero que voce veja que isso nao é a melhor forma de fazer as coisas. Nao percebe que fazendo isso voce só vai conseguir que ela fique com mais raiva e mais vontade de se aproximar do Cristian?
- E o que eu devo fazer? Aguentar as provocaçoes dela?
- Voce disse muito bem, provocaçoes, cabe a voce decidir se vai aceita-las ou nao.
- Eu amo o Cristian Flynn... e para mim esta sendo muito dificil lidar com tudo entende? - Ele respira fundo.
- Um dia, Cristian apareceu aqui no final do meu expediente. Ele nunca veio sem ligar ou marcar antes, estava assustado, desesperado eu diria... Alias, eu posso dizer que eu nunca tinha visto ele daquela maneira.
- Porque ele estava assim?
- Porque havia decidido se afastar de voce. - Ual, ele me pegou mais uma vez
- Eu nao sabia disso... - Ele sorri.
- É claro que ele nao contou, nem eu sei se estava autorizado a contar. O que eu sei Anastasia, é que voce é importante na vida dele, ele ama voce.
- Eu sei disso, ele disse...
- Entao o que te aflinge?
- Medo! - Eu nao queria chorar, mas nao posso evitar. - Medo de que uma hora isso nao seja mais o suficiente para ele, medo de entregar e me machucar... - Ele me observa.
- Nao posso dizer a voce que é facil e tambem nao posso garantir o amor dele a voce pelo resto da vida, eu posso dizer que trabalho com o Cristian ha anos, muitas consultas... posso dizer que cheguei ate a pensar que ele nunca se apaixonaria por ninguem...
- E o que fez voce mudar de ideia?
- Voce, Anastasia. Voce me faz mudar o conceito. Eu sei que eu como medico, nao deveria duvidar da capacidade de recuperaçao dos meus pacientes, mas o Cristian foi o mais dificil que eu ja tive.
- Voce sabe sobre a Mrs Robinson? A milher que... apresentou tudo isso a ele.
- Ah, Helena. Sim, eu sei. Cristian teve um infancia dificil, Ana. E um trauma de infancia é muito dificil de ser curado.
- O que sao as marcas Flynn? As marcas que ele tem no peito... Porque ele nao deixa tocar?
- Eu gostaria muito de te responder, mas eu acho que tudo isso na cabe a mim. Quem tem que responder todas as suas duvidas é o Cristian. Um conselho, nao o pressione para contar.
- Voce tem razao... tem razao em tudo o que voce disse. No fundo realmente eu tenho medo de que a Leila ofereça a ele tudo o que eu nao posso.
- Nao é a Leila que ele convidou para ir a Paris. - Ele ja sabe...
- Voce sabe sobre Paris?
- Cristian me contou, ele esta muito animado.
- Eu tambem estou, alias eu ainda nem acredito nisso.
- Anastasia, Leila nao é uma ameaça. Se por um acaso voce achar que as coisas estao passando do limite eu vou ser o primeiro a ajudar.
- Obrigada Flynn, pelos conselhos e por tudo.
- Ana? Esta tudo bem? - Por um momento as coisas ficaram escuras.
- Sim, foi só uma tontura. Logo vai passar. - Quer beber alguma coisa?
- Nao, nao... eu vou melhorar logo.
- Posso perguntar uma coisa?
- Claro que sim.
- Por um acaso, há alguma possibilidade de voce estar gravida? - Estou rindo.
- Nao, nao estou gravida Flynn. Cristian e eu estamos afastados ja tem muito tempo.
- Sabe que eu acho que isso faria bem a ele, ser pai...
- Acho que ainda nao é a hora. - Ele sorri. Eu nem consigo pensar nesa possibilidade, eu tenho certeza de que ele nao quer isso, nao agora.