Secrets of a CEO. Capitulo 73

Parece que nao vou conseguir ficar com nada no estomago, quanto mais eu forço mais dor eu tenho. Estamos parados em um local um pouco afastado, fazem aproximadamente uns vinte minutos que saimos do parque e eu simplismente nao consigo parar de vomitar.
- Eu disse que seria uma pessima ideia, se ao menos voce me escutasse. - Cristian nao queria parar aqui, mas acho que vomitar dentro do audi nao era uma opçao. Eu nem ao menos consigo responde a ele.
- Esta se sentindo melhor? - Ele coloca a mao no meu ombro.
- Eu realmente nao queria que voce me visse nessa situaçao.
- Acho que ja passamos dessa fase.
- Para mim não...
- Bom Senhorita parque de diversões, esta na hora de ir para a casa. - Ele me ajuda a levantar.
Durante o caminho eu passo um verdadeiro inferno, a cada cinco minutos Cristian é praticamente obrigado a parar o carro. É como se eu estivesse dentro de um barco, balançando para lá e para cá.
- Filha? Voce esta bem? - Minha mae levanta do sofá ao me ver entrando pela sala completamente sonza.
- Nao... - Sento devagar na poltrona. - Estou pessima. Cade o Ray?
- Elliot o levou para conhecer algum de seus novos trabalhos, mas voce estava tao bem... - Cristian sorri.
- Eu disse que andar em uma roda gigante nao seria boa ideia.
- Roda gigante? Minha filha, mas é claro que isso iria resultar em estomago revirado. Voce esta gravida.... - Nunca me senti tao enjoada, mal consigo olhar para as coisas. Os móveis, o perfume, tudo.
- Porque aqui esta com esse cheiro? Cheiro doce... - Mal consigo completar a frase, corro para o banheiro e me instalo sentada em frente ao vaso.
- Ana, eu vou chamar a Doutora Greene.
- Nao, Cristian. Isso e norma...
- Voce nao consegue completar duas frases sem colocar tudo para fora.
- Só me deixe um pouco aqui, eu vou melhorar. Só saia, por favor... seu perfume esta... esta...
- Ok, eu vou deixar voce aqui por mais cinco minutos. Se nao melhorar vou chamar a Doutora. - Eu faço apenas um sinal com a mão.
Passei as ultimas duas horas indo da cama para o banheiro e do banheiro para a cama, simplismente nao tenho mais forças para nada.
- Chega, vamos chamar um médico. - Me sinto tao fraca, mal consigo andar. Se ao menos eu pudesse comer alguma coisa, me fortaleceria, mas como se eu nem posso sentir o cheiro da comida. Não vou recusar a visita da Doutora Greene, estou cansada, esgotada... preciso de uma ajuda. Escosto minha cabeça no travesseiro e apago.
- Filha? Anastasia? - Minha mae esta sentada na beirada da cama.
- Oi... mãe.
- A Doutora Greene esta aqui.
- Anastasia, tudo bem? Como se sente? - Eu apoio os cotovelos na cama e me levanto, assim que meu corpo se ajeita eu sinto aquilo novamente, um enjoo incontrolavel, só que nao tenho tempo de ir ao banheiro.
- Nao se preocupe, eu vou pegar essas cobertas e colocar para lavar. - Minha mae tira as cobertas de cima de mim. Os lençois de seda do Cristian, isso nao é legal.
- Venha, eu ajudo voce a chegar até o banheiro para se limpar.
- Doutora Greene... me diga quando isso vai parar. - Eu digo enquanto ela me ajuda a chegar até o banheiro.
- Vamos ate o banheiro trocar essa roupa e em seguida eu chamo voces para conversar no quarto tudo bem?
- Voces?
- Sim, sua mãe, Cristian...
- Porque? Porque nao pode me dizer agora?
- Anastasia, calma. Vou tirar sua pressão, fazer alguns exames... - Meu coraçao vai sair pela boca.
Estou sentada na cama, minha mae esta sentada ao meu lado e Cristian esta em pé.
- Doutora, seja o mais clara possivel. - Ela respira fundo.
- Estou preocupada, nao gosto de mentir aos meus pacientes de nenhuma forma, alias eu nem posso fazer isso.
- O que houve? Eu perdi o...
- Nao, Anastasia. Voce nao perdeu o bebe. Só que voce esta fraca demais, nao consegue comer nada e alem de tudo eu desconfio que voce esteja com anemia. Seus olhos esta bem amarelados e a sua pressao... bom, voce viu que eu precisei tentar mais de uma vez, pois o aparelho nao estava nem identificando.
- Quando eu fui ao seu consultório voce disse que minha gravides nao era de risco, que eu estava bem...
- Isso faz parte da medicina, Anastasia. Infelizmente seu corpo esta fraco, e dessa forma...
- Dessa forma o que?
- Dessa forma que voce esta agora, eu nao sei quando chegar a hora voce vai conseguir... eu nao sei se vocês entendem o que eu quero dizer. - O silencio paira sobre o quarto.
- Voce quer dizer que eu posso morrer no parto, é isso?
- Se nao conseguirmos reverter essa situaçao voce nao vai aguentar um parto... - Cristian nao disse nenhuma palavra, minha mae esta segurando firme a minha mão.
- Eu nao vou abrir mao da vida dele... - Eu digo.
- Nao estou pedindo para que faça isso. Eu apenas estou deixando voces a parte de tudo o que pode acontecer e dos riscos que estamos enfrentando a partir de agora. - Cristian sai do quarto. Ele nao disse nada, nenhuma palavra e isso me destroi por dentro.
- Cristian... - Eu o chamo.
- Querida, ele precisa do tempo dele. -Minha mae diz baixinho.
- Anastasia, primeiro passo é internar voce.
- Internar?
- Sim, voce esta fraca demais. Nao iremos conseguir reverter esse caso apenas fazendo com que voce se alimente. Precisamos aplicar diretamente na veia, e isso eu só posso fazer com voce no hospital.
- Eu nao deveria ter saido, eu nao deveria...
- Anastasia, isso nao é culpa sua. Muitas mulheres nao tem tanta resistencia. Nós podemos revertir isso, porém sera um processo muito doloroso, eu preciso que voce tenha plena certeza disso. - Respiro fundo.
- Doutora, quero que me prometa uma coisa.
- Se estiver ao meu alcance eu farei de tudo.
- Se tiver que escolher, eu nao quero que me salve...
- Filha...
- Nao mãe, isso eu nao vou abrir mao.
- Olha, Anastasia. Nao vamos nos precipitar falando sobre isso agora. Primeiro voce precisa se tratar, eu tenho certeza que seguindo tratamento tudo dara certo.
Ele esta no escritório, com as duas mãos apoiadas na mesa.
- Cristian, por favor. Eu preciso de voce agora, mais do que nunca.
- Nao me peça para escolher entre a sua vida.
- Acha que isso é facil para mim?
- E para mim? - Ele levanta a voz. - Acha que é facil? - Nos olhamos por alguns instantes.
- Voce precisa entender que eu nao posso abrir mao da vida dele...
- E eu posso abrir mão de voce? Eu nao posso fazer isso, Anastasia.
- Voce precisa Cristian... é o seu filho.
- Acha mesmo que eu vou conseguir aceitar essa criança se voce chegar a.... Meu Deus! Eu nao posso pensar nisso. - Ele parece desesperado.
- Voce nao sabe o que esta dizendo! Não diga isso, por favor. Eu suplico, voce precisa...
- Nao, Anastasia. - Ele grita. - Eu faço qualquer coisa por voce, mas isso não. Tudo estava indo bem, ate...
- Até eu engravidar? É isso que voce vai dizer?
- Ana, é melhor voce sair. Eu preciso ficar sozinho.
- Nós precisamos...
- Ana! - Ele grita mais uma vez, mas logo depois me encara e respira fundo. - Eu preciso ficar sozinho, por favor. Nao tenho a menor condicao de discutir isso agora.
- Voce nao esta me dando escolha. - Eu digo.
- E voce? Esta me dando escolha?
- Voce esta sendo injusto.
- Se voce nao vai sair, eu saio. - Ele sai do escritório.
- Cristian, espere. - Eu vou atras dele, mas ele sai pela porta sem que eu consiga dizer nenhuma palavra.
Eu nao posso abrir mao da vida do meu bebe, nao posso pedir para que deem preferencia pela minha vida. Estou destruida, morta por dentro.
- Filha... - Eu me agarro nela, e por alguns instantes volto a ser criança.
- Sente-se aqui, Anastasia.
- Mãe... ele nao pode agir assim.
- Ana, nao esta sendo facil filha. Voce nao pode impor uma coisa dessas ao Cristian.
- Mãe, é a vida do meu filho, nosso filho...
- Eu entendo, eu sei mais do que ninguem o que significa querer proteger um filho mais do que tudo, mas é que... Filha, não podemos pensar na possibilidade de perder você.
- Ele nem ao menos quis me ouvir... - Sinto um vazio enorme dentro do meu peito.
- Eu tenho certeza de que tudo vai dar certo, nao será necessario ter que tomar essas decisões Anastasia...
- Eu queria conversar, mas ele nem quis me ouvir.
- Espere ele esfriar a cabeça, nao chore mais. Cristian ama voce, esta escrito nos olhos dele. Deixe as coisas se acalmarem, voce ouviu o que a Doutora disse, voce precisa se internar.
- Nao posso fazer isso sem antes conversar com o Cristian, mãe.
- Filha, deite-se um pouco. Pelo menos ate voce se acalmar, eu vou tentar localizar o Cristian. - Ela beija a minha testa.