Secrets of a CEO. 87

Estou assustada e com muito frio. Pela fresta da janela eu suponho que já deve ter amanhecido o dia. Cristian, meu amor, aonde voce esta. Fecho os olhos na esperança que ele me sinta, que saiba que eu estou viva.
- Bom dia, amor. - Maicon aparece na porta. - Não vai me responder? - Ele sorri.
- Aonde estamos?
- Desculpe, mas voce nao pode saber. Eu tenho uma noticia maravilhosa para voce.
Ele liga um pequeno aparelho de TV.
- Segundo as ultimas informações, o carro da Senhorita Anastasia Steele, namorada do multimilionario Cristian Grey, foi encontrado dentro de um buraco nas proximidades de Seatle. A policia e a equipe de resgate estão realizando as buscas, mas o corpo ainda nao foi localizado. De acordo com as informaçoes, ela estava gravida de poucos meses... - As lagrimas escorrem pelos meus olhos. A sensaçao de impotencia é o pior.
- Eu adoro como essa jornalista fala as noticias, tudo fica mais interessante. - Ele ri. - Não se preocupe com o Cristian, Alice está consolando ele a essa hora.
- Como voce tem coragem de fazer isso comigo! - Ele senta.
- Voce não pensou duas vezes antes de me abandonar para ficar com esse cara.
- Eu não estava com ele quando larguei de voce, Maicon. Voce sabe disso. Eu expliquei muito bem os meus motivos.
- Voce era a minha luz, Anastasia. Voce era o motivo de eu querer ser uma pessoa melhor, de esquecer tudo o que eu ja fiz de ruim, mas não. - A fisionomia dele muda. - Voce preferiu a riqueza, o dinheiro e o poder daquele cara. Claro, o que um cara como eu poderia oferecer.
- Voce é um assassino! Acha mesmo que vai poder viver em paz? Em nenhum lugar desse mundo voce vivirá em paz. - Ele se aproxima de mim e pega no meu pescoço, me fazendo sufocar.
- Me sol... - Nao consigo falar.
- Eu deveria acabar com voce, assim como todas as outras vadias que me iludiram com as suas mentiras, mas para a sua sorte eu te amo.
- Me solte por favor! Me solte, Maicon! - Eu estou implorando.
- É melhor voce ficar bem quietinha. Nao vou te soltar, voce já esta em casa, querida.

Já são quase três da tarde. Permaneço sentada na cadeira com as maos amarradas e um pé acorrentado a cama. Estou tentando criar esperanças, mas nao estou conseguindo. A unica coisa que eu consigo pensar é no Cristian, em como ele deve estar sofrendo. Será que ele mandou o Taylor embora? Meu Deus... tudo isso é culpa minha. A maldita mania de querer me virar sozinha, de nao depender dos outros.
- Como está a minha querida esposa? - Ele entra no quarto cheio de sacolas.
- Maicon eu preciso de agua...
- Olha só quanta coisa eu comprei para voce! - Ele começa a tirar vestidos da sacola. - Como já já a sua barriga vai começar a crescer, eu acho que é melhor. Se voce nao gostar de alguma coisa pode escolher melhor quando sairmos daqui.
- Água... eu preciso de agua.
- Só vai tomar agua quando eu decidir que deve, entendeu?
- Eu preciso... - Minha boca esta seca.
- Chega! - Ele grita.
- Maicon, pelo amor de Deus, voce vai matar a garota desse jeito. - Alice entra pela porta com uma garrafa nas maos.
- O que faz aqui? Combinamos que voce iria avisar. Alguem seguiu voce? - Ela ri.
- Acha mesmo que alguem vai conseguir encontrar esse buraco?
- Acho muito bom, Alice.
- Quais sao as noticias? Já vi nos jornais.
- Está saindo tudo como nós combinamos. - Ela ri. - Voce precisava ver a cara da sua mãe... espera eu preciso respirar porque é muito engraçado.
- Sua psicopata! Doente! - Eu grito. - Ela vira um tapa em meu rosto.
- Desculpe, querida. Essa voce mereceu, nao pode tratar a Alice dessa maneira. Afinal, ela esta nos ajudando amor.
- Vocês dois... vocês dois sao malucos! Socorro! Socorro!
- Coloque alguma coisa na boca dela! Pelo amor de Deus.
- Nao se preocupe, ninguem vai ouvi-la daqui.
- Quietinha... - Ele se aproxima de mim e segura o meu rosto. - Eu estou sendo muito bom com voce. Nao me faça perder a paciencia. Eu ia dar agua a voce, mas quer saber. Voce nao esta merecendo.
- Maicon, por favor. - Alice, me deixe a sós com a Ana.
- Eu trouxe champanhe... podemos nos divertir.
- Saia! Sua vadia surda!. - Ela pega a garrafa e sai.
- Olha, Anastasia. Eu percebi uma coisa. - Ele ri. - Desde que voce chegou, nós nao... tivemos nada. Voce nem me deu um beijo.
- Não vou beijar voce nunca! Eu prefiro a morte. - O soco arde meu rosto. Ele me puxa novamente e me lança mais um tapa, outro e outro... até um momento em que não vejo mais nada.
- Acorda! Acorda! - É aquele cara, que estava com ele quando me pegou, nao lembro o nome. - Estou jogada no chão, com o rosto todo machucado. Nem sei por quantas horas eu apaguei.
- Água, eu preciso de agua.
- Eu trouxe a água, vagabunda. Levanta. - Eu me movo com dificuldade. Ele pega meu braço e me ergue na cadeira.
- Toma. - Ele aperta minha boca com uma mao e com a outra segura a garrafa. - Chega! Chega!
- Por favor, moço. Eu preciso de água.
- Voce é bonita. Quando o Maicon nao achar mais graça em voce eu vou querer me divertir tambem. - Ele ri.
- Aonde o Maicon está?
- Aqui voce nao pergunta nada.
- JD! Chega! Saia, eu quero falar com ela. - É Alice.
- Sim, Senhora. - Ele fecha a porta. - Ela começa a rir assim que olha para mim.
- Nossa, voce esta horrivel! Uma dica de amiga, nao provoque mais o Maicon ou seu rosto vai ficar pior.
- Porque esta fazendo isso? - Ela puxa uma cadeira e senta.
- Voce achou que ia se dar bem né vadia?
- Voces nunca irão conseguir...
- Eu estou cuidando pessoalmente para que voce seja dada como morta o quanto antes! Dizendo coisas como, Cristian infelizmente temos que entender que a vida nos surpreende, ela te amava, ela nao ia querer que voce fizesse isso... Voce precisava ver a minha performance! Foi facil convencer toda a familia que eu tive um surto, que eu estava fora de mim... Mia é tão idiota e sentimental, praticamente me levou para dentro da casa deles novamente. - Ela ri. - Eu sou tao convincente que até a sua mae eu já consolei.
- Sua vagabunda! - Eu grito. Outro tapa, sinto tanta dor que estou mortificada.
- É tao gratificante bater em voce. Agora eu sei porque o Maicon faz isso. E eu tenho uma dica, é melhor voce se preparar porque hoje a noite ele vai reinvindicar os direitos dele como marido. Aproveita vai, é a grande noite de voces, o coitado esta tao animado que ja foi até comprar as coisas.
- Isso nunca! - Meu Deus, se ele tentar qualquer coisa eu nao vou conseguir me defender.
- Boa sorte. Eu ja estou indo, esta ficando tarde e eu nao vou passar a noite nesse inferno quando eu posso ficar na cobertura do Cristian. - Ela ri. - Imagina se o Cristian soubesse que ao inves de estar com ele, a namoradinha linda esta fodendo com outro cara em uma cabana no meio do mato?
- Voce nao se atreveria!
- É claro que eu me atreveria, mas infelizmente o plano ja esta trassado e eu nao posso mudar o rumo das coisas, mas que seria interessante fazer o Cristian pensar que voce é uma vadia, isso seria. Só que como diria minha mae, temos que respeitar a alma dos mortos. - Ela ri. - Nao vou discutir com ela. Nao tenho forças para isso. Sei que Cristian nao vai acreditar em nada, mas nao acredito que ela vá tentar, tem muito medo do Maicon, eu ja percebi.
- Até logo queridinha, eu desejo que voces tenham uma linda noite. - Ela bate a porta. - Não sei se consigo mais resistir, estou sem comida, sem agua e tenho medo de que nosso bebe nao resista.
- Meu Deus... por favor me salve! - Eu repito diversas vezes.

Já estou a muito tempo aqui sozinha. Estou observando o quarto tentado achar uma saida, mas é impossivel sair daqui, eu nao consigo. Tenho que pensar em alguma coisa rapido.
- Já voltei, querida. - Eu me afasto, encolhendo contra a parede. - Ei, calma.
- Me deixe em paz. - Ele ri.
- Eu adoraria, mas hoje não. É a nossa noite. - Ele fecha a porta.
- Maicon, por favor, nao faça nada comigo.
- Voce nem ao menos sabe o que eu vou fazer. Para que esse desespero todo?
- Eu sei o que voce quer, mas voce sabe que eu sempre vou ser do Cristian. Mesmo que me tenha a base da força, sabe que eu nao estarei sendo sua de corpo e alma.
- Voce ser minha, vai ser... - Ele sorri.
- É isso? Vai me fazer transar com voce a força?
- Eu? De forma alguma! Imagina, seria... facil demais. Voce vai pedir.
- Eu? Voce esta ficando cada dia mais fora de si.
- Não estou não, minha querida. Sabe que o seu bebe nao irá sobreviver muito tempo com essa miséria de agua que voce está bebendo. Fora a comida... acho que voce nao come direito desde que chegou aqui. Então, meu amor, só vai ter tudo isso quando transar comigo e é melhor que seja de corpo e alma assim como voce diz ou entao pode dizer adeus a esse bastardo que voce carrega na sua barriga.
- Seu corvarde! - Eu grito.
- Pode me xingar a vontade. Agora voce esta ciente de tudo. Voce só tem uma opçao, se entregar a mim. Não sou eu quem vou matar o seu bebe é voce mesma!
- Cristian vai me encontrar, eu sei que vai... - Ele joga as sacolas contra a parede.
- Voce tinha que estragar tudo! Tinha que tocar no nome dele, mas adivinha coraçao? As buscas foram encerradas agora a tarde. Nunca mais voce vai ver a sua familia.
- Isso é mentira! Voce esta mentindo.
- Pense o que voce quiser! Alice me ligou e disse que informaram que nao tem como localizar, segundo eles o rio que fica abaixo pode ter lavado seu corpo para muito longe ou seja, continuar a busca é um verdadeira estupidez- Ele ri.
- Voce é um doente... Acha que nao vão se perguntar o que eu estava fazendo em uma estrada tao longe da cidade? - Estou com um nó enorme no meu peito, eu nao posso acreditar que desistiram.
-Não sei... traindo seu namorado, talvez? - Ele ri. - O que eles vão pensar nao me interesse. O que realmente interessa é que voce mentiu para ele de qualquer forma, ia se encontrar com a sua amiguinha e acabou em caminho oposto.
- Kate... - Eu sussuro.
- Não estou com a sua amiguinha, mas como voce acredita facil nas pessoas...
- Voce não vai escapar, Maicon. Eu posso morrer, mas voce nao vai escapar.
- Eu sou tudo o que voce tem agora, tudo. Eu planejei isso tudo durante meses, nao tinha como dar errado. Eu sei mais da sua vida do que voce mesma, eu sei absolutamente tudo, Ana.
Jamais vou me conformar, jamais vou desistir. Pelo amor que sinto pelo Cristian e pelo nosso filho, eu vou lutar até nao aguentar mais.