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Secrets of a CEO. Cap 96








- Cristian, tem certeza de que nao seria melhor trocar de filme? - Estamos na cama. O dia la fora está frio e chuvoso, então provavelmente é o melhor que temos a fazer hoje. Eu estou com o pacote de pipocas.
- Voce me disse para escolher, eu escolhi. Agora venha para a cama, esta frio. - A cama parece bem mais tentadora com ele.
- Eu sei que eu disse, mas é que... - Ele ri.
- O que foi?
- Voce esta claramente com medo, Anastasia.
- Eu? Medo? Pelo amor de Deus Cristian. Eu já sou bem grandinha.
- Quando assistimos aquele filme horrivel voce tambem disse que nao tinha medo.
- Foi diferente... Eu estava mais sensivel.
- Tudo bem, entao agora chega de conversa e vamos assistir. - Sempre tão mandão. Meu cinquenta tons nervosinho.
O filme é Horror em Amityville. É de 2005 se eu nao me engano, a história de uma familia que se muda para uma casa aonde fenomenos estranhos acontecem. No ano de 1974, Ronald DeFeo Jr assasinou seis membros de sua familia a sangue frio enquanto dormiam. O que foi comentado na época é que o proprio Ronald chamou a policia dizendo que todos estavam mortos. Algum tempo depois ele mesmo confessou ser o autor dos disparos e que só fez isso, porque uma voz na sua cabeça disse para ele fazer. O mais engraçado é que, ninguem da familia acordou com os disparos. Anos depois, a familia Lutz se mudou para a mesma casa, mas foram embora pouco tempo depois. Eles alegavam que a casa era mal assombrada e que presenciavam fenomenos sobrenaturais.
- Eu não sei até que ponto isso foi verdade...
- É apenas baseado em fatos reais, Ana. Não quer dizer que tudo o que esta falando ai realmente aconteceu.
- Ronald Defeo teria mesmo escutado essas vozes? - Ele suspira fundo.
- Algum problema? - Ele sorri.
- Eu acho engraçado o jeito como voce debate o assunto enquanto eu tento prestar atençao em alguma coisa. - Estou rindo.
- Estou atrapalhando?
- Não, de forma alguma. É só que isso é apenas uma história.
- História? Então voce acha mesmo que fantasmas não existem?
- Nao estou dizendo que nao assistem. Ana, o cara tinha problemas psicológicos e pelo que eu li uma vez fazia uso de drogas que causam alucinaçoes.
- E o horario? O que voce me diz do horario?
- Que horario?
- A familia DeFeo foi assassinada extamente as três e quinze da madrugada.
- Ainda nao entendi. É apenas um horario.
- Não, nao é apenas um horario. Cristian, voce nao assiste a filmes de terror? Todos os assassinatos e coisas sinistras acontecem depois das três da madrugada. - Ele esta rindo.
- Ana, isso é apenas uma coincidencia.
- Coincidencias não existem, pelo menos não nesses casos.
- Você tem razão. Eu nao deveria ter escolhido esse filme. - Meu celular toca. É o Flynn.
- Oi Flynn. - Cristian parece nao ter gostado do fato de eu nao ter desligado o celular.
- Ana, preciso falar com você e com o Cristian. Podemos nos encontrar agora?
- Agora? Flynn... esta chovendo.
- Eu sei disso, entao eu posso ir até ai?
- O que foi? - Cristian pergunta.
- Claro... se voce puder pode vim.
- Daqui a alguns minutos eu chego.
- Tudo bem, ate logo. - Ele deliga.
- Ana, o que aconteceu?
- Flynn... ele disse que precisa falar comigo e com você.
- O que pode ser de tão importante? Será que as pessoas nao entendem que eu quero ficar sozinho com você? Flynn é meu psquiatra, deveria saber disso. - Eu tenho a impressao de que o Flynn quer falar algo sobre o Senhor X. Ele nao viria aqui do nada apenas para dizer oi.
- Vamos esperar, pode ser importante.
- Então vamos ter que discutir suas teorias fantasmagóricas mais tarde, Senhorita Steele.
- Pause o filme.
- Vou colocar uma roupa. - Ele pula da cama e eu fico ali, apenas observando ele desfilar pelo quarto de cuecas.


- Você me deixou aflita. - Ele parece assustado.
- Como vai, Ana?
- Estou bem e você?
- Estou bem. Cristian?
- Ele já...
- Espero que seja muito importante o que você tem para dizer.
- Pode ter a certeza de que eu não teria saido nessa chuva se nao fosse, Cristian. - Os dois se cumprimentam.
- Por favor, sente-se. - Ele se acomoda em um dos sofás.
- E então... Pode me dizer porque interrompeu minhas férias?
- Cristian! - Flynn esta rindo.
- Não se preocupe, Ana. Férias? Veja só... ate ferias voce tira agora, isso sim é que é progresso.
- Ficamos preocupados com a sua ligaçao.
- Eu fui ate a casa daquele cara.
- Cara? - Cristian nao entendeu, mas eu sim.
- Aquele que tinha as gravaçoes da Anastasia.
- Entendi, então é voce o cara dos conselhos. - Devo estar roxa. Eu nao disse ao Cristian que o Flynn me disse todas aquelas coisas.
- Não sei bem ao que voce se refere, mas tudo bem. Eu descobri tudo.
- Tudo? O que voce descobriu, Flynn? - Estou ansiosa.
- Aquelas gravaçoes... não era você. Alias, era a sua voz, mas a gravaçao foi montada.
- Como você descobriu isso? - Cristian questiona.
- Eu tenho meus métodos, Cristian.
- Você foi ate a casa dele?
- Não há com o que se preocupar. Eu tenho certeza de que ele não vai mais encomodar.
- Eu ainda nao entendi. Como voce fez isso? - Eu pergunto.
- Falei que eu era seu irmão. - Cristian ri.
- Voce só pode estar de brincadeira, Flynn.
- Ele sabe que eu nao tenho irmão.
- Você se engana minha querida, ele não sabe. Eu disse que tinha provas de que ele havia adulterado as gravaçoes e levaria a policia. Foi só fazer um pouco de pressao e ele confessou.
- Flynn, você não deveria ter feito isso. É um problema meu, Anastasia é minha namorada.
- Cristian, acontece que algumas coisas nao se resolvem de qualquer maneira. É preciso pensar antes de agir.
- E quem disse a voce que eu nao tinha um plano?
- Sou seu psiquiatra a muitos anos, sei que calma e paciencia nao sao o seu forte. E voce ja tem coisas demais para se preocupar, me deixe ajudar como um amigo.
- Eu agradeço por tudo, mas eu tenho certeza de que poderia coloca-lo em seu lugar.
- Voce realmente tinha provas de que ele fez a montagem?
- Não. Eu apenas usei isso contra ele. Já ouviu falar em provar do proprio veneno? Então, é mais ou menos isso. É Anastasia, parece que ele esta mesmo interessado em voce, mas não é motivo para se preocupar. O maximo que ele pode fazer é encher a cara e vir gritar na porta do prédio.
- Ele não seria nem louco de fazer isso. Cristian esta mesmo nervoso, eu nem quero pensar na possibilidade dele fazer algo assim.
- Flynn, eu gostaria de fazer uma pergunta. Não é relacionado a isso...
- Pode fazer.
- Já ouviu falar sobre Amityville?
- Ana, voce esta mesmo com isso na cabeça. Tenho certeza de que o Flynn nao tem tempo... - Ele sorri.
- Tudo bem, Cristian. Não tem problema. Voce esta falando sobre o caso em Amityville? O assassinato?
- Isso mesmo.
- Eu fiz um estudo de caso sobre isso na faculdade.
- Está falando serio? - Cristian pergunta.
- Sim, muito sério. Foi realmente uma coisa horrivel. Posso saber porque a curiosidade repentina?
- Eu vou pegar alguma coisa para beber. Voce aceita Flynn?
- Não, Cristian. Muito obrigado.
- Pode me trazer uma agua? - Ele sorri.
- Claro que sim. - Aproveito a saida dele para as perguntas.
- Flynn, voce acha mesmo que Ronald DeFeo ouviu aquelas vozes? - Ele ri.
- É dificil afirmar com certeza, Ana. Eu sou apegado a fatos, e os fatos apontam que ele tinha problemas psicologicos e fazia uso de LSD e outras drogas.
- É tudo muito estranho, Flynn. Porque os Lutz sairam correndo daquele lugar? Se o que Ronald disse não foi verdade então porque eles se mudaram?
- A policia assim como eu trabalha com fatos concretos, Ana. A questão das vozes que ele diz que ouvia não entrou em pauta, o que contava para a policia eram os corpos que foram brutalmemte assassinados, por isso Ronald foi condenado.
Flynn é como o Cristian, só acredita nos fatos concretos. É dificil discutir com médicos sobre isso.


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