Fico feliz de ter tido esse voto de confiança por parte dele e mais feliz ainda, por saber que ele confia em mim. Apesar de ser decidido em algumas coisas, eu sei que ele sente insegurança em algumas coisas.
- Vocês devem ser o Senhor e a Senhora Grey. Eu sou o Doutor Collins, estou de plantão.
- Sim, doutor. Estamos ansiosos.
- Eu imagino que sim. – Ele assina alguns papeis. – Como sou o médico de plantão, vou dar alta para o seu filho. – Ele nos leva até o quarto, onde uma enfermeira está aguardando. Não posso acreditar que finalmente vou ter meu filho nos braços.
- Quero dizer que o bebe está com uma saúde ótima e já pode ir para casa. Ele recebeu toda a alimentação pela sonda no tempo que ficou aqui. Só para vocês entenderem, a sonda é colocada porque muitos prematuros ainda não sabem sugar e deglutir, o que impossibilita a alimentação direta no peito da mãe. Esse foi o caso do seu filho.
- Eu posso alimentar meu filho agora?
- Sim, ele deve ser amamentado a cada duas ou três horas, dependendo da necessidade. Mesmo que ele esteja dormindo ou não emita sinais de fome, você deve acorda-lo para mamar no máximo 3 horas depois da ultima mamada. A única coisa que eu preciso Anastásia, é que você fique atenta aos sinais de alerta.
- O que seriam esses sinais?
- O bebê parar de respirar por alguns segundos, engasgos frequentes, boca arroxeada, aparentar cansaço ou transpirar muito ao mamar. Não se esqueça de que o bebe só vai poder ingerir comida sólida quando um médico realizar a avaliação e decidir que pode.
- Doutor só estamos com um pequeno problema. Somos de Seattle e precisamos voltar para lá. Meu irmão sofreu um grave acidente já faz algum tempo e eu preciso ir até o hospital onde ele está.
- Eu entendo perfeitamente seus motivos Senhor Grey. Só não acho que uma viagem de avião seja indicada nesse momento. O bebe ainda está se recuperando e o avião pode ser perigoso.
- Doutor eu posso pegar o meu filho?
- Claro que sim. – Ele sorri. A enfermeira calmamente o coloca em meus braços. Automaticamente sinto meu coração bater mais forte. É como se um buraco enorme estivesse sendo aberto no meu peito e preenchido por um amor incondicional.
- É o nosso bebe. – Ele acaricia meu rosto.
- Sim, é o nosso filho Ana.
- Bom vocês já podem ir para casa. Mas se precisarem de qualquer outra coisa, por favor, não hesitem em procurar o hospital.
- Muito obrigada por tudo. Eu agradeço de coração a todos que se empenharam a salvar a vida do meu filho.
- Estaremos sempre às ordens Senhora Grey. – Ele sorri.
O médico tem razão. Não podemos ter uma viagem de avião nesse momento, seria arriscado demais para a vida do bebe. Eu já sei como vamos solucionar isso, só não sei se Cristian vai aceitar.
- Que bom que vocês chegaram Senhora Grey.
- Ele não é lindo?
- Sim, e se me permite dizer tem a cara do Senhor Grey. – Ele sorri.
- Os olhos são da mãe com toda a certeza.
- Senhora Jones, poderia leva-lo, por favor. Preciso falar com o Senhor Grey.
- Claro. – Fiquei tanto tempo longe dele que meu coração quando tenho que me afastar por alguns momentos.
- Algum problema?
- Cristian, eu nem sei como eu deveria começar a falar sobre isso, mas acho que indo direto ao ponto será melhor. Você deve ir para Seattle.
- Eu devo ir?
- Não posso sair com o bebe, não agora.
- E sugere que eu simplesmente vá embora e largue vocês aqui é isso?
- Cristian, sua família precisa de você mais do que qualquer coisa.
- Isso nunca esteve em discussão. Eles são minha família, mas agora eu tenho uma família sob a minha responsabilidade. Ana sabe que vocês são a minha vida.
- Seu irmão precisa de você Cristian. Taylor e a Senhora Jones podem ficar aqui comigo durante um tempo...
- Quanto tempo? – Ele altera a voz. – Consegue ficar longe de mim assim tão fácil?
- Claro que não! Eu não queria fazer isso, mas as coisas nem sempre saem como planejamos.
- Pedir para me afastar de vocês, logo agora...
- Eu sei que é uma decisão difícil, mas pelo menos até as coisas se ajeitarem.
- Não posso largar você e o meu filho aqui Ana.
- Você não está nos largando Cristian. Temos que ser fortes agora. Eu sei que depois disso tudo as coisas vão se acertar. Será só por algumas semanas.
- Eu preciso pensar nisso Ana.
- Cristian...
- Eu já disse que preciso pensar. – Ele pega o casaco.
- Aonde você vai?
- Vou sair um pouco. – Fico sozinha e pensando se minha ideia foi tão absurda. Porque me sinto culpada? Eu não posso ficar aqui me remoendo sem saber se fiz o certo.
- Flynn?
- Ana, tudo bem?
- Está tudo bem? Você está ofegante...
- Na verdade, você me pegou em um momento não muito bom. – Ah não. Eu não acredito nisso.
- Me desculpe! Meu Deus, eu vou...
- Calma Ana. Eu estava correndo, apenas correndo.
- Ah sim. – Pensei que fosse pior.
- O que você pensou?
- Eu? Nada, eu não pensei em nada. – Ele ri.
- Então, precisa de alguma coisa?
- Eu já sei que tivemos uma conversa sobre isso há pouco tempo, mas eu precisava falar com você e ver se eu estou errada.
- O que houve?
- Nosso filho teve alta do hospital.
- Ana, isso é maravilhoso! Eu fico muito feliz.
- Obrigada. Estamos muito felizes, mas tem um problema. Por enquanto não podemos viajar de avião, não com o bebe ainda se recuperando.
- Sim, mas acredito que não haverá problema em esperar mais um pouco na cidade antes de irem embora.
- O problema é que Elliot está em Seattle Flynn. Eu não acho certo Cristian estar aqui e não apoiando a família.
- Me deixe adivinhar, você propôs que ele fosse para Seattle sozinho.
- Você acha um erro?
- Você está impondo para que ele faça uma escolha, Ana. Agora ele também tem uma família além da dele, é difícil tomar essa decisão.
- Mas não possível que ele não confie em mim.
- Já não é mais uma questão de confiança, Ana. Cristian está se sentindo pressionado. Deixar você sozinha com o bebe ou ir até o irmão que está hospitalizado. Eu sei que você teve uma boa intenção, mas o melhor a fazer é que ele toma a decisão. Se ele quis ficar sozinho para pensar, de o tempo que ele precisa. Não se esqueça de que somos todos diferentes e pensamos diferente.
- Você tem razão. Talvez eu não tenha o abordado do jeito certo.
- Eu sei que suas intenções eram boas.
- Você deve estar achando que eu não sei mais levar meu casamento.
- Não pense isso. Eu sei que disse que vocês devem tomar as suas decisões por si mesmos, mas isso não impede que liguem para mim.
- Eu agradeço muito por isso.
- Elliot como está?
- Até o ultimo dia que eu falei com o Grace ele estava igual. Tem um médico amigo meu, vamos falar com ele.
- O seu ex-namorado? – Como ele sabe?
- Como você sabe disso?
- Cristian comentou comigo. Mas fique tranquila, ele não estava encomodado com isso.
- Tem certeza?
- Sim, fique tranquila.
Mais por favor
ResponderExcluirAdorei posta mais pf
ResponderExcluirAdorei muito esses capítulo. Muito obrigada pela história espero que consiga postar mais em breve..... Bjus
ResponderExcluirpq sera que ela demora tanto de postar outro cap?
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