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Jogo Perigoso. Cap 41






Porque ele tem que agir dessa forma? Será que não percebe que só consegue me afastar ainda mais fazendo isso?
- Está pronta? – Ele está diferente, eu posso sentir.
- Doutor, eu queria pedir desculpas pelo que aconteceu na outra sala.
- Você não precisa se desculpar. O importante agora é que esse é o primeiro dia de sua Quimioterapia. – Ele se ajoelha e fica ao meu lado. – Eu só peço, por favor, que se concentre o máximo que puder em sua recuperação. Ele é seu namorado está com ciúmes, sem fundamento nenhum, mas está. Deixei que as coisas aos poucos vão se ajeitar.
- Eu prometo que vou tentar.
- Ótimo. A sessão demora entre 3 a 4 horas.
- Eu prometo que não vou sair daqui. – Ele ri.
- É ótimo que ainda mantenha o bom humor. Isso é muito importante. Vou passar para ver os outros pacientes, mas se precisar de qualquer coisa é só apertar a campainha.
- Obrigada.
Eu queria que ele estivesse aqui, eu queria que as coisas fossem diferentes. Nós poderíamos estar próximos agora, em qualquer lugar do mundo, fazendo tudo o que quiséssemos, mas não. Eu estou aqui, presa por essa doença, presa pelo meu próprio destino. Além de todas as coisas, ainda tenho que pensar no caso do José. Nem sequer pude me despedir, nem sequer pude dizer sinto muito por tudo o que aconteceu. Cristian conseguiu adiar meu depoimento devido a tudo o que vem acontecendo, mas eu quero saber como andam as investigações.
- Com licença Senhorita Steele. Como está se sentindo?
- Estou bem, só com um pouco de tontura.
- Isso é normal. Eu vim aqui dizer que tem uma pessoa lá fora que gostaria muito de te ver. O doutor autorizou a entrada dela. – Quando a vejo entrar é como se fosse um anjo vindo em minha direção.
- Querida. – Ela me abraça como pode.
- Mãe, nem acredito que você está aqui. Desculpe-me ter que fazer você passar por isso. – Ela está com uma roupa hospitalar.
- Você acha que eu me importo de ter que colocar essas roupas? Tudo o que eu queria era ver você e saber se estava bem.·
- Vou deixa-las a sós.
- Obrigada enfermeira. – Ela puxa a poltrona.
- Filha me desculpe por não ter vindo antes...
- Mãe, não se culpe. Você não tinha como saber de nada disso. Foi uma surpresa para todo mundo.
- Eu imagino por tudo o que você deve estar passando. Foram muitas mudanças.
- Minha cabeça ainda está uma bagunça. Ainda tem o caso do José...
- Eu estou muito nervosa com isso. Você pode estar correndo perigo, não sabemos o que essa pessoa é capaz de fazer.
- Eu já pensei nisso, mas tenho certeza de que Cristian não vai deixar que nada aconteça comigo.
- Falando nele, está lá fora.
- Ele está aqui?
- Porque o espanto, vocês não estão juntos?
- Tivemos uma discussão antes de eu vir para cá. – Eu me sinto péssima por isso.
- Eu posso saber o porquê?
- Por causa de ciúmes. Ciúmes do meu médico.
- Com licença. Atrapalho a conversa entre mãe e filha?
- Mãe esse é o Doutor Steve, Doutor essa é a minha mãe Carla.
- Só Steve, por favor. Eu falei isso para a sua filha, mas parece que ela não me escuta. – Ele ri.
- Doutor só queria agradecer por estar cuidando dela.
- Sua filha é uma mulher maravilhosa em todos os sentidos. Ela vai sair dessa com toda a certeza. Ana como você está?
- Meio tonta um pouco enjoada...
- Infelizmente isso vai acontecer, mas qualquer coisa pode me chamar.
- Obrigada.
- Com licença.
- O que foi?
- Agora eu entendo o porquê o Cristian estava tão nervoso.
- O que você quer dizer?
- Está na cara que esse médico sente alguma coisa por você.
- Você também com isso?
- Você sempre foi meio devagar nesse quesito filha.
- Às vezes ele vem com algumas conversas estranhas, mas nunca pensei que seria realmente isso.
- Acho que se o Cristian fica tão nervoso o melhor é não alimentar isso.
- Eu acho que fui injusta com ele.
- Por quê?
- Porque eu disse que se ele iria agir daquela forma não precisava ficar aqui.
- Bom ele ainda está lá fora.
- Mãe...
- O que foi querida?
- Eu acho que... Eu acho que vou... - Ela pega um balde e corre na minha direção. Coloco tudo para fora no mesmo instante. É como se o meu estomago estivesse rodando e rodando sem parar.
- Anastásia você está bem? Eu vou chamar o doutor...
- Não mãe, ele já disse que seria assim. Não ter porque chama-lo agora. Isso já passou.
- Tem certeza?
- Sim. Ainda bem que você está aqui e não o Cristian.
- Por quê?
- Mãe, não sei como vou viver assim. A queda de cabelo, os enjoos...
- Acha que ele vai se incomodar com isso?
- Ele disse que não, mas eu não sei até que ponto.
- Querida, se ele realmente gosta de você é claro que ele não vai se importar. Quando duas pessoas estão dispostas a ficarem juntas elas passam por qualquer coisa.
- Eu quero pedir uma coisa.
- Pode pedir filha.
- Você tem que me prometer que vai cumprir mãe.
- Vou fazer até o impossível. – Respiro fundo.
- Mãe, você sabe que apesar do tratamento, eu posso morrer.
- Eu não quero mais te ouvir falando uma besteira dessas!
- Vocês não podem simplesmente descartar essa possibilidade.
- O que e eu não posso é ver minha filha, alguém que eu amo tanto, desistir assim facilmente.
- Não estou desistindo, estou sendo realista.
- O que você ia me dizer?
- Se isso acontecer eu preciso que você jure que vai cuidar para que o Cristian não fique mal.
- Anastásia...
- Mãe, você disse que faria o impossível. Cristian já tem muitos problemas e eu não quero ser mais um.
- Agora é você que vai me prometer uma coisa. Vamos deixar o tempo cuidar das coisas e parar de pensar tão negativo desse jeito. Você vai vencer essa etapa e nós estaremos sempre aqui para te apoiar.


















Comentários

  1. Só ela que não encherga que esse médico está com segundas intenções, acho que ela deveria falar com o Christian e se acertarem ,ela precisa parar de ser chatinha de não querer ele por perto 😐😐😐

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