- Espero mesmo que isso aconteça logo, Cristian. Eu preciso desligar tenho que resolver algumas coisas.
- Acho que consigo voltar até o final dessa semana.
- Achei que iria passar mais tempo.
- Agora não tem muito que fazer apenas aguardar para ver como as coisas vão ficar daqui para frente. Se cuide e não faça nada que eu não faria.
- Tudo bem, te ligo mais tarde.
- Vou esperar. – Coloco o telefone na mesa e tento parar cinco minutos para entender tudo. Será que nossa vida via ser sempre assim? Todas essas confusões, esse caos? Logo Ted já vai ter idade o suficiente para entender as coisas e eu realmente não quero que ele viva no meio de brigas.
- Senhora? Eu trouxe um copo de leite com algumas frutas. Eu percebi que não comeu nada desde cedo.
- A verdade é que realmente eu não comi. Não ando dormindo bem e nem comendo.
- Não pode ficar assim, está amamentando.
- São muitas coisas acontecendo Senhora Jones, não consigo ficar tranquila.
- Talvez a Senhora precise conversar com alguém sobre isso. – O que ela quer dizer?
- Está sugerindo um psicólogo?
- Desculpe Senhora, eu não quis ser intrometida...
- Senhora Jones, você é praticamente da família.
- O Senhor Grey não iria querer ver a Senhora falando assim.
- Ele pensa assim também, só que ele tem o seu jeito. Você o conhece muito bem, sabe do que eu estou falando. Mas me diga, acha mesmo que eu preciso de um psicólogo?
- Repito que não quero ser intrometida, mas talvez conversando com alguém que possa entender o que está acontecendo a Senhora se sinta melhor. Muitas vezes o medo está só na nossa cabeça.
- Eu me sinto assustada na maioria do tempo, é como se a qualquer momento alguém fosse entrar por essa porta e anunciar uma tragédia.
- A Senhora está passando por um momento traumático, só isso. E se a Senhora chamasse o Doutor Flynn para conversar?
- Acho que não é uma boa ideia. A mulher dele viajou até aqui só para falar comigo sobre uma coisa sem fundamento. É melhor não mexer mais com isso por enquanto.
- Eu tenho algumas coisas para fazer na cozinha. Não se preocupe isso logo vai passar.
- Obrigada.
Olho no relógio e já são onze horas. Como fui dormir tanto? Corro para o quarto do bebe.
- Não se preocupe Senhora, ele está dormindo profundamente.
- Eu acordei assustada, não lembrava mais se ele tinha mamado.
- A Senhora deve estar perdida no tempo só isso. Como estava descansando, eu dei a mamadeira.
- Poderia ter me chamado Senhora Jones.
- A Senhora já deixou o leite separado justamente por situações como esta, não precisa se preocupar.
- Pode ir se deixar, eu vou ficar aqui mais um pouco.
- Boa noite.
- Boa noite e obrigada mais uma vez.
Fico ali observando meu bebe a coisa mais preciosa da minha vida. Eu o amo tanto, nunca foi deixar que nada de mais aconteça a ele.
- Senhora Jones? – Ouço um barulho que vem da cozinha. Tudo muito calmo e todos os empregados não estão mais aqui. Chego até a cozinha e acendo a luz. Olho para todos os lados, mas não vejo nada. Nada que possa ter justificado o barulho que eu ouvi. Foi como se alguém estivesse me chamando, sussurrando. Vou andando pelos cômodos a procura de alguma coisa que possa explicar. Ouço novamente, bem leve, mas ouço. Procuro para todos os lados e confesso que estou começando a ficar assustada com a situação. Ouço novamente e dessa vez é nitidamente o meu nome. Corro para o quarto do bebe e fecho a porta. Lá dentro tudo calmo, nada acontece. Nenhum barulho, nenhum sussurro, absolutamente nada. Fico no silencio mortal ao lado do berço. Ele dorme tranquilamente o que me deixa mais calma. Ao olhar para a porta, percebo que um fecho de luz é interrompido pelo que parece ser uma pessoa passando por debaixo da porta. Meu coração congela e eu não consigo pensar em nada, quando entrei não tranquei a porta.
Aproximo-me lentamente e viro a chave. O silencio é tão assustador que eu consigo ouvir as batidas do meu coração. Percebo que esqueci meu celular no quarto e é tarde para tentar fazer qualquer coisa agora.
De repente começam as batidas na porta. A primeira foi suave e eu mantive o silencio. Em seguida começaram batidas fortes e repetidas.
- Quem está ai? – Começou a perguntar isso diversas vezes, mas ninguém me responde. Apenas as batidas na porta. Pego meu filho do berço e o abraço. Grito por socorro até não poder mais.
- Senhora Grey? Senhora Grey? – Minha visão está turva. Não consigo identificar. – Senhora Grey, está me ouvindo?
- Taylor?
- Sim, sou eu. O que houve? – Eu pulo.
- Meu filho! Meu filho!
- Calma! O bebe está com a Senhora Jones até que a Senhora se acalme.
- Tinha alguém aqui Taylor. Eu sei que tinha.
- Senhora, tente se acalmar!
- Eu... Eu não consigo! Tinha alguém aqui! Primeiro me chamou e depois bateu na porta.
- Senhora, nós supervisionamos tudo não tem vestígios de alguém entrou aqui.
- Taylor, Senhor Grey na linha. – Um segurança entrega o celular.
- Sim, ela está aqui comigo. Sim Senhor, vou passar o telefone. – Estou com medo de falar. Ele se afasta e me deixa sozinha para falar. Com toda a certeza Cristian pediu isso.
- Cristian.
- Ana? Como você está? O que houve? – Não consigo parar de chorar.
- Cristian...
- Tente se acalmar e me conte o que está acontecendo.
- Tinha alguém aqui Cristian, aqui dentro.
- Você viu alguma coisa?
- Eu vi vultos, eu ouvi vozes me chamando... Eu
estou com muito medo. – Estou fragilizada, sozinha e não tenho os seus braços
para me proteger. Não consigo segurar
minhas lagrimas e nem parecer forte como faço todas às vezes. - Desculpe Senhora, eu não quis ser intrometida...
- Senhora Jones, você é praticamente da família.
- O Senhor Grey não iria querer ver a Senhora falando assim.
- Ele pensa assim também, só que ele tem o seu jeito. Você o conhece muito bem, sabe do que eu estou falando. Mas me diga, acha mesmo que eu preciso de um psicólogo?
- Repito que não quero ser intrometida, mas talvez conversando com alguém que possa entender o que está acontecendo a Senhora se sinta melhor. Muitas vezes o medo está só na nossa cabeça.
- Eu me sinto assustada na maioria do tempo, é como se a qualquer momento alguém fosse entrar por essa porta e anunciar uma tragédia.
- A Senhora está passando por um momento traumático, só isso. E se a Senhora chamasse o Doutor Flynn para conversar?
- Acho que não é uma boa ideia. A mulher dele viajou até aqui só para falar comigo sobre uma coisa sem fundamento. É melhor não mexer mais com isso por enquanto.
- Eu tenho algumas coisas para fazer na cozinha. Não se preocupe isso logo vai passar.
- Obrigada.
Olho no relógio e já são onze horas. Como fui dormir tanto? Corro para o quarto do bebe.
- Não se preocupe Senhora, ele está dormindo profundamente.
- Eu acordei assustada, não lembrava mais se ele tinha mamado.
- A Senhora deve estar perdida no tempo só isso. Como estava descansando, eu dei a mamadeira.
- Poderia ter me chamado Senhora Jones.
- A Senhora já deixou o leite separado justamente por situações como esta, não precisa se preocupar.
- Pode ir se deixar, eu vou ficar aqui mais um pouco.
- Boa noite.
- Boa noite e obrigada mais uma vez.
Fico ali observando meu bebe a coisa mais preciosa da minha vida. Eu o amo tanto, nunca foi deixar que nada de mais aconteça a ele.
- Senhora Jones? – Ouço um barulho que vem da cozinha. Tudo muito calmo e todos os empregados não estão mais aqui. Chego até a cozinha e acendo a luz. Olho para todos os lados, mas não vejo nada. Nada que possa ter justificado o barulho que eu ouvi. Foi como se alguém estivesse me chamando, sussurrando. Vou andando pelos cômodos a procura de alguma coisa que possa explicar. Ouço novamente, bem leve, mas ouço. Procuro para todos os lados e confesso que estou começando a ficar assustada com a situação. Ouço novamente e dessa vez é nitidamente o meu nome. Corro para o quarto do bebe e fecho a porta. Lá dentro tudo calmo, nada acontece. Nenhum barulho, nenhum sussurro, absolutamente nada. Fico no silencio mortal ao lado do berço. Ele dorme tranquilamente o que me deixa mais calma. Ao olhar para a porta, percebo que um fecho de luz é interrompido pelo que parece ser uma pessoa passando por debaixo da porta. Meu coração congela e eu não consigo pensar em nada, quando entrei não tranquei a porta.
Aproximo-me lentamente e viro a chave. O silencio é tão assustador que eu consigo ouvir as batidas do meu coração. Percebo que esqueci meu celular no quarto e é tarde para tentar fazer qualquer coisa agora.
De repente começam as batidas na porta. A primeira foi suave e eu mantive o silencio. Em seguida começaram batidas fortes e repetidas.
- Quem está ai? – Começou a perguntar isso diversas vezes, mas ninguém me responde. Apenas as batidas na porta. Pego meu filho do berço e o abraço. Grito por socorro até não poder mais.
- Senhora Grey? Senhora Grey? – Minha visão está turva. Não consigo identificar. – Senhora Grey, está me ouvindo?
- Taylor?
- Sim, sou eu. O que houve? – Eu pulo.
- Meu filho! Meu filho!
- Calma! O bebe está com a Senhora Jones até que a Senhora se acalme.
- Tinha alguém aqui Taylor. Eu sei que tinha.
- Senhora, tente se acalmar!
- Eu... Eu não consigo! Tinha alguém aqui! Primeiro me chamou e depois bateu na porta.
- Senhora, nós supervisionamos tudo não tem vestígios de alguém entrou aqui.
- Taylor, Senhor Grey na linha. – Um segurança entrega o celular.
- Sim, ela está aqui comigo. Sim Senhor, vou passar o telefone. – Estou com medo de falar. Ele se afasta e me deixa sozinha para falar. Com toda a certeza Cristian pediu isso.
- Cristian.
- Ana? Como você está? O que houve? – Não consigo parar de chorar.
- Cristian...
- Tente se acalmar e me conte o que está acontecendo.
- Tinha alguém aqui Cristian, aqui dentro.
- Você viu alguma coisa?
- Ana, amor, eu sei que você está assustada e que está com medo. Eu vou pegar o primeiro voo e chegar ai assim que eu puder.
- Não quero que você venha. Sua família precisa da sua ajuda agora.
- Você é a minha família e também precisa de mim. Eu vou e chego ai o mais rápido que eu puder.
- Eu juro que tinha alguém aqui Cristian, eu não estou louca...
- Ninguém está dizendo que você é louca Ana. Logo eu estarei ai e vamos resolver isso. Prometa que ficará bem.
- Eu prometo. – Minha voz está tremula.
- Eu te amo.
- Eu também. – Taylor percebe quando termino a ligação e se aproxima para pegar o celular.
- Senhora Grey, a policia foi acionada por um dos vizinhos que ouviu seus gritos. – Droga. – A Senhora gostaria de falar com eles?
- Sim, eu preciso contar para a policia. – Não demora mais do que alguns segundos até que o policial entre no quarto.
- Senhora Grey, boa noite.
- Boa noite.
- Eu gostaria que a Senhora relatasse o que realmente viu.
- Foi tudo muito confuso no inicio, eu ouvi barulhos, pareciam sussurros. Logo depois eu ouvi nitidamente alguém chamar o meu nome e depois que eu me tranquei no quarto alguém ficou batendo na porta sem parar... Foi horrível.
- Senhora, o local foi examinado e não há sinais de arrombamento. Pelo que eu pude perceber a uma equipe muito bem preparada no local sendo assim impossível de alguém entrar aqui.
- O que quer dizer?
- Soube que a Senhora deu a luz recentemente.
- Não entendi o que isso tem haver com o que aconteceu?
- Muitas mulheres depois de dar a luz apresentam depressão pós-parto, um dos sintomas são alucinações.
- O Senhor é médico ou policial?
- Eu? Eu sou policial Senhora.
- Está dizendo que eu sou louca?
- De maneira nenhuma eu quis dizer que a Senhora está louca...
- Ah não? Pois foi isso que eu ouvi.
- Senhora Grey, se acalme.
- Não Taylor, esse policial entra na minha casa e ao invés de estar procurando pistas está achando tempo para me chamar de louca? Você é um incompetente!
- Senhora, peço que meça suas palavras ou será presa por desacato!
- Eu quero ver você me prender!
- Senhora Grey! – Taylor me segura. – Senhora, por favor! Você não quer passar a noite em uma cela.
- Esse policial é um... Idiota que gosta de ofender mulheres! Claro, é mais fácil acreditar que eu estou louca do que trabalhar.
- Já chega! A Senhora está presa por desacato. Algema.
- Senhor, por favor! Ela está nervosa, não pode leva-la. – O segundo policial passa por Taylor e rapidamente me coloca uma algema. Eu estou fora de mim, não sei o que estou fazendo.
- Acha que me prender vai resolver o problema?
- Não sei vai resolver o problema, mas vai fazer com que aprenda a respeitar a lei.
- Senhora, calma. Não posso impedir que a levem, mas eu vou avisar ao Senhor Grey.
- Não se preocupe Taylor, eu vou ficar bem.
- Eu vou acompanha-la até a delegacia.
- Como você quiser. Lá a Senhora vai poder ligar para um advogado.
Meu Deus que Capitulo maravilhoso
ResponderExcluirPosta outro por favor
ResponderExcluirPor favor gostaria de saber como eu leio desde o começo.
ResponderExcluirComo eu faço por favor pra ver e ler essa história..
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