Subo o zíper da saia sem nenhuma dificuldade. Não sei exatamente o porquê, mas hoje senti a necessidade de estar extremamente bem comigo mesma.
- Ana? Já está pronta? – Mia veio nos ajudar com a mudança de volta para Seattle. Faz uma semana que Cristian e eu conversamos seriamente sobre isso e depois de passar com alguns médicos, nosso filho já pode viajar. Isso me deixa aliviada. Afinal de contas, ficar longe de Elliot está afetando Cristian visivelmente.
- Caramba! Você está magnifica!
- Imagina só uma roupa comum.
- Comum? Se eu fosse um homem com toda a certeza iria querer ter alguma coisa com você. – Mia me faz rir apesar de tudo.
- Meu filho já está pronto?
- Não se preocupe Ana, a Senhora Jones está com ele. Você parece nervosa.
- Na verdade eu estou.
- Por quê?
- Vou ajudar Cristian com alguns assuntos do trabalho. Nós conversamos sobre isso há uma semana e eu disse que poderia ajuda-lo.
- E posso saber por que isso é um motivo de preocupação?
- Você sabe que a secretária do Cristian é eficiente e eu tenho medo de não conseguir cumprir de algum modo o que eu prometi que faria.
- Ela pode ser até competente, mas não como você. Nada melhor do que ficar por perto dele durante os dias, Ana. Mas agora você não tem que se preocupar com isso.
- Tem razão, eu já estou pronta e podemos ir.
Nunca pensei que viajar com uma criança seria tão difícil. Já vasculhei varias vezes para ver se não estou esquecendo nada e mesmo assim tenho a impressão de que estou esquecendo.
- Você está maravilhosa, de verdade, Ana você está muito linda.
- Acha mesmo Senhor Grey?
- Claro que sim, se for trabalhar comigo assim todos os dias eu garanto que não vamos trabalhar.
- Cristian, a Senhora Jones está bem ali. – Ele ri.
- Pegou tudo?
- Acho que sim.
- Podemos ir? Ana, tudo bem?
- Não, não foi nada.
- Senhora Grey, está bem?
- Não eu estou bem. Só uma tontura.
- Ana, podemos ir amanhã.
- Não de forma nenhuma. Já está tudo arrumado e eu...
- Ana? Ana o que você tem? – Eu não sei o que aconteceu, mas tudo ficou preto de repente.
- Senhora Grey? Como está?
- Quem é você?
- Doutor Dener. A Senhora passou mal e o seu marido chamou uma ambulância. Eu sou o médico que estava de plantão.
- Não precisava disso, eu já estou bem.
- Senhora Grey, eu vou pediu que faça um exame de gravides.
- O que? Não, doutor. Não existe essa possibilidade.
- Pois eu acredito que há grandes chances de isso ser o resultado desses desmaios. Seu marido me disse que isso já aconteceu.
- Eu acabei de ter um filho.
- Muitas mulheres ficam gravidas mesmo depois desse período, Senhora Grey.
- O meu parto foi complicado, eu passei muito mal. Meu marido e eu não tivemos relação desde então. Isso foi uma recomendação da minha médica.
- Pois então eu aconselho que chegando a Seattle procure um médico e faça alguns exames. Ninguém desmaia por nada.
- Estou nervosa com a mudança e não ando comendo direito, é apenas isso.
- Nervosa? – Ele senta.
- Sim, meu filho acabou de nascer e eu fico muito preocupada com ele.
- Isso é normal, a Senhora é mãe de primeira viagem. Vou te contar uma coisa, minha esposa ficou do mesmo jeito. Quero dizer minha ex-esposa.
- Você é pai?
- Sim, eu sou pai de uma menina. Mas eu não a vejo muito. Tive que me mudar por causa do trabalho.
- Não deveria se afastar dela, você é pai.
- Eu sei disso, mas é que são as circunstâncias Senhora Grey. Mas você é muito jovem para ser mãe. – Ele me pede para esticar o braço.
- Pareço jovem?
- Claro que sim. – Estamos rindo.
- Atrapalho?
- Senhor Grey, estou tirando a pressão da sua esposa.
- Como ela está?
- Está ótima, mas como eu já comentei com ela, acho prudente procurar um médico quando chegar em Seattle para realizar alguns exames.
- Ana, acha que conseguimos viajar?
- Cristian, eu estou bem. Não precisava nem ter chamado um médico.
- Você não acordava eu fiquei preocupado.
- Agora eu já vou indo.
- Muito obrigada por ter vindo e, por favor, passe o seu contato para a Senhora Jones. Quero saber se vai cumprir a promessa. – Cristian olha diretamente para mim.
- Ah claro, eu farei isso. Foi um prazer conhecer vocês. Com licença.
- Pode me explicar o que é isso Ana?
- Como assim Cristian?
- Quero saber se vai cumprir a promessa? Que negócio é esse?
- Calma você não entendeu...
- Eu entendi sim, o problema é que você não perde a oportunidade de querer flertar com alguém na minha presença.
- Você está me ofendendo Cristian! Você é meu marido, como pode pensar isso?
- Depois do que eu presenciei aqui o que quer que eu pense?
- Ele me disse que tem uma filha, mas não pode vê-la pelas circunstâncias do trabalho. Eu disse que ele deveria vê-la e por isso pedi para ele passar o contato. Quero saber se realmente vai atrás dela e cumprir os deveres de pais.
- De qualquer forma, não quero você entrando em contato com esse cara.
- Cristian você está criando uma grande crise à toa. Eu nunca nem o vi.
- Justamente por isso que não vai entrar em contato com ele.
- Você não tem o direito de me dizer com quem eu devo ou não falar, Cristian. Eu amo você, mas se não conseguir se controlar com relação a esses ciúmes as coisas nunca vão dar certo. Já tínhamos conversado e mesmo assim...
- Ana, Ana, me desculpe. Tudo bem eu confesso que exagerei, me perdoe. Tenho ciúmes de você porque eu te amo, mas eu jamais me tornaria possessivo ou qualquer coisa do tipo, já conversamos. – Cristian Grey possessivo? De nenhuma maneira.
- Olha você tem razão, eu não deveria ter falado daquele jeito ficou estranho eu dizer a história da promessa.
- Esquece isso Ana, não tem a menor importância. Eu fiquei muito preocupado quando você desmaiou. Não suportaria te perder Ana, você é a minha vida.
Quando vai postar outro?
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