Secrets of a CEO. Capitulo 23

Já passa das cinco da tarde, Kate ainda não chegou e eu não estou me sentindo muito bem, não consigo respirar, é como se algo estivesse atrapalhando a respiraçao por completo.
- Ana! Ja estou aqui. - Eu escuto o grito do quarto.
- Ana? O que você tem? Esta pálida? E de coberta? Nem esta tao frio.
- Não sei Kate, só sei que estou com muita dor nas costas e não consigo respirar.
- Eu vou ligar para o médico.
- Não! Por favor Kate. Eu não vou voltar para o hospital. Eu vou ficar bem.
- Ana, isso pode ser alguma complicação... Você precisa ir.
- Eu vou melhorar, se eu não melhorar você pode ligar. Eu só preciso dormir um pouco.
- Tudo bem, eu vou deixar você descansar, mas se sentir qualquer coisa me chame.
- Tudo bem. - Deito a cabeça no travesseiro, puxo a coberta bem perto do pescoço e adormeço.
Acordo com alguem tocando a minha testa.
- Cristian? - Acho que estou sonhando.
- Oi. - Ele diz.
- O que você faz aqui?
- Eu mandei Taylor pegar você, mas quando ele chegou aqui sua amiga disse que você não estava bem e que não poderia ir. Porque não me avisou? Você esta com febre.
- Eu estou bem, desculpe por não ter avisado é que eu acabei... - Paro por um momento e respiro fundo, é aquela falta de ar horrível.
- O que foi?
- Falta de ar. - Eu digo baixinho.
- Eu vou levar você para o hospital.
- Não é necessario ...
- Claro que é! Olha como você esta! Esta pálida, com febre, falta de ar, não tem discussoes, você vai e pronto.
- Cristian, por favor, eu não estou em condições. Me deixe ficar aqui só mais um pouco. - Eu afundo mais nas cobertas.
- Então eu vou chamar um médico aqui e se ele achar necessário você vai entendeu?
- Tudo bem. - Ele levanta da cama e pega o celular, não consigo ouvir muito bem porque ele saiu do quarto para falar.
- Pronto, o doutor Edward esta a caminho.
- Já? É tao difícil conseguir um médico assim.
- Isso não é problema para mim. Agora você precisa comer alguma coisa.
- Eu não quero comer Cristian...
- Você vai comer Ana, como você é teimosa!
- Ana. - Kate bate na porta, Cristian imediatamente se levanta e fica em pé perto da cama.
- Estou atrapalhando? - Ele pergunta.
- Não, inclusive eu já chamei um médico aqui para ver como ela esta. Vocês tem alguma coisa para comer aqui? Sem ser pizza ou hambúrguer... - Kate o encara. Eu sei que ele não gosta muito desse tipo de comida, Cristian é saudável, então esse tipo de comida esta fora fo cardápio dele. Já eu e Kate a maioria das vezes optamos por isso, eu gosto de cozinhar, mas as vezes fico desanimada e acabo comendo qualquer outra coisa.
- Pizza e Hambúrguer não são comida para você? - Ela cruza os braços.
- Não. Eu não costumo comer esse tipo de coisa. Alias, não acho que seja o mais indicado para uma pessoa doente.
- Eu vou preparar uma sopa para você Ana.
- Kate, não se encomode...
- Pizza e Hambúrguer não são comida Ana, você ouviu. - Ela sussura e pisca para mim, ela esta provocando ele.
- Sua amiga gosta de desafiar as pessoas. - Ele diz.
- Achei que você gostasse desse tipo de pessoa.
- Ela não faz minha estilo em absolutamente nada.
- Vai me dizer que você não acha ela bonita Cristian?
- Ela é bonita, mas não faz meu estilo como eu já disse. Pelo jeito faz o estilo do Elliot.
- E qual é o seu tipo? - Eu pergunto.
- O seu. - Ele me olha atentamente, o que me faz corar as bochechas.
- Tem uma coisa que eu quero te perguntar Cristian...
- Pode falar.
- Você teve noticias do Maicon? - Percebo que ele se encomoda com a pergunta.
- A policia esta cuidando disso, eu acho que você deve pensar na sua saúde e não naquele cretino.
- Eu não estou pensando nele, eu apenas queria saber se teve noticias.
- Revirou os olhos para mim de novo? Você esta escapando por muito pouco.
- Eu não fiz nada.
- Sabe o quanto isso me encomoda, então não faça de novo.
- Eu até contestaria se eu não estivesse tao ruim.
- Ana. - Kate entra no quarto, acompanhada de um homem que eu pressumo ser o Doutor Edward, ele deve ter uns quarenta e poucos anos de idade, é alto, magro e com o cabeço grisalho.
- Cristian, um prazer reve-lo.
- Doutor, muito obrigado por ter vindo. Essa é a minha namorada Anastásia Steele. - É a primeira vez que ele me apresenta assim.
- Bom, o que a Senhorita esta sentindo?
- A alguns dias atrás ela teve um pequeno incidente, um ex namorado a agrediu. - Ele arregala os olhos.
- Meu Deus, eu sinto muito...
- Tudo bem - Eu digo.
- Eu não sei se o que ela esta sentindo pode ter alguma relação.
- Quais foram as lesões? - Ele pergunta.
- Costela quebrada, escoreaçoes...
- Minha jovem, eu estou perplexo! Que monstro teria a coragem de quebrar uma costela de uma jovem tao doce quanto você. Cristian, me diga que a policia já foi acionada.
- Estamos cuidando disso.  Minha equipe esta cuidando do caso.
- Eu já ouvi o Cristian, agora quero ouvir você. O que esta sentindo?
- Estou com febre, dores nas costas, um pouco de tosse, falta de ar...
Ele me examina e anota algumas coisas que eu não sei bem o que são, Cristian permanece em pé ao lado da cama.
- Olha, para ter certeza eu preciso de um raio-x, mas ao que tudo indica você esta com pneumonia. Eu preciso de um raio x para ter certeza como eu já disse, se for, você vai precisar ter cuidados redobrados, uma complicação de pneumonia pode levar o paciente a óbito.
- Podemos tirar esse raio x hoje mesmo? - Cristian pergunta.
- Sim claro, quanto antes soubermos melhor. Você costuma ter gripe constantemente?
- É.. Digamos que eu fico muito resfriada..
- Isso é porque a sua imunidade é muito baixa, talvez possamos receitar algumas vitaminas para ajudar ou melhorar a sua alimentação. Precisa cuidar disso Ana, um dia, quando vocês tiverem filhos você vai precisar se manter forte. - Eu começo a tossir, mais para disfarçar na verdade. Filhos? Cristian pai? Eu não sei se isso será possível, eu sei que por baixo de todo esse controle existe uma pessoa sensível e compreensível, mas agora não da para imaginar.
- Então hoje a tarde eu a levo até a clinica. - Ele muda de assunto rapidamente.
- Ótimo, estarei esperando.
- Com licença. - É Kate. - Eu trouxe a sopa Ana...
- Eu já vou indo. - Ele se levanta.
- Podemos conversar um pouco lá fora?
- Claro Cristian. Ana foi um prazer.
- Obrigada Doutor, o prazer foi meu.
Eles saem do quarto. Eu daria qualquer coisa para descobrir o que ele vai perguntar.
- Você fez essa sopa muito rápido Kate.
- Não seja boba, é sopa de pacote, eu comprei, mas é muito boa. Não diga nada ao Senhor saúde lá fora. - Estamos rindo. - Ele cuida bem de voce, isso eu tenho que admitir, mas mesmo assim algo nele ainda me assusta.
- É porque ele é sério Kate, só isso.
- Sério? Seria sou eu Ana, o cara não da um sorriso.
- Ele já sorriu para mim algumas vezes.
- Claro que sorriu, ele gosta de você, mas não custa ser agradável.
- Eu não entendo você, no começo defendia ele e agora isso...
- Ele é inconstante Ana, eu não sei, é do tipo de pessoa que em um dia você ama e no outro odeia... Algo assim. Poxa eu sou cunhada dele agora, não custava ser agradável.
- É o jeito dele Kate.
- Enfim... O que o médico disse?
- Achei que não ia perguntar. - Eu brinco. - Disse que eu posso estar com pneumonia.
- Só essa que faltava.
- Cristian vai me levar hoje e tarde para tirar um raio x. Kate, eu estou pensando uma coisa, queria que você soubesse...
- Pode falar.
- Não conte nada nem para o Elliot ok.
- Tudo bem, pode falar. - Ela coloca o prato de sopa na mesinha.
- Eu estou pensando em voltar a trabalhar na casa do Cristian.
- O que? Ana você ficou louca? Ele já esta apresentando você como namorada dele! Ele não vai aceitar isso. Você acha que ele vai querer que a namorada dele se apresente como sua empregada? Isso não faz sentido.
- Eu sei que parece loucura, mas ele é o único que pode oferecer emprego nesse momento.
- Eu até concordo que ele te ajude, porque você não pede uma vaga na empresa?
- Não, isso não. Alias, você sabe que não faz nenhum pouco o meu estilo. Eu pretendo encontrar um emprego em alguma editora, que é o que eu realmente gosto de fazer.
- E ser empregada do seu namorado faz o seu estilo? - Ela não tem nem ideia do que esta acontecendo, ela mal sabe que esse namoro é uma fachada.
- Não Kate, mas eu já conheço bem a Senhora Jonas e o ambiente me agrada. Eu odeio fazer isso também, você acha que eu gosto? Infelizmente eu não tenho outra opção, eu já tinha decidido não trabalhar mais lá, mas eu vejo que as condições estão me obrigando a isso. Cristian tem mania de querer me dar tudo, de pagar tudo... E você Kate, sabe mais do que ninguém que eu não sou assim. Eu sempre trabalhei para pagar as contas e viver, é só que eu não estou tendo sorte para encontrar algo agora.
- Eu já dei a minha opinião Ana, eu continou achando isso um absurdo e acho que ele não vai concordar.
- Eu preciso tentar Kate. - Cristian abre a porta.
- Bom, eu vou deixar voces dois sozinhos. Boa sorte. - Ela diz baixinho. - Kate sai rapidamente do quarto.
- Precisa de sorte para falar comigo?
- Seu ouvido é muito bom. - Eu brinco.
- Cristian, preciso falar com você. - Ele senta na beirada da cama.
- Estou ouvindo.
- Eu pensei que... Eu poderia voltar a trabalhar na sua casa.
- Não entendi, você mesma disse que não queria. E além disso, você sabe que não precisa trabalhar.
- Nunca dependi de ninguém e não é agora que vou começar. Eu amo trabalhar, não é o seu dinheiro que eu quero Cristian.
- Eu sei, e isso é o que eu mais amo em você. Olha, eu acho que esse não é o momento de pensar nisso, você não esta bem, precisa se cuidar. Então, depois que você se recuperar pensamos nisso com calma. Se você quer realmente trabalhar tudo bem, mas não como minha empregada. Eu vou pensar em alguma coisa.
- Eu preferia conseguir algo por mérito proprio, mas não estou em condições de escolher nada agora, então tudo bem. - Ele sorri.
Será que ele esta pensando em algo na empresa? Porque o que mais eu poderia fazer nada casa dele? Não consigo pensar em nada.