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Secreta of a CEO. Capítulos 36






A viagem de Seattle até Portland leva mais ou menos umas duas horas se o trânsito estiver leve. Durante o caminho ele meche no celular, parece que nem ao menos eu estou ali, talvez ele deva estar resolvendo alguma coisa do trabalho, então é melhor eu ficar na minha e não puxar assunto. Meu celular toca e é Brian, acho que no fundo eu sei que é uma boa oportunidade, mas será que devo atender? Estou em serviço. Sem pensar muito eu atendo.
- Oi, como você esta? - Ele me olha sutilmente.
- Oi Ana, olha, desculpe ligar agora, mas é que eu precisava saber de uma coisa.
- Eu posso ajudar? - Tento ser discreta.
- Eu sei que ontem você saiu porque o irmão do Elliot, o Cristian, foi procurar você. Vocês tiveram um lance então eu não posso dizer nada, mas eu queria saber se podemos nos ver novamente.
- Ontem foi um erro, eu peço, por favor que você me desculpe. - Ele para de mecher no celular e olha fixamente para fora da janela do carro.
- Então, eu gostaria de saber se você gostaria de passar um final de semana comigo em Longview. Eu sei que não é nenhuma Paris. - Ele ri. - Só que eu tenho alguns amigos lá então...
Longview é uma cidade localizada no estado norte americano de Washington, no condado de Cowlitz. Inclusive já passamos por ela para chegar em Portland.
- Muito obrigado pelo convite, eu posso pensar?
- Sim claro. Eu te ligo mais tarde.
- Obrigada, até mais.
- Até mais Ana. - Eu desligo. Cristian esta absolutamente mudo, não diz nem uma só palavra.
- Me desculpe por ter atendido é que...
- Suas ligações pessoais não são da minha conta Senhorita Steele, portanto, não me deve satisfação alguma. - Nossa, tem como ser mais estupido do que isso? Ele sabia que era ele, eu sei que sabia. E é claro que eu não vou aceitar esse convite, sair com o Brian para causar ciumes no Cristian é algo que eu não pretendo fazer, é cruel.
Depois de algumas horas de trânsito chegamos em Portland. Cristian esta muito estranho comigo, quase não fala e quando fala é somente o necessário. Ele te trataria melhor se você não tivesse falado para ele te tratar como as outras! Minha consciência me manda o alerta.
Estamos na B.E.M Empresa de Telecomunicações Limitada, eu me sinto completamente deslocada aqui, mas respiro fundo e encaro, já que vou fazer que seja direito, quero mostrar ao Cristian que sou capaz.
- Senhor Grey, prazer reve-lo. - Pelo porte eu diria que ele faz parte da diretoria ou é o CEO.
- Muito bom reve-lo. Esta é a Senhorita Steele, minha assistente.
- Muito prazer minha jovem, sou Antony Damon, CEO da B.E.M.
- O prazer é todo meu. - Ele nos leva até uma sala com um monte de pessoas. Aquilo dura horas e horas e por mais que eu tente prestar atenção é tudo muito confuso. Agora sim eu estou vendo Cristian Grey em ação, e eu posso dizer que ele é impecável no que faz. Saímos da empresa mais ou menos cinco horas da tarde, e eu nunca quis tanto chegar em casa, estou exausta.
- Você esta bem? Parece cansada. - Temos um avanço aqui, primeira conversa decente desde que chegamos aqui.
- Um pouco cansada. Estou impressionada com o seu poder de persuasão Senhor Grey.  - Ele sorri.
- Muito tempo nesse meio. Prefere voltar direto ou parar comer alguma coisa.
- Podemos ir? Não estou me sentindo muito bem na verdade...
- Não esta bem desde cedo, o que houve? - E a preocupação comigo também voltou... Parece que alguem deixou o mal humor de lado.
- Não sei, acho que preciso apenas de um bom banho e cama. - Eu mostro um sorriso tímido.
- Vamos indo. - Ele diz.
Retormamos a longa viagem, eu realmente não sei como ele consegue ficar viajando de cidade em cidade o tempo todo, é completamente exaustivo, talvez seja por isso que o humor dele seja tao inconstante.
- Droga. - Ele resmunga, mas não sei o que ele quer.
- O que houve? - Já estamos na Grey Enterprises.
- O cara passou um numero para quem eu deveria ligar acertando os detalhes, mas eu não me lembro o nome e nem o número. Você não estava perto de mim aquela hora e eu achei que podia guardar de cabeça...
- Eu anotei. - Eu estava conversando com uma das secretarias, mas ouvi quando esse homem passou o numero para ele, como eu vi que ele não anotou eu pensei que deveria ser importante.
- Anotou?
- Sim, o nome é... - Eu abro o caderninho.
- James... Isso mesmo, James Willians, entrar em contato para falar sobre o novo projeto, ele só não pode em terças e quartas, pois vai visitar a familia em Nova York. - Ele sorri, parece impressionado.
- Estou impressionado, você nem ao menos estava ao meu lado e anotou tudo isso.
- Só fiz o que é meu dever fazer.
- Taylor pode levar você para casa.
- Não, isso não é correto e você sabe. O que acha que vai acontecer se alguem me vir indo embora com o seu motorista?  Eu vim de carro.
- Então, nesse caso, dirija com cuidado.
Subo rapidamente pelo elevador enquanto ele fica conversando com um senhor que encontrou pelo caminho. Só Andreia esta na recepçao, Karyn deve ter ido embora.
- E então? Foi tudo bem?
- Foi sim Andreia, eu não estou me sentindo muito bem. O Senhor Grey disse que eu poderia ir embora...
- Não se preocupe, vá tranquila. Eu fico até mais tarde em segunda, até porque hoje o Senhor não tem hora para sair daqui.
- Entendo, se precisar em ligue.
- Obrigado Ana, descanse. - Ela diz.
- Obrigada.
Trocamos mais algumas palavras e eu vou para o estacionamento pegar o carro, mais uma noite gelada em Seatle, meus dedos estão congelando. Pego as chaves do carro rapidamente e meu celular apita.

* Talvez você não possa dormir essa noite*

Fico encarando aquilo por alguns minutos, quem poderia mandar isso? Será que é o Cristian? Estou rindo da ideia, com certeza ele acha que eu estou tao obsecada por ele que nem mesmo vou conseguir dormir. Entro no carro e novamente o meu celular apita. Outra mensagem.

*Fico imaginando você, na sua cama, sufocando...

Sufocando? Não, Cristian não mandaria isso. Olho para os lados e por um momento desejo estar em casa e em segurança. Ligo o carro e saio, estou suando frio, eu olhos para os lados e tenho a nítida sensação de que estou sendo viajada, mais um susto, mais uma mensagem.

* Não precisa dirigir tao rápido, não quero que você morra agora, ainda não...*

O desespero toma conta de mim, eu tenho certeza de que Maicon esta fazendo isso. Ele quer me aterrorizar e esta conseguindo. Eu sei como funciona a mente de um psicopata, assisti diversos documentários sobre isso, ele está obsecado por mim. Entro no apartamento correndo, mal consigo respirar.
- Postergar... Não sei se essa palavra se encaixa aqui... - Kate falando sozinha novamente. - Ah, Oi Ana, como foi o dia?
Meu celular apita novamente, não sei se devo olhar.

* Não tenha medo, eu prometo que você não vai sentir dor*

Eu começo a tremer, não consigo falar absolutamente nada. Ele quer me matar, ele quer me matar... É só isso que se passa na minha cabeça.
- Ana? Esta branca, o que foi?
- Kate... - Eu digo.
- Fale! O que houve?
- Ele esta aqui, na cidade...
- Ana, pelo amor de Deus! Ele quem?
- Maicon, esta aqui na cidade. - As lagrimas escorrem pelo meu rosto.
- Como você sabe? Você viu ele? Ele te machucou?
- Não, chegaram umas mensagens no meu celular... - Ela pega meu celular e começa a ler.
- Calma Ana, eu vou pensar em alguma coisa. Você trancou a porta... - Ela vai verificar.
- Sim... - Eu digo. - Kate eu estou muito cansada, eu preciso de um banho eu preciso... - Estou tao confusa que não consigo nem ao menos formar uma frase.
- Isso, eu acho que você precisa se acalmar. Eu vou preparar alguma coisa para comer.
Fico encarando o celular, e as palavras do Cristian dizendo que qualquer problema eu deveria procura-lo me vem a cabeça, ele ainda deve estar no escritório, talvez eu não devesse ligar, mas eu acho que só ele me a calmaria. Pego o telefone e ligo de uma vez.
- Grey. - Ele não tem mais meu numero? Sempre me chama pelo nome...
- Cristian, sou eu... - Estou tao assustada que mal consigo falar. - Desculpe por ligar assim...
- Anastasia? Algum problema? - Eu não consigo me controlar, seguro ao máximo para não chorar.
- Ana? Esta chorando? O que houve? Aonde você esta?
- Você pode vir até aqui,  por favor...
- Você esta bem? Esta machucada?
- Quando você chegar aqui nós conversamos.
- Estou a caminho. - Ele desliga.
Fico ali, sentada na cama, por algum tempo, pensando e tentando esquecer aquelas mensagens horríveis que foram enviadas para o meu celular.

Estou de roupao, deitada na cama, não consegui comer nada. Alguem bate na porta do quarto.
- Ana? - É ele. Assim que ele pisa no quarto eu corro em sua direção e o abraço. Eu sei que isso é totalmente e completamente contra as regras deles, mas eu preciso senti-lo. No inicio ele fica paralisado, mas depois me aperta e faz carinho em meus cabelos.
- Prometa que não vai me deixar sozinha... - Eu digo baixinho.
- Eu não vou. - Ele diz. - Me conte o que houve. - Ele faz com que eu me sente na cama.
- Depois que eu sai da empresa, eu comecei a receber mensagens no meu celular...
- Calma, não chore, tente ficar calma. Aonde esta o celular eu quero ve-lo.
- Esta com a Kate, eu liguei para você do telefone..
- É, eu realmente achei o numero estranho.
- Com licença. - Kate entra no quarto. - Aqui esta o celular. Cristian, quero dizer uma coisa.
- O que foi? - Ele pergunta. Kate por favor, não estrague tudo, eu penso.
- Por favor, ajude a pegar esse cara. Ele não pode ficar impune, eu sei que você tem meios para isso.
- Eu farei isso, pode ter certeza.
- Vou deixar vocês mais a vontade. - Ela sai e fecha a porta.  Ele visualiza as mensagens com cuidado.  Ele parece com raiva.
- Se importa se eu levar o seu celular?
- Não, mas porque?
- Eu vou leva-lo a policia, o delegado disse que qualquer pista seria válida.
- Cristian, eu estou com medo. - Ele segura meu rosto.
- Não fique, eu estou aqui e esse cara não vai chegar perto de você. - Ele pega o celular e liga.
- Grey, escute, eu preciso que você mande quatro seguranças em um local, anote o endereço... - Ele passa o endereço do apartamento.
- Isso, o mais rápido possível. - Ele desliga e torna a ligar para alguem.
- Andreia, por favor, providencie um celular novo, ultima geraçao, Apple... Você já sabe. Obrigado. - Ele desliga.
- Você vai trocar o celular?
- Eu não, você vai.
- Cristian eu...
- Não tem discussão, seu celular provavelmente vai ficar com a policia e mais uma coisa, não vai mais sair sem segurança e isso não tem negociação, entendeu? - Meu celular toca novamente, é Brian.  Ele senta na cama e não diz nada. Eu atendo.
- Brian, tudo bem?
- Oi Ana, estou bem, eu estou ligando para confirmar o final de semana...
- Brian, me desculpe, não vou poder ir. Estou com alguns problemas, mas podemos deixar para outra hora.
- Ah sim, eu entendo. Se eu puder ajudar...
- Obrigada, mas não precisa. Agora eu preciso desligar...
- Sim, claro, amanha eu ligo para saber como você esta.
- Obrigada. - Assim eu desligo, antes que o assunto prolongue.
- Eu posso saber aonde ele te convidou para ir? - Ele questiona.
- Longview, passar o final de semana... Não estou para esse tipo de coisa.
- Se quiser ir até lá eu posso levar você.
- Não Cristian, eu não quero. É muito difícil morar longe da família sabe, me sinto tao sozinha. - Ele respira fundo.
- Eu faria tudo para não ver você assim. Eu posso imaginar o quanto você ficou apavorada...
- Ele estava ali Cristian, estava me seguindo.
- Eu sei, e eu também acho que estava. Nós vamos resolver isso não se preocupe.
- Desculpe, a Andreia me avisou que você ia ficar até tarde na empresa eu atrapalhei você...
- De forma alguma, ainda bem que você ligou, eu disse que poderia ligar a qualquer hora. Inclusive, se não quiser ir amanhã...
- Não, eu vou trabalhar. Eu preciso trabalhar.
- Era ele no carro não era?
- Ele? Quem...
- O tal cara, que estava com você no bar...
- Sim.
- Esta gostando dele? - Ele não faz rodeios, pergunta logo de cara.
- Cristian eu não quero falar sobre isso...
- Apenas responda...
- Não, eu nao gosto dele.  Isso te encomoda?
- Você é minha. - Os olhos estão fixos nos meus e por um momento me sinto completamente perdida.
- Cristian...  Por favor.
- Me desculpe. Você comeu? - Mudança complexa de assunto.
- Eu não quero e nem consigo comer.
- Você não comeu direito hoje e agora não quer comer?
- Eu quero dormir Cristian... - Eu me jogo na cama.
- Não Senhora, não vai dormir. - Ele tira a coberta de cima de mim.
- Se vista. - Ele abre meu guarda roupa.
- O que? Esta louco?
- Se vista. - Ele joga meu vestido preto de mangas longas em cima da cama.
- Não vou sair, você não pode estar falando sério.
- Não vamos sair. Se arrume, eu espero você lá fora. - Ele fecha a porta. O que ele esta pensando em fazer? Eu não estou com a mínima vontade de colocar essa roupa e muito menos de me arrumar. Coloco o vestido, arrumo o meu cabelo, faço o melhor que posso, coloco a sandália preta e passo um pouco de batom.
- Isso só pode ser piada. - Eu me encaro no espelho. Respiro fundo e abri a porta.  Ele esta ali, parado, no meio da sala do meu apartamento. Na mesinha ao lado do sofá, há duas taças de vinho e algumas frutas, mas assim de longe eu não consigo decifrar quais são.
- Cristian... O que é isso? - A situação me faz rir.
- Está linda. - Ele diz.
- Como? Onde esta Kate?
- Ela saiu. Eu pensei que como você não queria sair, poderíamos ficar aqui mesmo...
- E posso saber porque fez eu colocar esse vestido, esses sapatos? - Ele ri sutilmente.
- Isso foi para mim. Não quero que você sinta medo daquele cara e nem se sinta presa dentro da própria casa. Você é linda e fica mais linda ainda quando sorri.
- Você vai... dormir aqui? - Ele ri, novamente, eu adoro a maneira que ele sorri, ele poderia sorrir sempre.
- Vamos ver Senhorita Steele.
- Como trouxe isso aqui?
- Eu tenho meus meios. - Ele sorri.

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