Tudo com tudo

- Estou muito preocupada com a reação da Kate diante de tudo isso. Ela já estava muito sobrecarregada com a história do Elliot e da Carly. - Eu sei que é muito difícil Ana. Eu posso imaginar o quanto ela está sofrendo. - Você? – Ele me olha sem entender. - Porque a surpresa? - Não foi bem uma surpresa, só estranhei o fato de você se colocar no lugar de outra pessoa. - Acha que eu não sei compreender os sentimentos das pessoas? - Não, não foi isso que eu quis dizer. - Eu sei Ana, só estou pressionando você. – Ele sorri. – Eu sei que é estranho, mas é que agora que estamos casados, que estamos juntos, eu consigo enxergar e fazer uma análise melhor das coisas. Deve ser horrível ver a pessoa que você ama escapando pelos seus dedos e você não poder fazer absolutamente nada para impedir.·. - É justamente por isso que não devemos perder tempo com coisas pequenas. - Ana... – Ele me segura as minhas duas mãos. Estamos só nós dois na sala de espera. – Eu sei que já disse is

- Cristian! – Acordo assustada. - Calma, calma, eu estou aqui. – Ele senta ao lado da cama. Está usando sua calça jeans e um suéter preto. - Tive outro pesadelo. - Agora está tudo bem. – As lembranças de ontem estão voltando aos poucos na minha vida. Sinto uma coisa horrível no meu coração e um nó enorme na minha garganta. José está morto. Sinto-me completamente responsável pelo que aconteceu, apesar de saber que não tenho nada a ver com o crime em si. – Ana, por favor, não chore mais. - Eu sei que isso pode parecer estranho para você, mas eu estou com um sentimento de culpa dentro de mim do qual eu não consigo me livrar. - Por favor, Ana, já falamos sobre isso. Você não tem culpa em absolutamente nada. - Não me sinto culpada pelo fato em si, Cristian. Mas será que as coisas teriam sido diferentes? - Como assim? – Não sei se estou levando essa conversa para um lado muito bom. - Se nós tivessemos ficados juntos, se eu não tivesse mentido e... - Espera um pouco. -

O que devo dizer diante de uma situação como essa? Eu nunca tinha passado por uma experiencia como assim, nunca tinha sonhado com alguem que já morreu. - Você está bem Ana? - Ele diz, enxugando os olhos. - Eu estou bem. - Eu o abraço. Quero livra-lo de todo esse sofrimento. - Ana, querida, não informamos a Kate sobre a decisão do médico. Optamos por isso, mas eu queria saber a sua opinião. - Eu particularmente acho que não deveriamos esconder nada, mas Kate esta muito abalada, uma noticia como essa iria deixar tudo pior. Quero dizer, não estou dizendo que Elliot não vai se recuperar não é isso... - Tudo bem Ana. Aqui ninguem vai julgar sua opiniao. - Que opinião filho? - Ana acredita que o melhor para o Elliot seria se os médicos desligassem os aparelhos. - Sim, mas isso foi antes. Eu... Grace, me perdoe. Eu jamais quis o mal para Elliot, eu quero que ele se recupere. Eu só acho que passar os dias em uma cama seja algo que ninguem queira. - Eu sei que não é facil enten

- Cristian, temos que fazer alguma coisa. - Ana, calma! A policia está cuidando de tudo, não ha nada que possamos fazer. - Quem poderia ter feito uma coisa dessas? José nao tinha inimigos. - Não que você soubesse. Vocês já estão há algum tempo separados. - Não tempo o suficiente para arrumar inimigos Cristian. - Grey. - Ele atende ao celular. Eu não consigo deixar de pensar o quanto José estava feliz, como tinha espectativa em seus olhos. - Me mantenha informado. - E então? Alguma noticia? - Parece que não foi encontrado nada nas cameras de segurança do apartamento dele. Vão começar pela região. - Posso saber como você tem acesso a essas informações? - Minha equipe é muito bem preparada Ana. Eu fiquei de ajudar com o que for preciso para auxiliar no caso. - Eu estou com medo. Medo de que essa pessoa possa querer fazer alguma coisa comigo ou até mesmo com você. - Ei... Você precisa se acalmar. Nada vai acontecer com você e nem comigo Ana. - Eu... eu preciso de... -

É bom esclarecer as coisas com ele. Confesso que eu pensei que dessa vez seria o fim, mas ainda aquela foto me assombra. - Tenho medo. - Medo? - Sim Cristian. Estamos bem em um instante e no outro alguma coisa contece. - Ana, problemas sempre vão surgir. - Eu sei disso, mas você tem que admitir que os nossos problemas não são tão comuns como dos outros canais... - Com licença Senhora, eu não queria interromper... - Aconteceu alguma coisa Senhora Jones? - Eu acho que é melhor o Senhor ver. - A frente do prédio está cheia de pessoas da imprensa. - Mas o que é... - São da imprensa Senhor. Taylor disse que eles se recusam a deixar a frente do prédio. - Isso é um absurdo! - O nó aperta a minha garganta. Isso deve ser por causa da reportagem. - Vamos até lá. - Eu digo. - Não. Você fica aqui. - Não Cristian! Isso é sobre mim tambem de certa forma. - Você pode ser exposta e eu jamais aceitaria que alguem fizesse isso. - Não se preocupe com isso. Se esconder não resolve ne

Abro meus olhos. Cristian ainda está dormindo. Fico ali por segundos o observando e pensando o quanto minha vida pode mudar a partir de agora. Será que vamos poder prosseguir com essa relação sem nenhum problema? - Oi. - Ele diz. - O que está fazendo? - Eu odeio ter que fazer isso, mas eu preciso trabalhar. - Que horas são? - São seis e meia. - Ele levanta da cama e começa a colocar a roupa. - Você vai para a empresa? - Não tão cedo. Vou para a casa primeiro. - Eu preparei um café, você deveria comer alguma coisa antes de ir. - Ele pega a caixa na qual está a langerie. - Cristian, por favor, não faça questão disso. - Eu não queria que você estivesse aqui sozinha. - Eu ja disse a você que a Leila não apresenta ameaça nenhuma. Isso foi uma... uma brincadeira ridicula. - Bom eu preciso ir. - Ele segura meu rosto com as duas mãos. - Por favor. Preciso da minha privacidade, sei que você quer me proteger, mas eu preciso ficar aqui. - Não vejo o porque não pode ter essa p