Tudo com tudo

- Anastasia, nao precisa ficar nervosa. - Estamos na sala da doutora Greene. - Se tudo der certo, como eu acredito que vai dar, amanha bem cedo voce ja poderá ir para a casa. - Doutora, eu vou ficar aqui com ela. - Senhor Grey, eu acho que não é necessario... - Desculpe, mas sinceramente nao foi uma pergunta, foi uma afirmaçao. Eu nao posso deixa-la sozinha aqui. - Ela parece assustada com o posicionamento dele. - Ok... tudo bem, se voce insiste, eu nao vou interferir. Eu pensei em fazermos uma ultrassonografia, para ver como o bebe esta e se voces quiserem, saber o sexo. - Já é possivel saber? - A nao ser que voces nao queiram saber agora... - Sim, eu quero saber. A espera esta me matando. - Ela sorri. - Entao vamos lá. Vista aquela camisola branca e me espere deitada naquela mesa. Meu coraçao esta disparado, estou muito anciosa. - Eu vou colocar o gel. - Um pequeno arrepio percorre a minha espinha assim que o gel entra em contato com a minha pele. - Senhor Grey, pod

Estou encolhida na cadeira do quarto, emcarando a paisagem atraves da janela, estou com uma mistura de raiva e tristeza. Sinto que a porta abre e alguem entra, nem me dou o trabalho de saber quem é. - Ana, precisamos conversar. - Estou rindo. - Entao, agora voce quer conversar? - Voce simplismente nao me deu escolha nenhuma Anastasia. - Eu levanto. - É assim que voce resolve os seus problemas? Me deixou sozinha como uma idiota na frente da médica, Cristian? - Você estava impondo coisas e escolhas que eu jamais poderia fazer, entenda isso. - Eu sei que essa nao é a vida que voce queria para voce. Sei que eu entrei na sua vida de uma forma repentina, sei que esse bebe nao é o que voce queria. - Ana, isso nao é verdade... - É verdade, voce sabe que é. Acha que eu nao vi voce outro dia parado na porta do quarto de jogos? Eu sei que voce sente falta de tudo aquilo, por mais que voce negue. - Voce faz mais falta na minha vida do que qualquer outra coisa, Ana. - Entao demons

Parece que nao vou conseguir ficar com nada no estomago, quanto mais eu forço mais dor eu tenho. Estamos parados em um local um pouco afastado, fazem aproximadamente uns vinte minutos que saimos do parque e eu simplismente nao consigo parar de vomitar. - Eu disse que seria uma pessima ideia, se ao menos voce me escutasse. - Cristian nao queria parar aqui, mas acho que vomitar dentro do audi nao era uma opçao. Eu nem ao menos consigo responde a ele. - Esta se sentindo melhor? - Ele coloca a mao no meu ombro. - Eu realmente nao queria que voce me visse nessa situaçao. - Acho que ja passamos dessa fase. - Para mim não... - Bom Senhorita parque de diversões, esta na hora de ir para a casa. - Ele me ajuda a levantar. Durante o caminho eu passo um verdadeiro inferno, a cada cinco minutos Cristian é praticamente obrigado a parar o carro. É como se eu estivesse dentro de um barco, balançando para lá e para cá. - Filha? Voce esta bem? - Minha mae levanta do sofá ao me ver entrand

Já pensei em muitas possibilidades, mas nao consigo encontrar nenhuma que possa me ajudar realmente. Todas as provas que eu consegui contra ela na verdade nao serviram de nada, a unica coisa que eu consegui foi afasta-la de mim e do Cristian. - Entao voce esta ai. - Ele para na porta. Ja sei que vou escutar muito agora. - Oi Cristian... - Eu digo baixinho. - Nao me venha com oi Cristian. Voz de prisao? É isso mesmo Anastasia? - Eu vou expli... - Voce nao vai explicar nada. Pelo amor de Deus, voce realmente queria ser levada para a cadeia? - Voce falou com o delegado é isso? - Estava no meio de uma reuniao quando ele me ligou. Anastasia, eu tambem estou indignado com tudo o que esta acontecendo, posso garantir que o processo dessa mulher nao vai dar em nada. Agora ficar gritando com a policia nao vai resolver em nada. - Aquele delegado é um insensivel! - Ele é delegado, Ana. Ele nao tem que ser sensivel, simpatico ou seja la o que for. - Eu confesso que me descontr

As vezes eu penso que estou sonhando, nada disso parece real, absolutamente nada. É tudo muito perfeito, mais perfeito do que eu poderia ter imaginado. - Entao está me dizendo que é definitivo, Ana. - Sim, Kate. Cristian me chamou para morar com ele. - Meu Deus... ele vai pedir voce em casamento! - Estou rindo. - Voce esta que nem a Mia, morar junto nao significa que vamos casar. - Para isso acontecer nao falta muito, Ana. E a viagem? Quando voces vao? - Eu gostaria de ir o mais rapido possivel, mas o Cristian disse que devido a policia estar procurando o Maicom é melhor esperar mais um pouco. - E alguma noticia dele? - Nenhuma Kate, eu nao entendo como uma pessoa pode sumir do mapa desse jeito. - Será que... nao isso é muita maluquice. - Ela ri. - O que foi? - Será que a Carly tem alguma coisa haver com o fato de ele ter entrado no apartamento naquele dia? - Eu ja pensei nisso, mas eu nao acredito que possa ter relaçao, apesar de eu achar que ele recebeu ajuda. -

- Eu estava pensando... - Coloco o livro em cima da mesinha. Ele meche atentamente no leptop. - Posso saber no que? - Ele nao para de digitar. - Temos que comprar as passagens... para a viagem. - Ele ri. - Eu nao entendo aonde esta a graça. - Nao vamos precisar, nao vamos de aviao. - Ah nao? E voce prentende chegar la como? - Vamos com o jato particular da empresa. - O Jato particular é da empresa, nao me parece certo utilizar para coisas pessoais. - Eu sou o dono da empresa, entao logicamente, o jato é meu. - Acho melhor eu voltar para a minha leitura. - Eu volto meu olhar nas paginas do livro. - Esta lendo o livro que o Flynn emprestou? - Nao... aquele livro era somente para despistar voce. - Ele me encara com olhar de surpresa. - Anastasia Steele... o que eu vou devo fazer com voce? - Nao se esqueca que meus pais estao aqui. - Voce nao vai utilizar isso como desculpa. - Tudo bem, o que voce sugere entao, amarrada em cima da mesa ou no chao? Qual dessa cenas vo

Abro os olhos e vejo que estou sozinha no quarto. Relaxo por mais alguns segundos e penso em tudo o que aconteceu nas ultimas horas. Eu ainda nao consigo acreditar que aquela mulher negou tudo, teve a coragem de dizer que nao teve nada com isso, que é inocente. Vejo através das cobertas que alguem espia pela porta. - Mae? - Ja acordou, querida? - Já... acho que chega de dormir. - Levanto um pouco e encosto no travesseiro. - Como voce esta se sentindo? - Nao estou muito bem, mãe. Eu deveria estar, eu sei que deveria... - Nao fique assim querida. Nao se torture tanto com tudo isso. - Eu amo o Cristian, mae. Eu só nao entendo porque as coisas tem que serem dessa forma. Porque nao podemos ficar juntos, como os casais que se amam. - Ela sorri. - As coisas nunca sao faceis, querida. Na maioria das vezes nao somos completamente felizes nas escolhas que fazemos. - Eu sei que essa foi a escolha certa. Ficar com ele foi a escolha certa. O problema é essa obsessao absurda que a

Nao consigo parar de pensar em tudo o que ela fez, eu estou desmoronando por dentro, estou angustiada. Nao sei se terei coragem o suficiente para desmascara-la, talvez isso fosse uma coisa para nao ser feita na frente se todos, talvez eu devesse contar ao Cristian, tudo o que esta acontecendo. - Voce demorou. - Ele vem em em minha direçao. - Sim... é que o Flynn ficou me explicando sobre o livro, é isso. - E sobre o que é esse livro? - Entenda a mente de um psicopata. - Ele ri. - Desde quando voce se interessa por isso, Anastasia? - Desde agora. - Pensa em estudar psiquiatria? - Nao... é apenas uma curiosidade mesmo. Ele falou boas coisas sobre esse livro. - Ele sorri. Eu estou tentando parecer o mais calma possivel, mas esta muito dificil. Eu queria muito contar a ele tudo o que esta acontecendo, queria compartilhar com ele o meu desespero, mas nao posso. - Entendi... Taylor ja deve estar no aeroporto. - Ele disse que ia direto para lá. - Ana, tem certeza de que e

- Voce esta realmente com fome. - Ele brinca. Estamos na cama tomando café. Quando que eu poderia imaginar que um dia na minha vida eu estaria aqui, na cama de Cristian Grey, tomando café e ainda mais surpreendente, como namorada dele. - Eu nao posso exagerar, nao quero virar uma bola. - Ele ri. - Voce nao vai virar uma bola, você esta linda. Eu preciso falar com voce. - Ele coloca um morango na boca. - O que houve? - Se voce nao quiser o jantar hoje aqui, tudo bem... - Nao, de forma alguma. Meus pais vão vir, inclusive ja devem estar chegando. - Taylor vai busca-los no aeroporto eu ja pedi. - Muito Obrigada, mas realmente nao precisava. Eu poderia ir... - Eu prefiro que nao saia... Eu disse ao Taylor para ir la pelas dez mais ou menos, acha que o voo vai atrasar? - Voce sabe como sao os aeroportos Cristian, pode ser que sim, pode ser que nao.... - Ele me observa. - Porque me olha assim? - Nada... é que eu ainda acho que voce esta sabendo alguma coisa e nao quer me

- Venha comigo. - Ele me puxa. - Aonde vamos, Cristian. - Rapidamente chegamos ao escritório. Todos estao lá, até o homem que trabalha na portaria do prédio. Eu me sinto estranha por estar aqui, cruzo os braços. Cristian senta na cadeira. - Taylor, uma pergunta. - Sim, Senhor. - Como esta o esquema da segurança? - Taylor parece nao entender muito a pergunta. - Esta tudo como o Senhor mandou. - Tudo como eu mandei. - Ele sorri. - Entao, talvez voce possa me explicar como esse psicopata veio parar dentro do meu apartamento. - Ele coloca uma foto do Maicon estampada no jornal em cima da mesa. - Senhor.... eu posso garantir que ninguem entrou aqui. - Esta dizendo que eu estou mentindo entao? - De forma alguma, Senhor. - O fato é que, esse cara entro aqui e fez ameaças a minha namorada, na sala da porra do meu apartamento! - Ele bate na mesa. - Para que eu pago o salario de voces? - Eu estou completamente pasma, pela primeira vez eu estou realmente com medo do Cristian. Ni

Estou deitada no sofá, ainda sem acreditar no que aquela mulher fez. Como ela teve coragem de vir até aqui e falar todas aquelas coisas? Nao acredito que ela ainda nao se tocou de que eu sei de toda a verdade, sei quem ela é e tambem o que pretende fazer. - Ana? - É a Kate. - Pulo do sofa. - Que bom que voce veio. - Eu a abraço. - Nossa. - Ela ri. - Nao sabia que eu fazia tanta falta. - Kate, sente-se. - Ana, voce esta estranha. Porque esta olhando para os lados assim? - Voce sempre foi minha amiga, sempre me apoiou em tudo. Agora eu preciso que voce confie em mim tambem. - Confiar? Do que voce esta falando? Eu estou com medo. - Nao vou dizer para voce nao ficar com medo, porque é para ter medo mesmo. - Voce esta falando do Maicon, nao esta? Eu sei que voce esta com medo, mas... - Nao é dele. - Eu altero a voz. - Ei... calma, Ana. - Kate, eu estou falando da Carly, é dela que eu estou falando. - Voce vai começar novamente com aquela paranoia? Eu sabia que tinha a