Tudo com tudo

- Tem certeza que quer mesmo fazer isso? - Ele pergunta. Estamos parados em frente a porta. - Cristian, abra logo essa porta. Assim que ele abre a porta eu me deparo com todo aquele mundo particular. O cheiro da madeira, do couro tomam conta. Meu coraçao esta batendo mais rapido agora. Cristian fecha a porta, encosta na parede e cruza os braços, parece que ele quer me observar, saber o que eu quero. Passo a ponta dos meus dedos em alguns açoites, abro algumas gavetas que possuem coisas pequenas que eu nao faço a minina ideia do que podem ser. - Vai ficar ai... parado? - Ele ri. - Voce me trouxe até aqui. - Nossa, como ele é bonito. - Não é assim que funciona, Anastasia. - Como assim? - Eu ainda não me sinto bem quando entro aqui. - Ainda nao estou conseguindo entender. - Eu ainda tenho medo de mim mesmo quando estou aqui dentro. - Voce nao faria nada que pudesse me machucar. - Será que não faria? - Agora ele esta conseguindo me deixar com medo. - Isso quer dizer q

Estou andando de um lado para o outro, Já está anoitecendo e ele ainda nao voltou. Eu nao sei o que fazer, nao sei o que o Flynn quis dizer. O que ele vai fazer com esse endereço? Será que vai na casa dele? Não... pouco provavel. Flynn nao teria o que fazer lá. - O que eu faço? - Eu pergunto a mim mesma diante do espelho. Claro! Flynn tem razao, eu posso fazer isso. Se eu ficar chorando, sentada, será como constatar que a minha culpa. Eu não sei aonde ele foi e nem se vai demorar a voltar, eu só sei que eu preciso arrumar tudo. Eu estou sozinha, Cristian deu folga para a Senhora Jones, isso é bom em um momento como esse. Apago todas as luzes do apartamento e acendo a luz da lareira. O visual é incrivel, nao sei como nao pensei em ter feito isso antes. A sala do apartamento do Cristian é perfeita. Essas paredes enormes de vidro nos previligiam com essa paisagem maravilhosa de Seatle. Agora, preciso de uma roupa, alguma coisa que... Será que ele vai pensar que eu estou tentando

- Não vai ser necessario me prender. Eu só preciso que voce confie em mim, Cristian. - Eu confio em voce, só nao confio nele. - Com licença, Senhor. - Taylor voltou. Cristian respira fundo. - Nao me diga que o entregador ainda esta ai? - Não Senhor, mas tem um homem que solicita falar com o Senhor. - Meu estomago gela. - Quem seria? - Ele se identifica como Senhor X. - Cristian ri. - Pois bem, mande ele entrar. - Não! Cristian, voce ficou louco? Taylor nao faça isso. - Taylor, faça o que eu mandei. Estou esperando. - Sim, Senhor. - Ele se retira. - O que voce quer? Transformar isso em uma briga? Uma guerra? - Eu suponho que ele tenha algo a me dizer. Se veio até aqui, com certeza tem. - Não arrume problemas, Cristian. - Eu sinto que meu coraçao vai sair pela boca a qualquer momento. Como ele se atreveu a vir até aqui? E como soube tão rapido que eu havia recusado a encomenda? Eu escuto o barulho do elevador se abrindo. - Senhor Grey, o Senhor X. - Ele anuncia.

- Bom dia, Senhorita Steele. Como esta se sentindo? - Ele traz a bandeija do café. - Não precisava se... - Precisava, claro que precisava. Eu trouxe tudo o que voce gosta. - Eu vou acabar me acostumando com voce me mimando desse jeito. - Ele sorri. - É assim que tem que ser. - Eu estava aqui pensando. - Eu pego uma torrada. - Nós saimos tão rapido do hospital, achei estranho ninguem ter aparecido aqui... nem minha mãe, sua mãe... Voce tem alguma coisa haver com isso? - Eu? - Ele ri. - Sim, voce mesmo. - Bom, eu me rendo. - Ele levanta as mãos. - O que voce fez? - Ana, eu precisava ficar só com voce... com mais ninguem. Eu dei uma semana inteira de folga para a Senhora Jones. - Vamos ficar uma semana sozinhos aqui? - Sim, só eu e voce. - Eu ficaria brava com voce em outra ocasião, mas a verdade é que eu tambem quero ficar sozinha com voce. - Ana, eu sei que pode nao ser o momento mais apropriado agora. Só que eu preciso saber uma coisa. - O que exatamente? - Quand

Não consigo achar a saída, por mais que eu ande, por mais que eu tente, nada dá certo, não consigo... - Não! - Eu grito, como se fosse a única coisa que fosse me salvar. - Ana! O que foi? - Pelo jeito ele também tinha pegado no sono. - Meu Deus... foi um... sonho ruim. - Ei, tudo bem... calma... - Ele senta do lado da cama do jeito que pode. - Eu estou aqui, nada de mal vai acontecer com você. - Estava tão escuro, eu não conseguia... - Não chore, por favor. - Ele limpa minhas lagrimas. - Você estava dormindo? - Eu acabei pegando no sono. - Cristian, eu quero ir para a casa. - Nós vamos para casa, mas o médico precisa autorizar primeiro. - Com licença. - É uma enfermeira. - Sou a enfermeira Lucy. Como se sente Anastasia? - Me sinto um pouco melhor, mas gostaria de ir para casa. - Ela sorri. - Eu vim aqui justamente por este motivo. O Doutor que atendeu você está em uma emergência e me pediu que viesse. - Achei que só os médicos pudessem dar a alta me

- Com licença. - Eu suponho que ele seja o médico. - Doutor, entre. - Diz Cristian. -Senhorita Steele, eu acredito que voce nao se lembre de mim. - Não me lembro, me desculpe. - Ele sorri. - Não se preocupe. Meu nome é Charles, sou o médico que estava de plantao quando a Senhorita chegou. - Doutor, como ela esta? - Ele coloca o óculos e checa alguns papeis. - Eu acredito que hoje mesmo voce vai para casa. Os hematomas vão desaparecer com o tempo, só vou receitar alguns comprimidos para dor e por favor, tome muito liquido. Voce ficou muito tempo sem tomar nada, isso pode ser perigoso. - E o bebe, doutor? - Isso me preocupa. - Eu conversei com a Doutora Greene, esta tudo bem com o bebe, mas voce tem que fazer muito repouso, Anastasia. - Eu vou fazer, vou fazer de tudo por ele. - Doutor, ela ainda esta muito cansada... - Isso é normal, Senhor Grey. A Senhorita Steele ficou muito debilitada, fraca, mas nao se preocupe. Logo tudo ficará bem. Eu vou deixar voce descansar, m

Uma semana ou menos, nao sei ao certo. É dificil saber, não tenho muito noçao do tempo aqui. Estou juntando energias para uma ideia que eu tive, é a minha unica chance de sair daqui. - Ei, eu trouxe agua. - Passei todos esses dias tentando ser simpática com esse cara, pelo menos ele nao me chama mais de vagabunda, acho que meu plano realmente esta dando certo. - Oi, JD. - Ele me olha sem entender. - Desculpe, eu nao deveria ter chamado voce pelo nome. - Nao tem problema. - Sabe... eu estou feliz que voce esta aqui. - O que voce disse? - Meu coraçao esta disparado. - Eu... eu tenho medo do Maicon, mas voce... eu nao tenho medo de voce. Me sinto segura quando voce esta aqui. - Eu nao vou machucar voce. - Ele me encara. - Eu sei disso.- Estou fazendo um esforço para sorrir e parecer convincente. - Eu preciso ir. - Eu seguro o braço dele. - Nao! Por favor... fique. - Eu preciso ir. - Ele puxa o braço. - Espere. - Deus me perdoe por fazer isso. Cristian, me perdoe. Eu

Estou assustada e com muito frio. Pela fresta da janela eu suponho que já deve ter amanhecido o dia. Cristian, meu amor, aonde voce esta. Fecho os olhos na esperança que ele me sinta, que saiba que eu estou viva. - Bom dia, amor. - Maicon aparece na porta. - Não vai me responder? - Ele sorri. - Aonde estamos? - Desculpe, mas voce nao pode saber. Eu tenho uma noticia maravilhosa para voce. Ele liga um pequeno aparelho de TV. - Segundo as ultimas informações, o carro da Senhorita Anastasia Steele, namorada do multimilionario Cristian Grey, foi encontrado dentro de um buraco nas proximidades de Seatle. A policia e a equipe de resgate estão realizando as buscas, mas o corpo ainda nao foi localizado. De acordo com as informaçoes, ela estava gravida de poucos meses... - As lagrimas escorrem pelos meus olhos. A sensaçao de impotencia é o pior. - Eu adoro como essa jornalista fala as noticias, tudo fica mais interessante. - Ele ri. - Não se preocupe com o Cristian, Alice está co

- Você está de brincadeira! – Ela grita. - Não, Kate. Estou falando sério, vou me casar. - Ana... estou simplesmente sem palavras! Você já contou para a sua mãe? Já contou para alguém? Meu Deus, temos que ver o vestido. - Meus pais já sabem, Cristian contou...  Aliás, ele pediu a minha mão. – Ela ri. - Não acredito! - Eu fiquei mais ou menos assim quando eu fiquei sabendo. - Estou muito feliz mesmo, Ana. Você e o Cristian já passaram por muita coisa, merecem essa felicidade toda! - Nem me fale, foram tantas coisas. Eu nem acredito que depois disso tudo finalmente vamos poder viver em paz. Eu, ele e o bebe. - O que você acha de nos encontrarmos para que você possa me contar melhor sobre tudo? - Eu acho ótimo! Estou precisando sair um pouco, você pode agora? - Claro! Pode ser no lugar de sempre? Eu posso passar te buscar... - Não precisa, eu te encontro lá em quinze minutos. - Tudo bem, te espero. - Até mais. Visto rapidamente o primeiro vestido que encontro, dou um

O amor da leitura é um presente do céu.  (François Fénelon) Navegue pelos submenus e inspire-se ;) Boa Leitura!

- Então descomplique. -Eu vou ser direta. Cristian, nós tínhamos prometidos que não iriamos mais esconder nada um do outro, mas eu menti para você. – Ele arregala os olhos. - Mentiu? Sobre o que exatamente? Não vejo motivos para você querer mentir para mim. – Engulo seco. - As flores, não eram para a Senhora Jones. Ela disse aquilo porque... alias eu nem sei o porque. - As flores... é claro. Eu sabia. - Sabia? - Porque não me disse? - Não disse porque eu fiquei com medo, Cristian. Você se mostra sempre tão agressivo nesse modo, eu pensei que você fosse querer sair daqui e tirar satisfação ou pior... Você acha que pode me perdoar. – Ele me olha, no fundo dos olhos. - Ana, eu preciso falar seriamente com você. - Pode falar. – Ele respira fundo. - Eu pensei... tantas formas de fazer isso. Aliás, faz muito tempo que eu estou pensando. - Do que exatamente você está falando.  – Ele segura minha mão. - Você significa para mim mais do que qualquer coisa, se eu faço determina