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Secrets of a CEO. Capitulo 33










- Senhor Grey, posso falar com o Senhor por um momento?
- Claro. Vamos ao meu escritório. Me espere aqui, eu volto logo. - Ele diz.
Pela jeito como Taylor esta eu acredito que ele queira falar sobre o buque de rosas que eu recebi. No fundo, eu tenho certeza de que Maicon enviou aquilo, nem seria preciso uma investigação em torno disso, mas Cristian insiste que é necessario. Taylor passa por mim rapidamente.
-Algum problema? - Eu sei sobre o que eles estavam falando, mas talvez seja melhor não falar logo de cara.
- Já que diz respeito a você eu acho que eu deveria falar.
- O que houve? - Eu pergunto.
- Não foi encontrada nenhuma digital daquele cara no buque, alias, não foi encontrado nenhuma pista.
- Cristian, eu tenho certeza que ele enviou aquilo. Quem mais poderia ser?
- Isso que eu queria perguntar a você.
- Só pode ter sido ele. Voces não conseguiram localizar nada porque provavelmente ele pediu para que outra pessoa fizesse isso, para livra-lo desse problema.
- Ana, eu sou uma pessoa que gosto de sinceridade.
- E eu também Cristian.
- Por isso que eu quero que você me prometa que não esta me fazendo de idiota. Porque eu odiária saber que depois de tudo o que eu fiz... Olha é melhor você voltar para a sua casa.
- Acha que eu estou mentindo? É isso?
- Eu não posso arriscar nada Anastasia.
- Não se preocupe, eu não estou com você pelo seu dinheiro e nem estou com intenções de aplicar um golpe em você. - Eu não quis dizer isso...
- Eu não consigo entender Cristian, em um minuto estamos bem e no outro você vem com todas essas desconfianças.
- Ana, eu preciso saber aonde estou pisando. Eu apenas não quero que você esconda nenhuma informação entende.
- Eu não estou escondendo nada! Eu acho que tudo isso é desnecessário. Seguranças, investigaçao em torno de um buque... Isso é ridiculo Cristian. Talvez você deva estar gostando dessa brincadeira de me proteger, mas eu tenho uma novidade, não preciso de proteção. Me deixe fazer as coisas por vontade própria, se eu estiver com medo de alguma coisa eu aviso você.
- Você não entende... - Ele ri.
- Eu não entendo?  Você é que não entende Cristian!
- Ana chega! - Ele grita. Os pelos do meu corpo todo se arrepiam. - Eu não queria jogar as cartas na mesa com você, achei que não seria necessário.
- Cartas? Do que você esta falando?
- Ana, esse cara, ele... É melhor você ver. Venha comigo. - Vamos caminhando até o escritório, ele abre o cofre e tira uma pasta, esta cheia, parece conter muita coisa ali. Ele joga em cima da mesa. Estamos nos encarando, eles esta com as duas maos debruçadas na mesa.
- Você vai abrir ou prefere que eu mostre? - Ele diz. Abro a pasta e começo a folhar os arquivos.
- Tem uma foto do Maicon aqui... Espere, quem é Jason Scotfield?
- É o nome dele.
- O que? Como assim o nome dele?
- Ana, tudo o que voce conheceu sobre esse cara é uma mentira.  - Continuo olhando os papeis e o que vejo nas próximas paginas é algo que revira meu estomago na mesma hora. Varias mulheres em posições diferentes, algumas em suas camas, outras em florestas, e alguns locais que não consigo identificar.
- O que isso significa Cristian? - Eu pergunto. No fundo eu sei o que significa, mas eu não quero admitir a mim mesma.
- O cara é um psicopata Ana.
- Como eu... Cristian... - Eu coloco a mao sobre a cabeça. Eu não posso acreditar.
- Quem são essas mulheres? Como você conseguiu isso?
- Desde o dia que aconteceu tudo aquilo com você, eu pedi para que investigassem a vida do cara, tudo, qualquer pista que encontrassem... O que me levou, até um chefe de policia no tennessee.Isso deu um trabalho danado para a minha equipe, porem, eles levantaram a ficha de todos os agrassores, assassinos e estupradores que você possa imaginar até que chegamos a essa evidencia. Uma série de mortes nessa região e o assassino, simplesmente desapareceu. E o que é mais engraçado nisso tudo é que, ele conquistava todas as suas vitimas da mesma maneira, e pelo jeito como as coisas estavam indo, você seria...
- A próxima... - Eu digo. As lagrimas escorrem pelos meus olhos. - Ele tinha familia, ele tinha amigos e...
- Fachada Ana, tudo fachada. Nada do que ele te contou era real. Eu sei que é terrível, você esta bem?
- Se eu estou bem? Claro que sim, eu apenas acabei de descobrir que a pessoa que eu estava é um assassino em série e agora, como já não bastasse tudo isso, eu conheci um cara com algumas manias um tanto quanto estranhas.
- Nem nos seus sonhos se atreva a me comparar com ele. Eu nunca, jamais, chegaria ao ponto de matar ninguém.
- Desculpe, eu não quis fazer comparações.
- Ana, eu acho que...
- O que? Diga Cristian. Não me esconda mais nada.
- Eu quero ser sincero com você. Eu acho que deveríamos nos afastar.
- O que? - Estou rindo, mas é de nervoso. - Acabamos de nos entender...
- Eu sei Ana, e eu continuarei te protegendo da mesma maneira. Eu não vou deixa-la sozinha, mas eu não posso propor para você o tipo de relacionamento que eu quero, isso seria realmente doentio. Olha por tudo o que você esta passando, eu não sou a pessoa indicada para apoiar você. Apesar de...
- De? - Eu digo.
- De querer ter você por perto mais que tudo.
- Se me quer por perto então porque quer me afastar Cristian?
- Ana, esse maluco acha que você largou dele porque estava com alguem, quanto mais você estiver comigo pior será a sua situação. E outra, você acha que esta preparada para ser minha submissa? Eu não posso ter alguem psicologicamente abalada Ana. Só eu já basta.
- Isso que você esta fazendo comigo é de uma crueldade horrível Cristian. Você acabou de me apresentar como sua namorada na frente de todas aquelas pessoas e agora isso?
- Foi um erro. Não deveria ter levado você, não deveria ter exposto você dessa maneira. Me perdoe. O que acontece é que eu ultrapassei todos os limeites com você Ana, eu fiz até aonde não deveria ter feito.
- Aonde esta escrito isso? Você vive controlado por algum livro? Por alguém da ordens a você?
- Claro que não! É assim que as coisas são no meu mundo Ana. Olha, eu achava que eu poderia levar essa situação, mas agora mudou. Você nem sequer sabia aonde estava se metendo, não sabia que o cara era um maluco completo. Eu não quero me aproveitar da sua fragilidade Ana.
- Você faria isso? Se aproveitaria?
- Eu perco completamente o controle de todas as minhas ações quando estou com você Anastasia, mas jamais faria algo que voce nao quisesse. Eu não quero mais alongar o assunto.
- Então você realmente quer que eu vá eembora Cristian...
- Ana, você ficando aqui, dormindo aqui, sem assinar o contrato, vai acabar criando um vinculo no qual não estou preparado agora e acho que nunca vou estar para ter, entende? - Limpo as lagrimas e levanto.
- Ok Cristian.
- Por favor, não chore.
- Por favor não sinta pena de mim, o que eu menos quero agora é a sua pena.
- Eu não tenho pena de você. Eu nunca fiz isso em toda a minha vida. Nunca. Esta sendo mais do que estranho descrever isso, mas você, me faz fazer coisas das quais não sei explicar.
- Eu só vou pegar minha bolsa e vou embora.
- Espere. - Ele segura meu braço.
- Eu dividi e criei um vínculo com você, por mais que eu nao queira aceitar. Eu fiz uma promessa, eu vou ajudar e proteger você sempre. Isso não mudou, mas também não peço que pare sua vida e espere por mim.
- Cristian, vamos ser sinceros? Eu não gosto de rodeios. Ana, vá embora. Eu não quero ter nenhuma relação amorosa com você e nem me comprometer com problemas pessoais seus dos quais eu não faço parte, se eu me meter, isso vai fazer com que eu me aproxime de você e isso, criaria iluçoes e expectativas em você das quais eu nunca vou poder atender. Pronto, seja sincero e diga isso. - Eu me viro e saio do escritório. Será que peguei pesado?
- Ana, espera. Eu não quero que você saia assim. As coisas não são assim como você disse...
- Eu acabei de ser dispensada por você, como quer que eu me sinta?
- Dispensada, essa palavra não existe para mim. Eu não dispensei você. Você não é uma funcionária minha para tal.
- Vou aceitar a sua ajuda, só porque tanto você quanto eu queremos esse cara na cadeia, mas é só Cristian. Não quero roupas, nem carro e nem nada.
- Ana...
- Nao Cristian. Eu disse que não quero dinheiro e pronto.
- Então, é isso... - Que situação embarasossa. - Você sabe aonde me encontrar, se precisar de mim, a qualquer hora pode me chamar.
- Obrigada, é muito gentil. - Estou me esforçando ao maximo para não chorar na frente dele.
- Somos... É... - Ele se enrosca nas palavras.
- Amigos? - Estou rindo. - Não, já tentamos isso e você sabe que nao funciona. Eu te conheço e você me conhece. Pronto, isso já basta. - Nossos olhos não se perdem um do outro.
- Como você quiser Senhorita Steele. - Ele diz. - Taylor vai levar você.
- Obrigada. - Eu me apróximo e lhe dou um beijo no rosto.  Eu sinto sua respiração.
- Eu sei que parece loucura tudo isso, mas tem que ser assim Ana. - Ele sussura.
- Esta tudo bem Cristian, não vamos tornar isso mais difícil. - Eu me viro.
- Não se esqueça de ligar... Caso precise. - Ele diz. Continuo caminhando até a saída.
- Ana, espere.
- O que foi? - Me viro em sua direção.
- Fique, pelo menos até amanha. Você deve estar cansada, me acompanhou até a festa... E tambem nao quero voce andando por ai a noite. Por favor, não diga não. - Talvez eu possa faze-lo mudar de ideia... Nem pense nisso Anastasia.
- Estou mesmo cansada, se não se importa, eu gostaria de dormir um pouco.
- De maneira alguma. - Ele sorri. - Pode ficar no quarto lá em cima.
- Obrigada mais uma vez. - Eu digo.
- Não agradeça. Bom, fique a vontade, eu preciso fazer algumas ligações no escritório.
- Tudo bem, alias, eu estou bem. Eu já vou indo para o quarto. - Ele vai em direção do escritório mexendo no celular. Eu sei que ele não quer fazer isso, porque ele luta contra esse sentimento? Porque ele não quer aproximação? Eu acho que preciso ser mais esperta, preciso entrar no jogo dele. E eu já sei o que devo fazer.
Vou até o quarto e fecho a porta. Um turbilhão de sentimentos e coisas estranham passam pela minha cabeca, eu não acredito que eu cheguei a beijar aquele cara, um assassino! Um psicopata terrível! Estou com nojo e ódio ao mesmo tempo. Eu queria estar nos braços do Cristian. Abro o armário e visto um das camisolas, tantas que nem sei qual escolher. Fico me perguntando o que ele vai fazer com tudo isso. Essa não sou eu, me encaro no espelho com a camisola branca de cetim. Não posso ir até lá, eu repito a mim mesma.
Me pego no corredor, para ser mais precisa na porta do escritório. O que você esta fazendo? Esta louca? Ele não quer você aqui.
- Ana? - Droga. Tentei sair de mansinho, mas não consegui.
- Oi. - Eu digo envergonhada. Tentando ficar no escuro para que ele não me veja.
-Precisa de alguma coisa? - Ele diz. Vejo o seu rosto com a ajuda da luz do leptop.
- Não, eu só vim dizer que se não se importa eu peguei uma das... Camisolas... - Ele sorri.
- Claro que não. São suas. - Ele diz.
- Então, boa noite.
- Esta com medo? - Ele diz.
- Medo? Do que especificamente? - Eu digo.
- Não sei, eu pensei que você não estivesse conseguindo dormir sozinha.
- Eu nem tentei para dizer a verdade. - Ele acende a luz do abajur e eu já não tenho mais como me esconder. Ele me observa passando um dos dedos através do maxilar. Ele é tao lindo.
- O que foi? - Eu digo.
- Nada, só estou observando.
- É um observador Senhor Grey. - Ele ri.
- Eu sou um apreciador Senhorita Steele.
- Boa noite Cristian.
- Boa noite Anastasia. - Meu coração esta mais disparado do que nunca, eu confesso, esse joguinho é excitante.

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