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Secrets of a CEO. Capitulo 35















Eu não ainda não estou conseguindo acreditar que ele fez isso, Brian vai pensar que eu o deixei lá, plantando, de proposito. Entro no apartamento sem dizer uma palavra.
- Esta chatiada com alguma coisa? - Não é possível que ele realmente não saiba o porque.
- Vamos ver se você adivinha! É claro que estou brava, você não tem o direito de se meter na minha vida dessa forma Cristian. Não tinha nada que ter ido até lá. E alias, como você descobriu que eu estava lá?
- Eu tenho meus meios. - Ele senta no sofá.
- Eu vou repetir isso pela milésima vez para que fique bem claro na sua cabeça, eu não sou propriedade sua! - Preciso ligar para o Brian, preciso dizer o que houve.
- O que você esta fazendo? - Ele pergunta.
- Vou ligar para o Brian, será que você não percebeu o que fez? - Ele apenas me observa sem dizer nada.
- Brian, é a Ana. Tudo bem? Olha, me perdoe realmente pelo que houve eu não quis sair daquela maneira, mas é que...- Ele pega o celular da minha mão.
- Cristian Grey, olha, ela te liga outro dia agora ela esta ocupada. - E desliga.
- Você esta agindo como um idiota! - Eu grito.
- Se você esta comigo, vai ficar comigo.
- Eu estava apenas explicando...
- Explicar? Você é alguma coisa dele por um acaso?
- Não!
- Então não deve explicações. E tem sorte de eu ter tirado você de lá a tempo. - Estou rindo.
- A tempo? Tempo de que?
- O que você acha que ia acontecer Anastásia?  Vinho para lá, vinho para cá... E você ia acabar na cama dele. - Ele se serve de uma taça de vinho.
- Eu não posso acreditar. - Parece que eu estou vivendo um sonho.
- E aquele papo idiota dele de convidar você para viajar, por favor... - Ele diz com ironia.
- Estava ouvindo a nossa conversa?  - Ele apenas me observa.
- Diga Cristian! Estava ouvindo a nossa conversa?
- Eu não estava, mas fui informado.
- Quem é você? Sherlock Holmes?  - Ele ri.
- Cristian. - Eu respiro fundo. - Eu quero chorar, mas não aqui, não na frente dele. - Eu sei, que no fundo, apesar dessa sua mania doentia de controle, você quer me ajudar. Só que eu não estou conseguindo... - As lagrimas escorrem pelo meu rosto sem que eu consiga controlar. - Minha vida esta uma bagunça, eu estou com muito medo. - Eu digo baixinho.
- Ei... - Ele se ajoelha na minha frente. - Me perdoe, eu não sabia que você esta assim tao nervosa.
- Você não esta me ajudando Cristian, me vigiar dessa forma, me colocar no colo no meio da rua como se eu fosse uma criança, uma hora voce me quer perto e na outra me quer longe, me tratar como se eu fosse um objeto de sua posse... Isso só faz com que eu me sinta pior. - Ele encara o chão.
- Não posso dizer que me arrependo de ter tirado você de lá, estaria mentindo se falasse isso. Não quero você com aquele cara, mas infelizmente não posso impedir.
- Eu não estou com ele Cristian, mas me sinto bem quando estou na companhia dela.
- E comigo? Não se sente bem quando esta comigo?
- Não quando você me pressiona, apenas quando você é você mesmo.
- Você não tem ideia do esforço que eu estou fazendo para tentar... mudar e atender as suas expectativas, mas ha coisas que não podemos mudar.
- Não podemos ou não queremos? - Ele sorri.
- Olha, não vamos falar disso. Vamos falar sobre outras coisas.
- Como você quiser, afinal, acho que voce merece isso. - Ele ri.
- É sim, eu mereço. Eu quero falar com o delegado Cristian.
Eu tenho que saber realmente o que esta acontecendo, eu sou a principal pessoa que tem que estar a par de tudo.
- Ana, você não precisa...
- Eu não preciso, eu tenho que fazer isso. É sobre mim, se trata sobre mim.
- Tudo bem, se você faz tanta questão eu posso pedir que ele venha aqui algum dia desses.
- O que foi Cristian? Está me olhando de um jeito estranho...
- É estranho estar com você aqui, assim...
- Assim como? Conversando? Ah é, eu esqueci que você não conversa com mulheres, apenas transa com elas. - Ele ri.
- Não é bem assim...
- Ah não? Então como é?
- Eu sou uma pessoa que não tenho amigos, só isso. Gosto de viver sozinho Ana.
- Você é indecifrável Senhor Grey.
- Digo o mesmo de você. - Estamos rindo.
- Eu prefiro assim. - Ele diz.
- Assim como?
- Quando você sorri.
É estranho ficar aqui com ele realmente. Eu sentada em uma poltrona e ele na outra, não somos amigos, não somos namorados, não temos nenhum tipo de relacionamento... Eu não sei descrever realmente o que é isso, eu gosto dele, alias, eu sou apaixonada por ele, mas infelizmente eu sei que isso nunca vai ser possível. Talvez eu deva ficar sozinha, pensar direito no que realmente esta valendo a pena, eu sempre fui muito romantica, mas também nunca achei que a felicidade de uma pessoa depende de outra. Eu acabei de dizer exatamente o que o Flynn me disse em relação ao Cristian, temos que ser felizes por nós mesmos.
- Posso usar seu telefone? - Eu digo.
- Claro. - Eu levando e pego o telefone.
- Boa noite, eu gostaria de uma pizza. - Ele apenas me observa, pareçe achar graça. - Isso, muzzarela, calabresa e peperoni. Entregar no Escala, Fourth Avenue... Ah você conhece, tudo bem. Obrigada.
- O que foi? Nunca pediu pizza?
- Não.
- Cristian? Você nunca pediu pizza?
- Eu não faço esse tipo de coisa Ana.
- Eu não posso acreditar. - Estou rindo.
- A Senhora Jones cozinha eu não preciso pedir pizza e alias, não é saudável.
- Não é questão de ser saudável, é questão de comer por prazer.
- Comer por prazer... Eu entendo muito bem desse assunto.
- Muito engraçadinho.
Estamos sentados no chão da sala, e por mais incrível que pareça, nós estamos parecendo mesmo amigos. Quando você começa a conversar com o Cristian, você percebe que ele é uma pessoa boa e que aquele controle todo é somente uma forma de se proteger do mundo.
- E o que vocês faziam juntos? - Ele pergunta.
- Quem?
- Você e o seu namorado...
- Coisas normais...
- Especifique, o que é normal?
- Ah Cristian, assistíamos filmes juntos, saímos para comer... Esse tipo de coisa. É impressionante como pensamos que conhecemos as pessoas, quando na verdade é totalmente ao contrario.
- Eu não tenho muito a dizer sobre isso, mas você confiou nele, o cara é completamente maluco.
- Você entende bem de pessoas malucas. - Estou rindo.
- Esta insinuando que eu sou maluco?
- Eu não sei Grey, me diga você. - Estamos rindo juntos, e isso é a melhor coisa que podia acontecer.
- Nossa, olha só a hora. Tenho que ir. - Eu levanto, coloco os sapatos e pego a bolsa.
- Fique se quiser...
- Não, eu vou embora. Muito obrigada pela noite e... - Ele me da um beijo de surpresa e pega levemente na minha cintura. Fico sem ação por alguns segundos.
- Obrigado pela noite. - Ele diz.
- Sempre que precisar de mim sabe aonde me encontrar.
- Eu digo o mesmo. - Ele me acompanha até o elevador.
- Ana, antes de você ir eu queria propor uma coisa.
- O que seria? - Eu cruzou os braços.
- Eu sei que você esta procurando um emprego, então, eu pensei bem e eu gostaria de saber se você gostaria de trabalhar na empresa.
- Na empresa? Olha Cristian, eu acho que nao é uma...
- Calma, pelo menos considere a proposta. Não estou pedindo que aceite agora.
- E eu posso saber o que você acha que eu poderia fazer lá?
 - Minha assistente, assim como a Andreia...  Você é boa nisso e eu preciso de pessoas firmes e que tomem decisões rápidas, você se encaixa nesse perfil.
- Eu aceito. - Ele fica surpreso.
- Sério?
- As contas do apartamento vao começar a vencer e eu não posso deixar a Kate pagar sozinha, eu preciso de dinheiro, mas com uma condição.
- O que você quiser.
- Quero ser tratada como todas as outras funcionárias.
- Como você quiser. - Ele sorri.
- Assim que eu conseguir uma vaga aonde eu realmente quero trabalhar eu saio, não estou desmerecendo a sua empresa, mas é que realmente o meio empresarial não é o que eu quero para mim.
- Eu entendo, fico feliz que tenha aceitado a proposta.
- Muito obrigada. Boa noite. - Nos olhamos por mais alguns segundos.
Chego em silêncio no apartamento, não quero que Kate descubra o que aconteceu, tiro os sapatos para evitar barulhos, eu pareço uma adoslecente chegando em casa.
- Ei, pelo jeito a noite foi boa, chegando assim na ponta dos pés. - Ela ri.
- É foi boa, mas podemos falar isso amanha? Estou com sono.
- Não senhora, você vai me contar como foi com o Brian.
- Foi bem, nós conversamos e tudo foi legal...
- E vocês se beijaram?
- O que? Não... De jeito nenhum.
- Não vejo porque tanto espanto, que eu saiba você é solteira.
- Você sabe muito bem de quem eu gosto Kate...
- Não vamos voltar ao assunto Cristian... Ah não!
- O que foi?
- Você encontrou o Cristian! Por isso esta tentando fugir de mim. - Eu sou péssima em mentir.
- Sim. - Respiro fundo. - Eu encontrei.
- Ele viu vocês juntos? Eu iria adorar ver essa cena.
- Não só viu como me tirou de lá.
- O que? Como assim?
- Cristian teve mais um de seus surtos...
- Você foi embora com ele?
- Sim Kate...
- Ana!
- O que foi? O que você queria que eu fizesse?
- Ignora-lo? - Ela sugere com um ar de cinismo.
- Claro que não, foi uma situação que não deu para evitar. Eu preciso ligar para o Brian amanhã e explicar.
- Você precisa se afastar desse cara Ana, não vê que isso esta fazendo mal a você?
- Não estou mal Kate. Cristian e eu não temos nada!
- Ah não? Então como você explica ele ficar com essa perseguição com você? Eu estou avisando, ele é como o Maicon ou até pior que ele.
- Isdo não, Cristian não faria nada de mal contra mim, ele me... Ofereceu um emprego e eu aceitei.
- Não Ana! Não crie vínculos com ele.
- Não tive como recusar, as contas vão chegar e eu não vou deixar você pagar tudo sozinha.
- Olha Ana, eu sei que idealizar uma vida com o Cristian deve ser incrível mesmo, mas não é uma boa escolha. Ele não é para você, por mais que seja irmão do Elliot, ele é uma pessoa completamente estranha! Você não vê? Eu vou deixar você pensar nisso. Boa noite. - Ela vai para o quarto.
Talvez ela tenha razão, e no fundo eu esteja realmente visualizando que vamos ter alguma coisa, mas eu sei que a realidade é bem diferente. Deito na cama e o meu celular vibra.

De: Cristian Grey
Assunto: Trabalho
Para: Anastásia Steele

Senhorita Steele,

Por favor, se apresente amanha as sete na recepção. Andréia irá explicar como funciona tudo.

Cristian Grey
CEO, Grey Interprises Holdings, Inc.


Esse lugar me assusta, é tudo tao grande, amplo e amedrontador. Uma moça com aparência simpática e impecável vem em minha direção, o som dos sapatos dela no granito me encomoda um pouco, o que me lembra que preciso comprar mais sapatos.
- Senhorita Steele?
- Sim.
- Como vai? - Ela pergunta.
- Vou muito bem e você?
- Estou bem. Vamos, o Senhor Grey avisou que você iria começar hoje. Começo a segui-la e mais uma moça esta na recepção.
- Esta é a Karyn, ela é estagiária.
- Muito prazer. - Eu digo.
- O prazer é meu.
- Isso esta fora de questão, é um absurdo... Bom dia. - Ele passa por nós rapidamente, falando no celular, sem mais rodeios, entra na sua sala.
- Meu Deus! - Elas começam a rir e eu não entendo muito bem o porque.
- Esse homem é muito gostoso! - Diz a estagiária, confesso, o bichinho do ciúmes me mordeu agora.
- Por favor Karyn, se alguem escutar você, o Senhor Grey manda todas nós embora.  - Diz Andreia.
- Bom Anastasia, aos poucos você aprende como funcionam as coisas, tudo o que precisa saber é que o Senhor Grey não tolera interrupções e nem perda de tempo. - Eu sei bem como é.
- Tudo bem, eu posso começar fazendo alguma coisa?
- Sim, eu preciso ir até o financeiro, Karyn, mostre a Senhorita Steele os papeis que o Senhor Grey tem que assinar. - Andreia pega uns papeis e sai. Karyn revisa alguns documentos e me entrega.
- São estes aqui, leve e peça para que ele assine todos.
- Eu?
- Esta vendo alguma outra pessoa aqui? Não! Claro que é você. - UAL, em questão de educação ela não tem nenhuma. - Respiro fundo e bato na porta.
- Com licença, Senhor Grey. - Estou tremendo, porque estou tremendo? Eu estava na sala da casa dele ontem comendo pizza.  Ele fala ao celular, mas faz sinal para que eu entre. Fico ali parada, esperando.
- Sim. - Ele diz.
- Eu preciso que o Senhor assine estes papeis, por favor. - Ele pega os papeis da minha mao.
- Só isso? - Ele pergunta. Ele esta mesmo fazendo exatamente o que eu pedi, parece que não nos conhecemos agora.
- Só isso, obrigada. - Eu me viro para sair.
- Por favor Anastásia, desmarque minha reunião das nove, não estarei aqui. E também, peça para a Andreia ligar para o Antonhy e dizer que o modelo de orçamento ficou muito bom, era exatamente isso que eu queria, e diga também... - Eu só consigo prestar atenção no movimento dos seus lábios e mais nada.
- Entendeu? - Ele diz.
- Sim, claro. Já estou indo, com licença.
Saio meio cambaleando da sala e vou para o meu lugar.
- Ei, o seu lugar é naquela cadeira. - Ela aponta para o outro lado.
- Me desculpe. - Eu me levanto e sento.
- Anastasia. - Andreia voltou. -  Algum recado do Senhor Grey?
- Ele disse para desmarcar a reunião das nove e também disse algo sobre o Antonhy e o orçamento... Desculpe Andreia eu nem tive tempo de marcar ele disse tudo tao rápido.
- Ele não vai esperar você marcar, ele apenas fala e nós captamos tudo. É assim que funciona, mas não se preocupe com o tempo você aprende. - Karyn sai dali e por um momento nós ficamos sozinha.
- Posso te falar uma coisa? - Andreia pergunta.
- Claro. - Eu digo, enquanto repasso e confirmo os compromissos da agenda. Meu Deus, como ele consegue estar em todos esses lugares? Isso preciso de organizaçao.
- Você e o Senhor Grey... Olha, me desculpe...
- Não tem do que se desculpar. Eu e o Senhor Grey apenas nos conhecemos fora daqui só isso.
- Claro, eu não quis insinuar nada. E por favor, não ligue para os comentários da Karyn, ele é bem inconveniente.
- Eu percebi. - Estamos rindo.
- Andreia. - Ele vem em nossa direção.
- Sim, Senhor Grey. - Ela levanta rapidamente, a verdade é que elas morrem de medo dele.
- Estou saindo, tenho uma reunião em Portland novamente, ligue para Ross, diga que eu estou esperando.
- Senhor, ela não poderá ir. Foi em uma reunião com os investidores Russos.
- Droga! Eu esqueci disso. Não tem problema, a Senhorita Steele me acompanha.
- O que? - Eu digo.
- Me acompanhar, na reunião em Portland. Preciso de alguem para me ajudar com algumas coisas e já que Ross não vai poder ir...
- Talvez seja melhor levar a Andreia. - Ela me olha como quem diz, esta questionando a decisão dele? Você é louca?
- Eu quero que você me acompanhe, a não ser que você tenha outro compromisso agora. - Ele diz. Ironicamente claro.
- Não, quer dizer, me desculpe.
- Andreia, cancele todos os meus compromissos hoje e remarque para amanha.
- Sim Senhor.
Descemos pelo elevador, e eu estou começando a me arrepender da decisão que tomei. Não vai dar certo trabalhar para ele, ele é um... Tirano!
- Aqui os funcionários podem falar, não há restrições quanto a isso. - Ele sorri.
- Não tenho nada para falar Senhor.
- Prefere ir de Helicóptero ou de carro?
- O Senhor é que deve decidir.
- Não precisa me chamar de Senhor.
- Nós combinamos, dentro da empresa você me trataria como uma funcionária comum, essa viagem já foi um erro...
- Estamos na calçada, não estamos dentro da empresa, então, tecnicamente eu não cometi nenhuma falta. - Estou rindo.
- Podemos ir de carro? Eu quero muito andar de helicóptero, mas eu estou me sentindo um pouco enjoada.
- Enjoada? Você esta bem?
- Não estou gravida se é isso o que te preocupa. - Ele ri.

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