Secrets of a CEO. Capitulo 51

- Ana? Ana? - Eu estou ouvindo, mas estou longe demais para responder.
- Oi... me desculpe.
- Voce esta aqui ou na rua ainda?
- Desculpe, estava com a cabeça longe. - Pego a sacola com as coisas que comprei e vou para o quarto.
- Anastasia, esta tudo bem?
- Claro que sim.- Nao conte sobre a Leila, nao conte sobre a Leila. Meu inconsciente emite o alerta, mas eu nao consigo esconder que estou inquieta.
- Quem voce viu?
- Porque acha que eu vi alguem? - Estou rindo.
- Eu sei que esta escondendo algo.
- Sabe? Como pode saber?
- Porque voce esta passando a mao no cabelo constantemente, esta piscando os olhos mais do que o normal e esta com as bochechas vermelhas. - Ual.
- Quem é voce? Algum investigador por um acaso? - Ele ri.
- Sei mais sobre voce do que imagina. Agora me diga, o que houve na rua.
- Cristian... eu nao acho que isso seja realmente necessario. Eu preciso arrumar minhas coisas.
- Eu nao vou sair daqui até voce falar...
- Eu encontrei com a Leila Cristian. Foi isso. - Eu sinto a sua fisionomia mudar completamente.
- O que? O que ela faz aqui em Portland?
- Nao sei e muito menos fiz questao de perguntar.
- Ela fez alguma coisa? Falou alguma coisa?
- Disse algumas coisas ridiculas... olha, eu nao vou mentir. A presença dela me incomoda e muito, mas eu nao posso evitar e voce tambem nao. Ela faz parte do seu passado, isso nem eu e nem voce podemos evitar.
- Isso nao vai ficar assim, ela nao tem esse direito.
- Voce nao pode tranca-la em um quarto e fingir que ela nao existe, Cristian. Ela esta hospedada aqui.
- Aqui? - Ele grita. - Ele sai do quarto.
- Cristian! Espere, aonde voce vai.
- Essa mulher ja se intrometeu demais na minha vida! Na nossa vida!
- O que voce vai fazer? - Ele anda de um lado para o outro.
- Se ela fizer alguma coisa contra voce eu nao sei o que eu sou capaz, Ana.
- Ela nao vai fazer nada comigo. Eu sei me cuidar, ela esta querendo nos provocar, por isso se hospedou aqui, por isso me chamou na rua....
- Tem razao... o que ela faz da vida dela nao me interessa, mas se ela voltar a incomodar de qualquer maneira ela vai me conhecer.
- Acho que ela ja te conhece bem. - Eu vou tirando as roupas da sacola.
- Nao diga isso. Voce sabe que nao é verdade.
- Estou brincado... - Eu continuo arrumando as coisas e ele me observa
- O que foi Cristian?
- Nao acredito no que voce fez.
- A doaçao? - Eu digo.
- É, foi o gesto mais incrivel que eu ja vi.
- Eu nao preciso daquilo Cristian. Sua companhia é tudo o que eu preciso. - Ele sorri.
Termino de secar o cabelo e coloco o vestido azul escuro que eu comprei em uma das lojas, me encaro no espelho por alguns minutos e saio.
- Cristian! - estou completamente surpresa. As luzes estao todas apagadas e só o que nos ilumina sao algumas velinhas espalhadas por todos os lados. Me lembra aquela noite no apartamento...
- O que é tudo isso? - Meu sorriso deve estar ultrapassando as minhas orelhas.
- Eu achei que seria interessante Senhorita Steele. - Ele esta bem a vontade, camiseta branca e calça jeans.
- Voce adivinhou meus pensamentos... é claro que eu prefiro ficar aqui com voce do que sair.
- Vinho? - Ele me entrega uma taça.
- Obrigada. - Eu digo.
- Eu tenho uma coisa para contar. - Ele diz.
- O que houve?
- Na semana que vem eu preciso viajar, tenho alguns compromissos fora.
- Aqui por perto?
- Nao, na verdade é em Paris.
- Paris? Nossa... entao pelo jeito voce vai ficar muito tempo fora.
- Aproximadamente uns quinze dias ou mais...
- É o seu trabalho... eu entendo. - Justo agora que estamos nos dando bem.
- Ficou chatiada?
- Vou sentir sua falta. - Ele pega mais vinho.
- Já fui lá algumas vezes...voce vai adorar. - O que? - Eu paro.
- Eu disse que voce vai adorar.
- Eu nao entendi.
- Eu quero muito que voce vá para Paris comigo, Ana. - Eu nao posso acreditar.
- Esta falando sério, Cristian?
- Nunca falei tao sério em toda a minha vida. - Eu o abraço.
- Nao acredito. - Eu nao posso conter a emoçao.
- Ei, Ana? Esta chorando? - Estou envergonhada em admitir.
- Me desculpe, deve pensar que eu sou uma boba.
- Claro que nao. - Ele sorri. - Eu nao poderia ir sem voce.
- Obrigada pela oportunidade.
- E nao pense que eu estou levando voce por causa do trabalho, estou levando voce por ser minha namorada.
- Sua namorada Senhor Grey? - Eu beijo o pescoço dele.
- Minha, só minha.
- Cristian eu nem tenho roupa para ir para Paris. - Ele ri.
- Acho que é porque voce fez uma doacao de tudo nao é mesmo?
- Pare com isso. - Eu brinco.
- Estou apenas brincando. Nao se preocupe, temos alguns dias antes de irmos, eu tambem tenho que organizar minha agenda antes.
- Eu posso ajudar voce. - Ele faz carinho no meu rosto.
- Sério? Nao acha isso chato?
- Nem um pouco, sabe que o mundo dos negocios é ate interessante?
- Agora estou perdido, voce interessado nos negocios. - Ele sorri. - Eu adoraria ter voce comigo na empresa.
- Eu?
- Claro, voce é esperta, inteligente, sabe se expressar... nao como secretaria, mas em outro cargo talvez.
- Acho que é melhor eu continuar com a minha profissao. - Estou rindo.