Pular para o conteúdo principal

Secrets of a CEO. Capitulo 65







Estou deitada no sofá, ainda sem acreditar no que aquela mulher fez. Como ela teve coragem de vir até aqui e falar todas aquelas coisas? Nao acredito que ela ainda nao se tocou de que eu sei de toda a verdade, sei quem ela é e tambem o que pretende fazer.
- Ana? - É a Kate. - Pulo do sofa.
- Que bom que voce veio. - Eu a abraço.
- Nossa. - Ela ri. - Nao sabia que eu fazia tanta falta.
- Kate, sente-se.
- Ana, voce esta estranha. Porque esta olhando para os lados assim?
- Voce sempre foi minha amiga, sempre me apoiou em tudo. Agora eu preciso que voce confie em mim tambem.
- Confiar? Do que voce esta falando? Eu estou com medo.
- Nao vou dizer para voce nao ficar com medo, porque é para ter medo mesmo.
- Voce esta falando do Maicon, nao esta? Eu sei que voce esta com medo, mas...
- Nao é dele. - Eu altero a voz.
- Ei... calma, Ana.
- Kate, eu estou falando da Carly, é dela que eu estou falando.
- Voce vai começar novamente com aquela paranoia? Eu sabia que tinha algo errado desde o dia que voce começou a perguntar sobre ela.
- Voce sabia que ela era casada, Kate?
- Casada? - Ela ri. - Eu nao sabia disso...
- Claro que nao sabia, ela só quer que voces saibam o que interessa a ela.
- Ana, para, respira... - Ela segura em meus ombros. - Eu nao estou entendendo nada. Ela pode até ter sido casada mesmo, mas o que isso tem demais?
- Ela foi casada com o Flynn.
- Não! - Ela solta um grito. - Flynn o médico?
- Isso mesmo. Ela manteve um caso com o irmao dele por tres anos Kate! Ela é maluca!
- O fato de ela ter tido um caso nao faz ela ser uma maluca, ela pode ter se redimido.
- Kate! Voce nao, por favor! Eu confio em voce, é a unica pessoa que eu estou contando isso.
- Eu mesma ja tive um relacionamento assim...
- Sim, claro. Quando voce tinha o que? Nove anos? Qual é Kate...
- Ok... ok. Vamos supor por um momento que voce esteja certa, o que isso tem com relaçao a voce?
- Ela quer me tirar da jogada, Kate. Eu fui em uma consulta com outra medica, e ela me afirmou que a minha gravides nao é de risco. Ela quer o Cristian, o dinheiro... tudo isso.
- Isso é um problema...
- É justamente isso que eu estou tentando dizer. Aquela história do vinho, eu tenho quase certeza de que ela armou tudo.
- Tem como provar isso?
- Sim... se tudo sair como eu planejo sim.
- Olha lá Anastasia... nao vai se meter em problemas por ciumes do Cristian.
- Ciumes? - Nao acredito que ela esteja duvidando de mim dessa maneira. - Voce ouviu tudo o que eu disse?
- Eu ouvi, e entendo. Se realmente tudo isso for provado eu serei a primeira a te apoiar, só que é tudo tao louco... tente me entender, Ana.
- Sou sua melhor amiga, Kate. Voce deveria confiar em mim por mais estranha que fosse a situaçao. - Ela senta na cama.
- Ana, eu confio em voce. Só que nao é tao simples assim acreditar que a médica que eu conheço praticamente a minha vida inteira seja uma psicopata... é só isso que eu quero que voce entenda.
- Tudo bem... eu realmente nao quero mais falar sobre isso.
- Talvez voce esteja precisando descansar um pouco, eu ja vou indo. - Ela pega a bolsa. - Tenho que passar em alguns lugares, voce nao quer ir?
- Estou bem, obrigada. Prefiro ficar aqui mesmo. - Ela da um beijo na minha testa a sai.
Eu realmente nao esperava que a Kate fosse reagir assim, eu entendo que seja dificil acreditar, afinal até eu no inicio acreditei nela, mas eu sou praticamente irmã da Kate, merecia um voto de confiança.
- Senhorita Steele.
- Sim, Senhora Jones.
- O Taylor disse que tem uma pessoa do banco procurando a Senhorita.
- Banco? Esta aqui?
- Esta la embaixo, ele disse que a Senhorita ligou no banco esses dias para resolver umas coisas...
- Me lembrei, eu liguei mesmo.
- Com toda a certeza do mundo Cristian mandou que ele viesse. Pode pedir, por gentileza para que ele suba, eu vou esperar na sala.
- Claro, com licença.
Eu preciso mudar alguns dados e resolver algumas pendencias sobre a minha conta, mas eu poderia ter feito isso diretamente no banco, nao seria necessario manda-lo vir aqui. As pessoas nao tem esse privilegio, ninguem pode se dar ao luxo de ter um representante do banco em casa.
A sala esta vazia, sera que ele cansou de esperar e foi embora?
- Olha só para voce. - Meu Deus! Eu conheço essa voz, jamais poderei esquecer enquanto eu viver. - Nao grite, ou eu posso nao ter compaixao de voce dessa vez. - Eu nao consigo fazer absolutamente nada, estou perplexa.
- Senhorita Steele, gostaria de algo para beber? - Ele me encara.
- Nao, obrigada. - Eu simplismente nao consigo mover um musculo.
- Se nao for encomodar, eu gostaria de um café, por favor. - Ele sorri. - É que esta frio la fora.
- Claro, eu trago em um momento.
- Obrigada. - Ele senta no sofá como se fosse da casa. Esta usando um terno preto, impecavel, esta muito... diferente do que era antes, especialmente para alguem que acabou de sair da cadeia.
- Voce esta bem instalada aqui...
- O que voce esta fazendo aqui? Como teve coragem...
- Todo esse papo... eu nao quero isso. Senta ai. - Eu nao quero fazer o que ele manda, mas nao posso evitar.
- Anastasia, podemos fazer do jeito facil ou do jeito dificil. Se voce nao sentar, eu vou estourar a porcaria dos seus miolos aqui mesmo, nessa sala. - Ele fala baixo e em seguida levanta a camisa, deixando a mostra a ponta do revolver.
- Voce nao faria isso. - Minhas maos estao congeladas. - Ele ri.
- Talvez sua empregada possa pagar com a vida entao, no seu lugar. Ou talvez eu mate as duas, olha que vantagem eu teria. - Eu me sento.
- Voce é uma vadia, emprestavel! Nao passa de uma vagabunda que só se interessou por esse cara por dinheiro. Eu amava voce, Anastasia. Amava de verdade...
- O que voce quer? - Eu repito.
- Eu tenho uma proposta muito tentadora, eu deixo voce se casar com esse cara, depois voce dispensa ele, faça o que quiser! Entao, voce pega o dinheiro e terá a oportunidade de ficar comigo. - Ele sorri. - Claro que isso se voce quiser ficar viva.
- Voce nao entende que eu o amo! Maicon , pelo amor de Deus. Porque voce fez isso com a sua vida...
- Cala essa maldita boca! - Ele sussura - Eu quero matar voce, Anastasia. Nada nesse mundo me daria mais prazer do que matar voce, lentamente... O meu ultimo plano nao saiu como eu planejava, afinal voce voltou a andar. - As lagrimas escorrem pelo meu rosto.
- Só que antes disso, eu quero foder voce... fazer tudo o que eu nao tive a oportunidade de fazer, porque voce era uma santinha nao é mesmo... ou talvez eu possa fazer isso quando voce ja estiver morta.... - Ele ri. - Tantas possibilidades... é tudo tao tentador, voce nao acha? - A Senhora Jones vem a com a bandeja do café.
- Aqui esta.... Senhorita, esta chorando? - Eu enxugo as lagrimas.
- É que ela estava me contando sobre a gravides, coitada, acabou se emocionando. - Ele sorri.
- Muito gentil da sua parte trazer o cafe.
- Nao precisa agradecer, Senhor. Precisa de mais alguma coisa?
- Esta perfeito.
- Com licença. - Ele toma o café.
- Como é bom tomar um café fresco, na cadeia nao temos tal opçao...
- Por favor, vai embora.
- Nao se mova, se tentar pegar o celular ou enviar qualquer sinal já sabe, eu coloco uma bala no meio da sua barriga.
- Como sabe que eu estou gravida?
- Aqui quem faz as perguntas sou eu. Só vim mesmo para te avisar que nunca, me escute bem, nunca voce vai se livrar de mim. Uma hora voce vai estar sozinha, desprotegida... e ai ninguem poderá salva-la. Bom. - Ele levanta. - Eu ja vou indo, espero que tenha gostado da nossa conversa Senhorita Steele. - Ele se aproxima e sussura no meu ouvido. - Pense bem nas possibilidades.
Estou completamente em choque, nao consigo me mover, nao consigo falar... é um desespero que eu nunca havia sentido em toda a minha vida, o medo toma conta de mim completamente. Preciso contar ao Cristian, preciso dizer. Com muito custo chego até a cozinha.
- Senhora Jones, acha que pode me ajudar? - Coloco a mao na porta.
- Esta passando mal? Esta branca.
- Por favor, ligue para o Cristian. - Ela se aproxima rapido e me segura.
- Senhorita, me diga o que houve!
- Só ligue...- Ela me ajuda a chegar ate a poltrona, onde eu me sento. Estou tremendo, tremendo muito.
- O Senhor Grey.... ele nao atende.
- Flynn, ligue... por favor.

Cristian disse que voltava logo para casa, mas tenho certeza de que algo deve ter acontecido, ele nao costuma deixar o celular desligado ou nao atender.
- Anastasia! O que houve?
- Flynn. - Eu o abraço.
- O que houve? Meu Deus... voce esta branca, tremendo...
- Eu nao sei Senhor, ela ficou assim depois que o representando do banco saiu...
- Representante? Ana, quem estava aqui? O que falaram para voce? Senhora Jones, precisamos do Cristian aqui.
- Eu ja liguei Senhor, mas ele nao atende.
- Temos que localiza-lo de qualquer maneira, ela esta muito assustada.
- Flynn, por favor tente localizar o Cristian...
- Me localizar porque? - A voz dele é a unica coisa que acalma o meu coraçao. Eu corro na direçao dele e o abraço.
- Anastasia? O que houve? - Ele me aperta.
- Cristian, nao sabemos. A Senhora Jones mandou que eu viesse, nao conseguiamos falar com voce...
- Meu celular nao estava com sinal, estava em Medina. O que aconteceu? - Ele me encara, eu mal consigo olhar para ele, tudo aquilo que o Maicon me disse... me marcou profundamente.
- Cristian, eu vou embora. Vou deixar voces conversarem. Só me mantenha informado, por favor. - Eu nao consigo nem conversar com o Flynn.
- Depois eu te ligo Flynn, obrigado.
- Com licença, Senhor Grey. - Estamos sozinhos.
- Ana, voce precisa me dizer o que houve.
- Cristian... ele esteve aqui.
- Ele? Ele quem Ana?
- Maicon - Eu digo baixinho. - Ele esteve aqui e me ameaçou e eu nao pude fazer nada.
- Ele machucou voce? Me diga, Ana. - Ele segura firme em meus ombros e olha nos meus olhos.
- Eu tive tanto medo, Cristian. - Ele se levanta.
- Como ele entrou aqui? - Ele grita. - Eu fui espeficio, eu avisei... que porra! - Ele anda de um lado para o outro.
- Eu estava aqui no quarto quando a Senhora Jones disse um representante do banco estava la embaixo e queria falar comigo, eu... eu achei que voce tinha mandado ele aqui.
- Como Taylor nao o reconheceu? Ele o viu diversas vezes...
- Nao, ele estava diferente. Cristian, ele estava usando terno, estava completamente mudado. Taylor nao o reconheceria, eu nao acreditei que era ele.
- O que ele disse? O que ele fez?
- Ele... - Eu nao consigo parar de chorar.
- Ana - Ele me abraça. - Amor, voce precisa se acalmar, precisa me dizer o que ele disse, qualquer coisa é importante para que a policia possa procura-lo.
- Eu estou com vergonha... nao quero dizer, nao quero repetir o que ele disse...
- Eu estou aqui... - Ele sussura. - Me aperte. Eu me encolho cada vez mais em seus braços.
- Estou me sentindo tao mal, Cristian. - O desespero é claro em minha voz.
- Eu preciso que voce se acalme e me conte o que houve.
- Senhor Grey. - Senhora Jones bate na porta.
- Sim.
- Precisa de alguma coisa?
- Preciso, diga ao Taylor que eu quero ele e toda a segurança no meu escritório em cinco minutos, entendeu?
- Sim, Senhor.
- Obrigado.

Comentários

Postar um comentário

Deixe um comentário aqui, sua opinião é muito importante :)
Se você não possui uma conta, comente como anonimo.

Postagens mais visitadas deste blog

Mais uma Submissa? O passado volta a nos atormentar. Capitulo 208

Como é bom conversar conversar com o Flynn. Estamos conversando há muitas horas e parece que o tempo nem passou. - Flynn, estou feliz por você ter vindo até aqui. - Eu também estou feliz Ana, eu gosto de conversar com você. E agora, eu sou parte da familia. - Finalmente. - Estamos rindo. - Atrapalho alguma coisa? - Cristian esta parado ao lado da porta. - Amor, que bom que chegou. - Eu digo. - Pelo jeito você arrumou uma companhia na minha ausência. Como vai Flynn? - Estou bem Cristian, agora que você chegou eu já posso ir embora. Nao queria deixar a Ana sozinha. Cristian Grey nao acredito que você esta com ciumes do Flynn novamente. - Ana, se precisar de alguma coisa é só me ligar. Espero ter esclarecido tudo. - Sim, muito obrigada por ter vindo. Eu o acompanho até a porta enquanto Cristian senta no sofá soltando um pouco a gravata. - Parece até cena de filme, o homem sai para trabalhar e quando chega em casa a mulher está com o cunhado. - Ele ri. - Cristian, nã

Secrets of a CEO. Cap 98

Eu não aguento mais essa mulher falando no meu ouvido. Foi só abrir a porta por alguns segundos e ela já foi falando sem ppparar, sem me deixar falar nada. - Olha, o Cristian vai chegar e eu não quero que ele veja voce aqui... - Ela ri. - Calma, Anastasia. Eu só vim aqui conversar com voce. - Estou começando a me arrepender de ter deixado ela entrar. - Então diga logo o que voce quer. Até agora só me disse coisas que eu nao consegui entender. - Sente-se. - Ela se esparrama no sofá. Estou muito desconfiada da atitude dela. - Estou muito bem assim, muito obrigada. - Olha, eu só vim aqui porque... - Se voce veio falar sobre o Willian, perdeu seu tempo. - Ela ri novamente, mas dessa vez parece debochar da minha cara. - É tão estranho ver voce chamando ele assim... - Não vou chama-lo de Senhor X, isso é ridiculo. - Eu não sabia que voce tinha irmão, Ana. - É... eu tenho. - A ultima vez que nos vimos voce nao disse... - Pode me dizer para que exatamente voce veio? - Sua

Secrets of a CEO. Capitulo 13

- Se lembra da festa que minha irmã comentou? – Estamos parados em frente ao meu prédio. - Sim. – Eu respondo. - Eu gostaria muito que você me acompanhasse. - Tem certeza? – Eu fico muito sem jeito com essa situação, ainda mais que eu trabalhava na casa dele. - Porque a pergunta? – Ele parece intrigado. - Não sei Cristian, afinal até ontem eu trabalhava na sua casa e agora... - Eu não quero ouvir isso de novo, não tem nada demais.  Eu passo para buscar você as oito e está decidido. – Mandão. - Tudo bem, obrigada pelo café. - Até mais baby. – Eu não resisto a esse olhar, confesso que não quero sair do carro. Dou lhe um sorriso e saio, após alguns minutos ele vai embora. Foi perfeito, apesar de todas as coisas que eu descobri sobre ele, fiquei completamente assustada, alias, o que mais me assusta nessa história é que ele parece não gostar do amor, isso é algum tipo de trauma para ele, e essa mulher que foi capaz de fazer uma barbaridade dessas, ele era apenas uma