Secrets of a CEO. Capitulo 75

- Anastasia, nao precisa ficar nervosa. - Estamos na sala da doutora Greene. - Se tudo der certo, como eu acredito que vai dar, amanha bem cedo voce ja poderá ir para a casa.
- Doutora, eu vou ficar aqui com ela.
- Senhor Grey, eu acho que não é necessario...
- Desculpe, mas sinceramente nao foi uma pergunta, foi uma afirmaçao. Eu nao posso deixa-la sozinha aqui. - Ela parece assustada com o posicionamento dele.
- Ok... tudo bem, se voce insiste, eu nao vou interferir. Eu pensei em fazermos uma ultrassonografia, para ver como o bebe esta e se voces quiserem, saber o sexo.
- Já é possivel saber?
- A nao ser que voces nao queiram saber agora...
- Sim, eu quero saber. A espera esta me matando. - Ela sorri.
- Entao vamos lá. Vista aquela camisola branca e me espere deitada naquela mesa.
Meu coraçao esta disparado, estou muito anciosa.
- Eu vou colocar o gel. - Um pequeno arrepio percorre a minha espinha assim que o gel entra em contato com a minha pele.
- Senhor Grey, pode se sentar se quiser. - Ele esta em pé.
- Estou bem, obrigado.
- Esse é o bebe. - Ela coloca o dedo na tela, nao da para distinguir muito bem, mas a emoçao que eu sinto é completamente indescritivel! Estou gerando uma vida, o meu bebe, o filho do homem que eu amo.
- E o sexo doutora? - Ele pergunta.
- Só mais um minuto... ai está. - Ela sorri.
- Parabéns, é um menino.
- Menino? - Ele arregala os olhos.
- Sim, é um menino. - Estou rindo e chorando ao mesmo tempo, vou ser mae de um menino.
- Vou ser pai de um menino... - Ele anda de um lado para o outro. - Ela para o procedimento e sussura para mim.
- Vou deixar voces conversarem por um momento... - Ele coloca o aparelho em cima de uma mesinha e sai da sala.
- Cristian? Esta tudo bem? - Ele esta em silencio, cabeça baixa e com as duas maos na cintura. Ele esta feliz? Assustado? Nao sei... nao consigo definir. Ele se vira para mim.
- Um menino Ana... nosso filho.
- Sim. - Eu digo. - Uma miniatura sua. - Ele ri.
- Sim... vai ser um CEO igual ao pai. - Estou rindo.
- Como voce pode ter tanta certeza? - Ele chega mais perto e faz carinho na minha barriga.
- Porque eu vou ensinar tudo a ele.
- E se ele nao quiser seguir a profissao do pai?
- Bom, acho que podemos discutir isso quando ele for mais velho. - Estamos rindo.
- Obrigada por estar aqui, Cristian.
- Nao poderia ser diferente, voce é a mulher da minha vida.
- Com licença. - A doutora esta na porta. - Me desculpem por atrapalhar, mas agora voce precisa mesmo ir para o quarto.
- Claro, mas antes eu quero saber se esta tudo bem com o bebe.
- Ele esta bem, Anastasia. Só que voce ainda esta muito fraca. - Estou tao feliz de saber que o nosso bebe esta bem, isso da forças e vontade de me recuperar logo.
Estou deitada na cama, a enfermeira ainda nao começou a aplicar os remédios. Cristian esta em pé ao meu lado, observando tudo como uma águia.
- Enfermeira, o quem tem nesse soro? - Ele questiona.
- Um composto de vitaminas Senhor Grey, foi necessario interna-la porque esses medicamentos tem o efeito mais rapido se forem aplicados diretamente na veia. Nao se preocupe, nao tem nada que podera fazer mal ao bebe ou a Senhorita.
O Senhor, vai ficar com ela?
- Sim, eu vou passar a noite aqui. - Ele segura minha mao.
- Tudo bem. - Ela sorri. - Anastasia, voce nao vai dormir de imediato, pois é apenas um soro e nao uma anestesia geral, porém, pode se sentir sonolenta ao longo do tempo.
- Ok. - Eu digo.
Nos primeiros instantes eu nao me senti tonta, nem sonolenta, para falar a verdade nao senti absolutamente nada. Só que aos poucos eu fui me rendendo ao sono.

Abro os olhos bem devagar e sinto a impressao de que tem alguem observando pelo pequeno quadrado de vidro que fica na porta do quarto, levanto um pouco o meu corpo da cama, Cristian esta dormindo na poltrona. Caminho devagar na direcao da porta, puxo a maçaneta e abro devagar.
O corredor do hospital esta vazio, apenas as luzes acesas, nao há sinais de enfermeiras. Talvez seja mellhor voltar, repito a mim mesma, mas espere um pouco...O que eu estou fazendo deitada lá se eu estou bem aqui, em pé, ao lado da porta? Meu corpo esta sereno na cama, caminho até ele, sem entender absolutamente nada do que esta acontecendo. Fico parada me observando, isso é a coisa mais assombrosa que ja me aconteceu, será que... estou morta? Vejo quando Cristian levanta e vem na direçao da cama, para e toca meu braço.
- Cristian? Esta me vendo? - Eu digo. - Eu estou aqui! Voce pode me ver?
- Me desculpe... - Ele olha nos meus olhos. Espere, entao ele pode me ver.
- Voce esta me vendo? O que esta acontecendo? - Eu pergunto.
- Nao posso deixar voce estragar tudo... esse bebe, voce na minha vida... Nao quero deixar de existir. - O que? Eu nao entendo o que ele esta dizendo.
- Existir? Do que voce esta falando? - Uma faca surge nas mãos dele, e dessa forma golpeia a minha barriga se pensar duas vezes.
- Não! - Dou um pulo da cama.
- Ana? - Cristian salta do sofá e vem em minha direçao.
- Ana? O que houve? Voce esta bem?
- Eu... - Foi um sonho... ou melhor, um pesadelo. O que significa?
- Tive um pesadelo horrivel.
- Calma, eu estou aqui. - Ele senta na beirada da cama e me acolhe em seus braços. - Voce esta tremendo, eu vou chamar a enfermeira. - Ele aperta a campanhia.
O que significou isso? Cristian jamais me faria mal, jamais faria mal a essa criança. Foi muito real, mais real do que eu poderia imaginar.
- Boa noite, sou a enfermeira Rachel. Senhor, o Senhor nao pode ficar sentado na cama hospitalar, por favor.
- Ela acordou muito assustada, esta tremendo... - Ele nao gostou nada do comentario dela.
- Eu sei que esta preocupado, mas é melhor que o Senhor se sente ali e me deixe examina-la.
Nao consigo tirar esse pesadelo da minha cabeça, isso tem que ter algum significado, eu preciso falar com alguem, preciso que alguem me de uma luz.