Secrets of a CEO. Capitulo 86

- Você está de brincadeira! – Ela grita.
- Não, Kate. Estou falando sério, vou me casar.
- Ana... estou simplesmente sem palavras! Você já contou para a sua mãe? Já contou para alguém? Meu Deus, temos que ver o vestido.
- Meus pais já sabem, Cristian contou...  Aliás, ele pediu a minha mão. – Ela ri.
- Não acredito!
- Eu fiquei mais ou menos assim quando eu fiquei sabendo.
- Estou muito feliz mesmo, Ana. Você e o Cristian já passaram por muita coisa, merecem essa felicidade toda!
- Nem me fale, foram tantas coisas. Eu nem acredito que depois disso tudo finalmente vamos poder viver em paz. Eu, ele e o bebe.
- O que você acha de nos encontrarmos para que você possa me contar melhor sobre tudo?
- Eu acho ótimo! Estou precisando sair um pouco, você pode agora?
- Claro! Pode ser no lugar de sempre? Eu posso passar te buscar...
- Não precisa, eu te encontro lá em quinze minutos.
- Tudo bem, te espero.
- Até mais.
Visto rapidamente o primeiro vestido que encontro, dou uma última checada no espelho e pego a bolsa.
- Eu preciso que esteja aqui ainda hoje. – Chego perto da porta e escuto que ele está falando com alguém.  – Não... de jeito nenhum. Pague o que for preciso, Andreia. Eu preciso disso.  – Apareço na porta, ele faz sinal para que eu entre.
- Tudo bem, me mantenha informado. – Ele desliga. – Vai sair?
- Eu vou me encontrar com a Kate aqui perto.
- Vai dirigir? – Ele pergunta.
- Sim, algum problema? -  Ele sorri.
- Não, apenas vá com cuidado. – Ok, eu acho que ele não está bem.
- Vai mesmo me deixar dirigir?
- Você vive me dizendo que você precisa da sua liberdade, não é?
- Sim... e eu acredito que se você está me deixando fazer isso é porque confia em mim o suficiente.
- Sempre, Senhorita Steele.  Só não demore para voltar ou eu mando alguém atrás de você.
- Muito engraçado. – Vou até ele, dou um beijo e saio. Se eu ficar mais algum tempo, ele vai impor mais alguma coisa.
Saio devagar assim que a porta do elevador se abre. Olho de um lado para o outro, não vejo Taylor. Dou uma corridinha até o carro, nem acredito que finalmente eu vou poder ligar o meu carro, colocar uma música legal e dirigir sem nenhum tipo de problema.
Assim que faço uma parada, em uma esquina próxima, vejo um carro preto bem familiar parado. Eu conheço esse carro, esse carro é do Taylor, tenho certeza. Encosto rapidamente, desço e vou na direção do carro. Não consigo ver quem está dentro, mas começo a bater no vidro do motorista.
- Taylor, eu sei que é você. Pode abrir o vidro, por favor. – Depois de mais umas três batidas o vidro se abre.
- Senhorita Steele. – Estou furiosa.
- O que você faz aqui?
- Eu... estou atrás de algumas coisas que o Senhor...
- Não precisa de explicações. Cristian pediu para que você me seguisse, eu sei disso. Pois diga a ele que eu sei me virar muito bem sozinha.
- Senhorita, ele só...
- Não tente defende-lo, Taylor. Eu vou entrar naquele carro, vou encontrar com a Kate e você vai voltar para a casa.
- Senhorita, eu tenho ordens...
- Se você voltar a me seguir, diga ao Cristian que eu não volto mais para aquele apartamento. – Ele arregala os olhos.
- Não sou como as outras, Taylor.
- O Senhor Grey apenas se preocupa com a Senhorita.
- Diga a ele que eu estou bem, diga que eu cheguei no encontro com a Kate.
- Eu não posso...
- Taylor, diga que eu cheguei e pedi para que você fosse embora. Preciso ir e não quero que você me siga, entendeu?
- Ok, eu irei voltar e dizer ao Senhor Grey.
- Assim é melhor. Você pode não entender, Taylor, mas para mim é importante. – Ele sorri.
- Se a Senhorita precisa, me ligue.
- Não vou precisar, fique tranquilo. – Me certifico de que ele realmente vai embora e volto para o carro.
- Anastasia. – Essa voz... eu conheço. – Ei, não está me ouvindo? – É Maicon.
- O que... você... – Ele ri.
- É esse tipo de reação que eu causo nas mulheres. Eu vim cobrar, meu amor.
-  Se você tentar alguma coisa eu vou gritar. – Ele ri novamente.
- Então grite.
- O que você quer? Não deveria estar andando por aqui, você é procurado pela polícia! – Ele olha de um lado para o outro.
- Está vendo alguma polícia aqui? É, eu acho que não. Agora você vai ficar como uma boa menina e vai entrar no carro.
- Não vou fazer o que você quer.
- Você vai sim, se quiser ver a sua amiguinha Kate viva, você vai.
- Kate! O que você fez? – Estou rindo. – Você está blefando.
- Experimente não entrar nesse carro e você vai ver o que vai acontecer com a sua amiguinha linda. Acha que eu estou blefando? – Ele me encara.
- Tudo bem, tudo bem... – Ele está com um cara alto, acompanhando ele.
- Assim é melhor. – Ele sorri. – JD, ajude a nossa amiga a entrar no carro. – Estou apavorada! Se acontecer alguma coisa com a Kate, eu morro.  Eu entro no banco de trás com o outro cara, Maicon dirige.
- Acho melhor que a nossa amiga não veja nada, JD. – Ele tampa minha boca com uma das mãos, eu simplesmente não consigo gritar e as tentativas de bater com os pés no vidro são em vão. Maicon molha um pano branco em um liquido que eu não faço ideia do que seja e entrega ao cara. Ele pega o pano e coloca no meu nariz, sinto que a minha vista escurece, não vejo mais nada.

Acordo ofegante, mas ainda estou enxergando tudo embasado, um pano está encobrindo a minha cabeça, é difícil respirar.
- Você é maluco? Que porra você foi fazer?
- Eu sei o que eu estou fazendo, Alice. Vai dar tudo certo.  – Alice! Ela está junto com ele? Como é possível?
- Ei, JD. Parece que alguém acordou.  – Ele tira o pano da minha cabeça. Não faço a menor ideia de onde estou, só sei que é um lugar frio e tem cheiro de mofo.
- Aonde estou? O que vocês estão fazendo? – Minhas mãos estão amarradas.
- Como você é ridícula. – Ela ri, enquanto acende um cigarro.
- Acha que o Cristian não virá atrás de mim?
- Sua vagabunda! Eu deveria...
- Não, Alice! – Maicon entra na frente dela. – Combinamos que ninguém iria machuca-la.
- O que você não sabe, minha querida. É que nós temos um plano perfeito. – Ela diz.
- Plano? Maicon, pelo amor de Deus! Você precisa me soltar. Eu... eu estou gravida. – Ele se abaixa e chega bem perto de mim.
- Eu sei meu amor, eu sei disso. Será o nosso filho. – Ele está completamente louco.
- Não é o seu filho... – Estou desesperada. É como um sonho ruim, do qual você não consegue se livrar.  – Você acha mesmo que o Cristian não vai me procurar?
- Ele não vai procurar, minha linda. Até porque não há como procurar uma pessoa que já morreu.
- Maicon, pelo amor de Deus! O que ela quer dizer? O que está acontecendo?
- Ana, amor... – Ele segura meu rosto com força. – Nós já resolvemos tudo, meu amor. Já sabemos como vamos ficar juntos para sempre.  Escute só o meu plano, você vai amar. JD, coloque ela sentada. – Ele me agarra e me coloca sentada em uma cadeira velha de madeira.
- A essa altura, seu carro já está no fundo de algum abismo, rio ou algo assim. – Eles estão rindo. – Calma, amor... não chore. – Ele acaricia meu rosto. – Escute o resto da história, é realmente fantástico. – Seu carro simplesmente desaparece, e quando todos forem procurar, você estará morta. É um plano perfeito, eu sou um gênio. Eu vou lucrar, a Alice vai lucrar e você também, vamos poder viver juntos para sempre.
- Isso nunca vai dar certo. – Ele dá uma bofetada no meu rosto.
- É muito feio interromper. Deixe-me continuar. Eu já tomei todas as minhas precauções. Não precisa se preocupar com nada meu amor, será impossível localizar o seu corpo. Eu já tenho pessoas o suficiente para fazer tudo parecer real.
- Você está louco! Cristian nunca vai permitir que isso fique sem resolução!
- Ele vai permitir sim, até porque vão localizar uma prova incontestável de que você estava dentro do carro.
- Prova?
- Não está sentindo falta de nada no seu pescoço, minha querida. – Passo a mão no meu pescoço e não sinto a correntinha que Cristian me deu.
- Não se preocupe, amor. Essa correntinha vai ser encontrada no local do acidente. – Ele ri. – Não vai ser de partir o coração ver a cara do Grey quando souber que a namoradinha e o bebe estão mortos?
- Por favor! Me solte! – Eu grito, berro o mais alto que consigo, mas simplesmente não tenho forças.
- Não se preocupe, queridinha. Eu vou consolar o Cristian, ele vai ficar muito bem. No começo vai ser difícil, mas depois ele vai ver que foi o melhor, eu vou fazê-lo enxergar isso – Ela ri.
- Amor, você vai ter que dormir mais um pouquinho, ok. – Ele volta novamente em minha direção com aquele pano.
- Não! Maicon! Não, por favor. – Não vejo mais nada.