Secrets of a CEO. Cap 127

Ele gosta do poder. Ele gosta de saber que todos a sua volta vão fazer o que ele quiser, só é necessário mandar. Depois de um voo muito tranquilo chegamos em Vancouver
- Já tem um carro nos esperando. - É claro que sim. Primeira vez que nós estamos juntos longe de tudo e apesar de todas as minhas preocupações eu estou feliz. Vamos ficar no Heathman Hotel, é o melhor, na opiniao do Cristian.
O tempo em aqui é completamente instavel, uma hora parece que o sol vai aparecer e no mesmo tempo as nuvens insistem em tomar conta.
- Está bem? - Ele pergunta assim que chegamos no hotel.
- Sim, estou bem.
- Vou acertar algumas coisas lá embaixo, volto logo.
- Achei que alguem iria fazer isso para você. - Ele sorri.
- Nem sempre, baby. - Ele me beija e sai do quarto. Não sei se ele estava se referindo a alguma coisa na recepção ou a algum problema da empresa.
Preciso saber alguma coisa sobre a Kate, alguma noticia, qualquer coisa. Só tem uma pessoa que pode me ajudar. Se Cristian souber que estou me envolvendo mais nisso ele me mata.
- Flynn, como vai?
- Anastasia? Que surpresa.
- É... Sei que fiquei afastada por um tempo.
- Sim, algum tempo. Como estão as coisas?
- Na verdade, não estão muito boas.
- Alguma coisa com o bebe?
- Não... Nós estamos bem. Flynn, eu preciso da sua ajuda.
- Se eu puder ajudar...
- É a Kate, minha amiga. Elliot, o irmão do Cristian, ele... arrumou outra pessoa.
- Eu imagino que deve estar sendo dificil.
- Olha, eu não posso falar e explicar muita coisa. A unica coisa que posso dizer é que a pessoa com quem Elliot está é a Carly. - Ele fica mudo por algum tempo.
- Flynn?
- Desculpe, é que... Eu pensei que ela tivesse sumido. Ana, eu preciso saber como voce quer que eu ajude.
- Preciso que voce tente ter noticias da Kate. Eu não consigo falar com ela, ela não quer me ver de jeito nenhum. Ela pensa que eu sabia e quis esconder tudo.
- Entendo.
- Eu estou em Vancouver, Cristian quis me afastar um pouco das coisas, eu nem deveria estar te ligando.
- Ana, eu vou tentar contato, me aproximar. A partir do momento que eu conseguir qualquer informações eu aviso você.
- Muito Obrigada, Flynn.
- Não precisa me agradecer, nos vemos.
- Até logo. - Eu desligo.
Flynn é a unica pessoa que pode me ajudar agora, eu me sinto mal por esconder isso do Cristian, mas eu não posso deixar a Kate sozinha, não agora. Alguem está batendo na porta.
- Senhora Grey? - Provavelmente um funcionário do hotel. Está com um buque de rosas vermelhas.
- Sim.
- Essas rosas são para a Senhora.
- Obrigada.
- Aproveite a sua estadia em Vancouver, Senhora.
- Obrigada. - São todos muito educados por aqui.


Viver a liberdade, amar de verdade, só se for a dois... nós dois. Eu te amo, esposa.

Cristian Grey


Nunca tinha ouvido essa citação. Meu coração chega a ficar acelerado de pensar em tudo o que eu estou vivendo. Sou sua esposa, sou a Senhora Grey, estou esperando um filho dele.
- Nossa. - Eu digo a mim mesma sentando na beirada da cama.
- Com licença. - Tão sorrateira, me lembra a Senhora Jones, mas quem é?
- Quem é você? -
- Desculpe, Senhora. Eu não quis assusta-la. Sou Ester, vou ajuda-la. - Vou ter uma empregada aqui? É isso mesmo?
- Cristian mandou você? - Ela sorri.
- Na verdade, eu trabalho no hotel madame.
- Não, não... Olha, para começar. Não precisa me chamar de madame, por favor. Me chame de Ana ou Anastasia.
- Me sentiria mais confortavel a chamando de Senhora.
- Ok, mas sem madame. - Ela ri.
- Tudo bem, Senhora.
- Sabe aonde está o Senhor Grey?
- O Senhor Grey está na recepção, Senhora.
- Ótimo.
- Senhora, vou guardar suas malas. - Senhora, senhora.... é estranho.
- Eu posso fazer isso, não se preocupe.
- É o meu trabalho, Senhora.
- Sim... Me desculpe.
- Ana? - Ele aparece na sala, parece animado, mais do que estava quando chegamos.
- Gostei das flores. - Ele passa os braços em volta da minha cintura.
- Que bom que gostou. Eu tenho uma noticia.
- Posso saber qual?
- O hotel vai relizar uma festa de gala hoje a noite, em prol de alguma instituição. Fomos convidados.
- Nossa, quanta honra. - Ele sorri.
- Não pense que eu ja sabia disso, acabaram de me dar essa informação na recepção. - Com toda a certeza de que ter Cristian Grey no elenco vai alavancar a situação.
- Falando nisso, não precisamos de uma pessoa para me ajudar aqui, Cristian.
- Do que está falando?
- Ester, Cristian. A mulher que esta aqui.
- Eu não quero que você faça nada. Isso é uma viagem para que você descanse. Não se preocupe com nada. O hotel oferece este serviço, com certeza é a melhor opção, Ana.
- Com licença, Senhor e Senhora Grey. Já guardei a maioria das coisas, mas preciso de um auxilio. Vou acionar uma colega, se me permitem.
- Claro, obrigado. - Ele diz.
- Precisam de mais aguma coisa?
- Não, obrigado.
- Se precisarem de mim, estou à disposição.
- Obrigada, Ester. - Eu digo.
- Com licença. - Ela sai.
- Cristian, eu não trouxe roupa para festas desse tipo.
- Isso não é o problema.
- Não? Você quer que eu vá para a festa de camisola? - Ele franze a testa.
- Tenho certeza de que não era isso que eu tinha em mente, Senhora Grey. Podemos providenciar uma roupa. - Assim que ele termina de falar meu celular toca, é o Flynn. Como vou atender? Como vou falar com ele? Calma, Anastasia! Calma.
- Anastasia. - Eu digo, tentando manter a calma. Ele fica ali, me observando. Jeito Cristian.
- Ana, consegui falar com a sua amiga.
- Que ótimo. - Eu digo. Nem acredito que ele conseguiu!
- Não tenho boas noticias. Ela não está bem, Ana. Precisa de ajuda. - Não, Kate. Ela não.
- E como você conseguiu?
- Cristian está ai, não esta? Por isso voce está estranha?
- É... - Estou rindo. - É isso mesmo.
- Ana, eu vou tentar conversar com a sua amiga. Uma pessoa como ela não pode ficar sozinha naquela apartamento, ela pode fazer uma loucura. Eu vou tentar fazer de tudo para ajudar.
- Obrigada, obrigada mesmo. Depois nos falamos.
- Ate mais. - Ele desliga.
Merda! Kate está em perigo! Ela está sozinha, está precisando de mim.
- Quem era? - Ele pergunta.
- Minha mãe. - Sério?
- Sua mae?
- Sim, assunto de mulher, Cristian. - Ele ri.
- Tudo bem, não está mais aqui quem perguntou. Gostaria de sair um pouco?
- Cristian, você tem noticias da Kate?
- Ana...
- Só quero saber, Cristian.
- Ela... ela está bem. Alias, está otima.
- Otima? - O que eu mais temia. Ele esta mentindo. Ele quer me afastar das coisas, quer me poupar.
- Sim. Eu disse para você que ficaria tudo bem. - Bem? Cristian Grey! Eu vou matar você. - Não quero que você fique preocupada com isso, e tambem...
- Como se atreve a mentir para mim dessa forma? - Ele para. Nem eu mesma acredito que disse isso.
- Mentir? - Ele sorri. - Como assim, Ana?
- Eu sei que a Kate nao esta bem, Cristian! Como eu pude ser tão burra...
- Ana, eu não estou entendendo.
- Eu falei com o Flynn. Sei que a Kate está muito mais muito mal com tudo o que aconteceu.
- Flynn? Espera ai! Como assim falou com o Flynn? Quando?
- O fato aqui não é esse! Você inventou que a Kate estava bem só para me poupar, Cristian! Como pode?
- Ana, eu só não queria ver voce sofrendo, prejudicando o bebe...
- Mentindo para mim?
- Você tambem mentiu! Falou com o Flynn sem me consultar!
- Kate é a minha amiga, Cristian. Sabe como está dificil para mim estar aqui sabendo que ela está sozinha, sofrendo?
- Me desculpe. - Ele está sendo sincero. Eu percebo que ele estava fazendo força para esconder aquilo. - Eu apenas queria poupar voce disso, voce tem razão, Ana. Eu realmente não tinha boas noticias e não quis te dizer.
- Então voce sabia?
- Eu pedi para que a Senhora Jones fosse até lá, tentasse ao menos falar com ela, mas as respostas foram negativas. Eu me sinto responsável de qualquer forma, foi meu irmão que causou isso.
- Você tem culpa pelas ações dele. Nós dois erramos, Cristian. Pedi ajuda do Flynn por impulso. Você errou por tentar me poupar de uma coisa na qual eu não quero ser poupada. Eu sei que estou gravida e tenho minhas restrições, mas voce sabe como eu odeio quando me escondem as coisas.
- Me desculpe, eu não deveria ter feito as coisas dessa forma. Vou ligar para o Flynn.
- Você vai? - Ele não esta furioso? Eu achei que ficaria.
- Sim, a unica pessoa que pode ajuda-la nesse momento é ele.
- Eu vou agradecer imensamente se voce fizer isso.
- Jura? - Ele se aproxima.
- Sim, eu juro.
- Pode começar indo comigo a festa.
- Posso pensar, Senhor Grey. - Ele ri.
- Só mais uma coisa, Senhora Grey.
- Sim, Senhor Grey.
- Não era a sua mae que estava ao telefone não é mesmo? - Fico vermelha no mesmo instante.
- Não, não era a minha mãe.
- Flynn. - Isso não foi uma interrogação, foi uma certeza.
- Sim.
- Vou entrar em contato com ele e dizer para tentar falar com ela, conversar... Talvez isso amenise um pouco a dor. Você sabe que é a unica coisa que podemos fazer, não sabe?
- Sei... apesar de que temos as gravações...
- Ana, essas gravações infelizmente não serviram como prova. Você viu o Elliot... É uma coisa da qual eu nunca vou entender.
- Se voce prometer que vai entrar em contato com o Flynn, eu fico mais tranquila e aproveito a viagem. - Ele sorri.
- Proposta aceita.

Estou no quarto descansando as minhas pernas. Agora, a barriga ja esta começando a me deixar um pouco cansada e se eu realmente vou aquela festa preciso estar relaxada. Cristian encontrou um velho amigo, eu o convenci a sair e beber alguma coisa. Ele vive muito preocupado comigo, precisa ter um pouco de convivio social com outras pessoas.
- Com licença, Senhora.
- Pois não, Ester.
- A Senhorita Nancy está na sala.
- Senhorita Nancy? - Não faço ideia de quem seja.
- Ela trouxe os vestidos, Senhora.
- Ah sim, entendi. Pode mandar entrar, por favor.
- Olá, Senhora Grey! Que prazer. - Gostei dela logo de cara, me parece muito simpática. - Sou sua personal stylist enquanto estiver em Vancouver.
- Obrigada por vir, meu marido surgiu com essa festa de ultima hora entao... - Ela ri.
- Os eventos dos nossos maridos sempre são assim não é mesmo?
- Você tambem frequenta esses eventos?
- Bom... - Ela coloca algumas malas na cama. - Meu marido é socio da Grey Interprises Holdings, então...
- Está falando sério? Sou esposa do Senhor Grey, dona da Interprises.
- Meu Deus! - Ela ri colocando a mão na boca. - Eu nem me atentei ao sobrenome. Anastasia, é isso?
- Sim, sou eu mesma.
- Eu tenho alguns modelos lindos, eu ja trouxe modelos para gestantes para que voce prove, mas se quiser algo da revista nós providenciamos logo. - É tão ter outra mulher para conversar.
- Tudo bem, está ótimo.
Para minha surpresa um vestido é mais lindo do que o outro.
- Esse aqui é maravilhoso, Ana. O tom é azul turquesa, ele possui apenas uma manga, é diferente. Mais justinho e possui uma fenda que deixa a perna a mostra. By Versace, meu amor.
- É maravilhoso!
- Gostaria de experimentar? - Ela pergunta.
- Sim, por favor.
Me sinto maravilhosa com esse vestido. É simplimente perfeito.
- Você está fantastica! Na minha opinião nem precisa provar outro. Está sexy e mae ao mesmo tempo. - Ela ri.
- Acha mesmo que eu fiquei bem, Nancy?
- Não ficou bem, ficou perfeita. Agora só falta um par de escarpins assinados por Christian Louboutin.
- Tudo isso deve ser bem caro. - Ela para. - Ainda nao se acostumou não é mesmo?
- Para falar bem a verdade, não.
- É dificil, mas você acostuma com o tempo. Mesmo depois de casada eu nunca consegui abrir mao da minha independencia.
- Continuou a trabalhar?
- Sim, como personal stylist. É o que eu gosto de fazer. Por mais que meu marido insista, eu não consigo.
- Eu pretenso voltar, mas como eu preciso fazer repouso pela gravidez...
- É melhor esperar, aproveite que tem condições para isso.
- Você tem razão.
- Eu posso ajudar voce a se arrumar se não se importar.
- Claro, eu preciso mesmo de ajuda.
Estou pensando a todo momento se Cristian ligou para o Flynn, falando nisso ele deve estar se divertindo, pois esta demorando para voltar.
- Querida, o que voce acha do cabelo? - Estou paralisada enquanto o cabeleireiro que trabalha com a Nancy meche no meu cabelo.
- Eu acho que deve ser preso. Isso vai prezar os detalhes do vestido. Coque baixo.
- O que acha querida?
- Eu acho otimo. Gosto do meu cabelo preso. - Ele sorri.
- Todo mundo de acordo, que maravilha!
Eu não faço ideia a qual instituição pertence essa festa, preciso me inteirar do assunto. Depois posso fazer algumas perguntas ao Cristian.
- Querida. - Estou me encarando no espelho, enquanto eles estao atrás de mim.
- Sério... Você está simplismente deslumbrante!
- Vocês tem certeza?
- Querida... - Ele diz. - Estou sem palavras.
- Bom, Ana, já estamos indo. Já está tudo pronto.
- Muito obrigada por tudo, não sei o que seria de mim sem vocês. Eu não trouxe nada desse tipo para usar...
- Não nos agradeça, enquanto estiver aqui em Vancouver serei sua sombra. - Ela ri.

Estou ali na sala, esperando ele chegar. Será que ele vai gostar? Talvez eu esteja arrumada demais para a ocasião...
- Ana? - Ele está congelado na porta. Não diz nada, apenas me observa.
- Cristian?
- Ana. - Só isso.
- Cristian... Por favor, diga alguma coisa!
- O que eu deveria dizer? - Ele sorri.
- Não sei... qualquer coisa!
- O que me deixa mais... - Ele pensa na palavra. - Irritado, é saber que eu vou ter que aguentar os olhares para você a noite toda.
- Estou gravida, Cristian. Ninguem vai me olhar.
- Acredite, vão olhar. E eu vou ter que aguentar isso. É... sera uma missão dificil.
- Você está querendo dizer que eu estou bonita?
- Bonita? - Finalmente ele se move e vem em minha direção. - Nenhuma palavra no mundo pode definir, Ana. Nenhuma é o suficiente. Não posso acreditar que você é minha.
- Sou toda sua.
- Eu ficaria aqui, parado, olhando você a noite toda. Ual...
- Nancy foi muito gentil.
- Você é perfeita, Anastasia. P.e.r.f.e.i.t.a - Ele sussura cada palavra lentamente. Pelo visto acertei na escolha.