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Secrets of a CEO. Cap 129







Sei que posso estar sendo completamente injusta com ele nesse momento, mas a verdade é que eu não quero ver ninguém.
Eu fui uma pessoa negligente nessa gravides, eu não fiz o que eu deveria ter feito, passei por emoções nas quais eu não deveria ter passado e a possessividade do Cristian só piorou as coisas. Não deveria ter vindo para essa viagem.
Meu bebe, meu filho, está nessa situação por minha causa! Como ninguém veio aqui e me posicionou sobre nada ainda?
- Com licença, Senhora Grey.
- Meu filho, doutor! Como ele está? Ele...
- Calma, por favor, calma. Sou o doutor Robert, eu estava de plantão quando você chegou.
- Como está o meu filho?
- Seu filho está na incubadora recebendo todo o tratamento necessário para que fique bem logo, não se preocupe.
- Quanto tempo?
- Senhora Grey...
- Quanto tempo? – Eu pergunto novamente, mas dessa vez com um tom um pouco mais autoritário.
- Eu não tenho como informar um prazo especifico para a Senhora, estaria mentindo se fizesse. Todos os bebes que nascem prematuros correm riscos.
- O que aconteceu comigo?
- Bom você teve uma HPIV esquerda, o que chamamos de hemorragia Peri-intraventricular Grau I. Sua pressão subiu muito, entre outros fatores, tivemos que induzir o parto, Senhora Grey. – As palavras saem da boca dele como um soco no meu estomago.
- Eu quero ver o meu filho.
- No momento eu creio que não será possível. Ele não pode sair de onde está e a Senhora não pode se levantar.
- Eu exijo ver o meu filho! – Ele me olha e depois senta ao meu lado na cama.
- Me escute, eu sei que está alterada, que está nervosa e se sentindo até culpada por tudo o que aconteceu. Mas acredite isso não vai levar você a nada. Essa criança precisa de uma mãe precisa de cuidados. Se você não se cuidar, ele não vai ter uma mãe por perto, você consegue entender o que eu estou querendo dizer, não consegue?
- Minha situação é grave?
- Sim, é grave. Você perdeu muito sangue. Não tem se alimentado bem nos ultimos dias e só pela conversa que eu tive com o eu marido eu percebi que vocês passaram por muita coisa na vida.
- Sim, passamos.
- Ele está devastado com tudo isso que está acontecendo. Não vou questionar se houve algum motivo pelo qual aconteceu isso, mas eu acredito que seja o que for vocês vão resolver.
- Ele está La fora? – Ele sorri.
- Não só ele, mas varias pessoas que eu acredito que sejam da familia.
- Doutor, poderia me fazer um favor?
- Claro.
- Poderia verificar se minha mãe está entre eles? Ela se chama Carla.
- Sim, eu volto logo. Não se esqueça, precisa descansar. Vou deixa-la entrar, mas não se altere.
- Tudo bem.
Todos vieram para Vancouver. Cristian deve ter mandado o jatinho da empresa para busca-los. Eu não queria que isso estivesse acontecendo. Era para ser um momento de extrema felicidade. Eu sei que meu filho nasceu que apesar de todos os problemas, ele está vivo e vai se recuprar. Mas eu não consigo me livrar desse sentimento de culpa que está me atormentando.
- Filha? – Ela aparece na porta, e ao mesmo tempo eu desabo.
- Mãe. – Coloco minhas duas mãos no rosto. Ela se aproxima, sentando na cama rapidamente.
- Anastásia, querida, por favor...
- Mãe, isso é tudo culpa minha.
- Não, por favor! – Ela balança a cabeça discordando totalmente do que eu estou dizendo.
- Eu deveria ter feito tudo o que a doutora Greene disse, eu deveria ter ficado em Seattle...
- Nada disso justifica filha. Isso não é culpa sua, você sabe que as coisas acontecem porque tem que acontecer. E além do mais, ela autorizou a sua viagem, não havia problema. Agora, se não se importa, eu gostaria de saber o que aconteceu com você e com o Cristian.
- Dentre tantas preocupações... – Eu encosto a cabeça do travesseiro.
- O que houve?
- Cristian tem um ciúme excessivo, mãe.
- Quem é Richard Marvel? – Como ela sabe?
- O que?
- Eu tive uma conversa com o Cristian lá fora.
- Não foi nada, mãe. Eu apenas me interessei pela ideia da ONG no qual ele é o responsável, eu pensei que não seria nada demais dançar com ele. Cristian foi grosso, o tratou de uma forma horrível.
- Eu sei que você não teve intenção nenhuma de arrumar isso, e sei também que não queria colocar ciúmes nele. Mas filha, Cristian é um homem. É claro que diante de uma situação dessas ele iria agir dessa maneira e...
- Agir dessa maneira? Ele me pegou no colo no meio de centenas de pessoas e me arrastou para fora como se eu fosse uma criança. – Ela arregala os olhos. – Sim, é isso mesmo que você está pensando. – Eu digo.
- Anastásia, não é o momento disso. Olha a situação pela qual vocês estão passando! Ódio, rancor, não faz bem. O bebe precisa de amor nesse momento.
- Você tem razão, mãe. Por favor, pode chamar o Cristian? Eu acho mesmo que nós precisamos conversar.
- Vou chamar, mas somente cinco minutos, ok?
- Ok.
Respiro fundo. Minha mãe tem razão, por mais raiva que esteja sentindo, tenho que pensar no meu filho que é o mais importante agora. Depois de algum tempo, ele entra no quarto. Ainda está com a roupa da festa para o meu espanto. Seu cabelo está bagunçado e seus olhos estão muito vermelhos, ele chorou?
- Eu chamei você aqui porque eu devo um pedido de desculpas e...
- Não, Ana. Você não me deve um pedido de desculpas. Eu é que... – Ele esfrega os olhos. – Eu fui um imbecil, um idiota! Eu quase... Eu coloquei você e a vida do bebe em risco, eu fui negligente.
- Isso não é culpa sua, me perdoe se em algum momento eu fiz parecer que fosse.
-Eu não sei o que aconteceu comigo, eu perdi completamente a cabeça quando vi aquele cara perto de você, querendo dançar com você.
- Acredite em mim, eu não queria causar ciúmes em você Cristian. Mas o seu comportamento me deu muita raiva! Quando você fica com raiva de mim, ou mesmo quando fica bravo, você me trata como no inicio, como se eu fosse uma das suas submissas. – Eu sinto que ele não esperava ouvir isso.
- Não é isso, eu não tenho raiva de você. Eu jamais trataria você assim.
- Só que é exatamente assim que eu vejo. – Ele senta ao meu lado, segura minha mão e faz carinho no meu cabelo.
- Eu tive tanto medo, Ana. Sem você... – Ele abaixa a cabeça. – Eu não sou absolutamente nada sem você. Quando você não está por perto é como se a minha vida não fizesse sentido nenhum. Alias, eu acho que antes de conhecer você eu estava vivendo apenas por estar. Agora só de pensar que nosso filho está assim...
- Por favor, Cristian. Ele vai ficar bem, ele precisa de nós. E eu... Eu preciso de você! – Nossos olhos finalmente se encontram da mesma maneira do dia em que nos casamos.
- Eu sempre vou estar aqui. Eu sei que tenho meu jeito torto, mas prometo me esforçar para ser o que você quiser que eu seja.
- Você não tem que ser essa pessoa, Cristian. Você é perfeito, do jeito que é. Eu me apaixonei por você do jeitinho que você é.
- Você precisa ver como é lindo, Ana...
- Você o viu?
- Sim, eu o vi pelo vidro. O médico disse que ainda não é bom que receba visitas dentro do quarto. – Toda vez que eu me lembro de que o meu pequeno está sozinho naquele quarto... – Amor, não chore. Logo vamos estar juntos.
- E se ele não conseguir Cristian...
- Não diga isso. Ele vai conseguir, nós estamos aqui. Eu estou aqui, vou sempre proteger vocês.
- O médico disse que eu não posso vê-lo, pelo menos não por enquanto.
- Ele me disse isso, inclusive que a Senhora precisa de repouso absoluto. Eu decidi que vamos ficar em Vancouver até você e o bebe ficarem bem.
- Cristian, mas isso pode levar muito tempo. Eu entendo que você tem o seu trabalho...
- Ana acha mesmo que eu quero saber disso com você e o nosso filho no hospital?
- Você pode até não querer, mas sabe que eles precisam de você.
- Fique tranquila, eu posso resolver isso estando aqui na cidade. Eu tenho pessoas de confiança, que como eu já disse milhões de vezes, estão sendo muito bem pagos para resolverem assuntos na minha ausência.
- Vamos ficar no hotel?
- Já estou providenciando isso.
- Como assim? – Ele respira fundo. Eu sei que ele não gosta muito de ficar dando detalhes dos seus planos.
- Meu pessoal já está a procura de uma casa. Não tenho cabeça para isso agora.
- Você vai comprar uma casa em Vancouver somente para esse período?
- Não vamos ficar em um Hotel todo esse tempo, e eu acho que não seria uma má ideia termos uma casa aqui. Já providenciei para que Taylor e a Senhora Jones venham para cá. Os outros funcionários vão ficar no em Seattle.
- Com licença, Senhor Grey. Desculpe-me, mas a Senhora Grey precisa descansar.
- Sim, claro. – Ele se aproxima e diz bem baixinho. – Gostaria que soubesse que eu vou voltar a ter as consultar com o Flynn.
- Está falando sério? – Estou surpresa que ele tenha tomado essa decisão.
- Sim, estou.
- Sabe que não precisa fazer isso por mim, não sabe? Ele se vira para o doutor.
- Doutor, eu quero ficar aqui com a minha esposa.
- Senhor, eu creio que...
- Com quem eu devo falar para isso ser possível?
- Senhor Grey, não é uma questão de falar. A Senhora Grey precisa de repouso, absoluto. Isso inclui dormir um pouco.
- Por favor, doutor. Eu gostaria que o meu marido pudesse me fazer companhia. Estou me sentindo muito angustiada e a presença dele aqui me acalma e faz com que eu me sinto muito melhor. – Cristian sorri para mim.
- Tudo bem, eu vou abrir uma exceção para vocês. Mas Senhor Grey, por favor, deixe que ela durma.
- Sim, Doutor.
- Qualquer coisa que precisarem é só tocar a campainha.
- Obrigada. - Ele sai, nos deixando sozinhos novamente.












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