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Secrets of a CEO. Cap 132


- Ana, você terá que me prometer uma coisa.
- O que?
- Que não vai se preocupar tanto com o sonho que teve.
- Você acredite ou não, mas eu estou tentando muito não me preocupar com tudo isso. Só que foi tão real, Cristian. Eu não consigo entender o que aconteceu, não entendi porque ela apareceu nos meus sonhos dessa forma.
- Eu já disse que foi apenas um sonho ruim. Foram muitas coisas em poucos dias, isso é normal.
- Eu não suporto mais ficar aqui, Cristian. Estou ficando mais doente do que se estivesse em casa. Você está aqui a maioria do tempo, mas é horrível.
- Eu sei que sim amor, mas eu não posso arriscar levar você e eu quero que entenda isso.
- Como assim arriscar? Então quer dizer que eu posso ir embora?
- Eu conversei com o médico, ele me disse que poderia deixar você prosseguir com os cuidados em casa.
- E o bebe?
- O bebe não pode sair, Ana. Pelo menos não por um tempo.
- Porque não me contou isso?
- Eu tenho medo de não conseguir manter você segura em casa e pelo menos aqui...
- Você não tinha o direito de esconder isso de mim, Cristian. Trata-se da minha vida! Eu tenho que tomar essa decisão. – Ele abaixa a cabeça.
- Desculpe por não ter contato nada.
- Chame o doutor aqui e diga que eu preciso falar com ele.
- Eu acredito que fosse melhor ficar aqui.
- Chame o doutor, Cristian.
- Tudo bem, eu vou chama-lo assim podemos conversar. – Ele beija a minha testa e sai.
Porque ele insiste em manter as coisas em segredo? Eu sou esposa dele e principal pessoa nesse caso, eu deveria saber que o médico queria me mandar para a casa, ele não tem o direito de escolher.
- Senhora Grey, como está se sentindo?
- Vou me sentir melhor quando for para a casa. – Ele respira fundo e olha para o Cristian.
- Eu conversei com o seu marido sobre esse caso, e eu acredito que ele tenha...
- Doutor me desculpe, mas eu sei que Cristian está preocupado com a minha segurança e com a minha saúde. Mas o Senhor é o médico aqui, e se me diz que eu posso ir para a casa devo acreditar na sua palavra, ou não?
- Bom, eu posso liberar você. Mas você precisa colaborar e cumprir tudo o que eu vou passar. Isso não é uma brincadeira Senhora Grey. O que você teve é sério e a recuperação é algo crucial. Aqui eu posso ver como está reagindo e tenho pessoas para que cuidem da Senhora, agora na sua casa, não vou saber se está cumprindo tudo o que deve cumprir.
- Eu pessoalmente quero saber tudo o que a Ana vai precisar, doutor. Eu vou cuidar pessoalmente da minha esposa. – Ele sorri. Ele já é autoritário sem eu estar doente...
- Então nesse caso, eu vou pedir para que uma enfermeira venha fazer os últimos testes, ajudar a Senhora a tomar banho, enquanto eu falo com o Senhor Grey e passo como tudo tem que ser.
- Ótimo. Doutor, só mais uma coisa.
- Sim, Senhora Grey.
- Eu posso ver o meu filho antes de ir embora?
- A Senhora pode, mas somente pelo vidro ok? – Sinto uma ansiedade invadindo o meu peito e tomando conta da minha garganta.
Já estamos prontos para ir. Estamos caminhando até o local aonde nosso filho está. Quanto mais me aproximo mais meu coração dispara. Conforme me aproximo do vidro eu o vejo. Meu bebe, nosso bebe. Não consigo conter a minha emoção ao vê-lo.  É tão pequeno e está tão imóvel. Eu queria beija-lo, abraça-lo e senti-lo junto a mim. Eu daria minha vida por ele.
Cristian me abraça e aninha em seu peito. Minhas lagrimas molham sua camiseta branca.
- Ele está bem, Ana.
- Ele é tão pequeno Cristian. É o nosso bebe. – Eu sussurro.
- Sim, é o nosso bebe. E ele vai ficar bem. Eu só preciso que você confie em mim e me ajude a cuidar de você.
- Eu vou ficar bem. – Limpo as lagrimas. – Preciso ficar por ele e por você. – Ele sorri.
- Minha garota.
- Senhor, com licença. – É Taylor.
- Sim. – Cristian parece incomodado.
- O carro já está esperando, Senhor.
- Já estamos indo. Pegou todas as coisas da Senhora Grey no quarto?
- Sim, Senhor.
- É o meu filho Taylor. Venha conhece-lo. – Ele olha para o Cristian, esperando algum tipo de aprovação.
- Tudo bem. – Ele diz. Taylor se aproxima um pouco mais do vidro.
- Logo ele vai sair daqui Senhora, não se preocupe.
- Eu rezo para que sim Taylor.
- Podemos ir?
- Sim, Senhor. – Taylor sai imediatamente na frente.
- Vamos, Ana. – Ele segura meus ombros. – Amanhã eu trago você novamente, tudo bem?
 - Promete? – Ele sorri.
- Claro que sim.
Cristian permanece o caminho todo calado e eu espero de verdade que não seja pelo fato de eu ter mostrado nosso filho ao Taylor. Isso seria completamente ridículo.
- Essa é a casa que vamos ficar? – É muito linda. Eu ainda não acredito que ele comprou uma casa somente para essa estadia.
- Sim, você gostou?
- Cristian... é linda. Quem escolheu.
- Eu estava com a cabeça tão cheia que foi Taylor quem cuidou de tudo.
- Eu achei linda.
- Venha, vamos entrar. O ar aqui fora está um pouco gelado e a Senhora precisa deitar agora.
- Mandão.
- Só estou fazendo o meu trabalho, Senhora Grey.
A casa é linda e muita aconchegante. Possui uma lareira grande na sala e isso me lembra muito o escala. O que faz com que eu me sinta em casa.
- Vou acender mais uma luz, só um momento.
- Surpresa! – Assim que ele acende a luz eu me deparo com toda a família na sala. Mia, Kate, Grace, Carrick, minha mãe, Ray...
- O que vocês...
- Cristian, Ana finalmente saiu do hospital! Eu não poderia deixar passar em branco uma coisa como essa! – Ela se aproxima e me abraça.
- Como você está?
- Estou bem, Mia. Vou melhorar com o tempo.
- Isso significa sem festa, Mia! Pelo amor de Deus o que você estava pensando? – Todos ficam em silencio.
- Cristian...
- Ana, você ouviu o médico. Não vou arriscar a sua saúde, você precisa se deitar e vai fazer isso agora.
- Mia... filha, o Cristian tem razão. Eu acho que foi uma ideia muito precipitada.
- É foi sim, muito precipitada. Agora, se não se importam, a Ana precisa descansar. – Eu estou completamente envergonhada com a atitude dele. Aos poucos, todos se despedem de mim.
- Eu ligo depois para saber como você está Ana.
- Obrigada por virem mãe e pai.
- Sempre estaremos aqui querida.
- Taylor, pode acompanha-los, por favor.
- Sim, Senhora. – Espero até que todos saiam.
- Cristian, o que foi isso?
- Já está na hora da Mia entender que nem tudo na vida é festa, Ana.
- Sim, mas é que trata-la dessa forma...
- Não vamos começar uma discussão por isso. Nem por isso e nem por qualquer outro motivo. Eu vou ajudar você a ir até o nosso quarto.
- Como estão as coisas na empresa?
- Quer mesmo saber isso agora?
- Claro que sim, é importante. Além disso, você ficou esse tempo todo no hospital comigo.
- Está bem Ana. Nada que você tenha que se preocupar. Estão cuidando de tudo e eu posso resolver a maioria das coisas por aqui.
- Eu não sei se vou conseguir ficar aqui sem fazer absolutamente nada.
- Não se preocupe, vamos pensar em coisas interessantes.
- Senhor Grey, por um acaso não está pensando no mesmo tipo de diversão que eu está?
- Não. Até porque infelizmente você não pode. Mas eu adoraria ser o seu divertimento, Senhora Grey.
- Faço das suas palavras as minhas. Agora pode me levar, por favor.
- Eu posso carregar você.
- Não precisa, eu posso ir andando.
- É melhor. – Ele se aproxima e me pega cuidadosamente no colo. Como eu senti falta das suas mãos e do seu toque.
- A senhora Jones foi comprar algumas coisas. Mas eu posso fazer um suco.
- Você?
- Eu posso fazer isso. Alias vou fazer.
- Só fique aqui comigo por um momento. Eu... eu preciso de você Cristian.
- Eu estou bem aqui, Ana. - Meus olhos se enchem de lagrima novamente.  - Ana, o que você tem?
- Eu não sei, meu coraçao esta apertado. - Ele se aproxima.
- Venha, deite-se aqui comigo.
- Você vai ficar aqui?
- O tempo que for preciso. Eu não vou deixar você assim Ana.
- Não quero ser um peso.
- Você é minha esposa Ana. Minha vida, não é um peso. Eu prometi cuidar de você e é isso que eu vou fazer até o resto das nossas vidas. 

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