Jogo Perigoso. Cap 32

- Cristian, temos que fazer alguma coisa.
- Ana, calma! A policia está cuidando de tudo, não ha nada que possamos fazer.
- Quem poderia ter feito uma coisa dessas? José nao tinha inimigos.
- Não que você soubesse. Vocês já estão há algum tempo separados.
- Não tempo o suficiente para arrumar inimigos Cristian.
- Grey. - Ele atende ao celular. Eu não consigo deixar de pensar o quanto José estava feliz, como tinha espectativa em seus olhos.
- Me mantenha informado.
- E então? Alguma noticia?
- Parece que não foi encontrado nada nas cameras de segurança do apartamento dele. Vão começar pela região.
- Posso saber como você tem acesso a essas informações?
- Minha equipe é muito bem preparada Ana. Eu fiquei de ajudar com o que for preciso para auxiliar no caso.
- Eu estou com medo. Medo de que essa pessoa possa querer fazer alguma coisa comigo ou até mesmo com você.
- Ei... Você precisa se acalmar. Nada vai acontecer com você e nem comigo Ana.
- Eu... eu preciso de...
- Você precisa se acalmar! Olha só como esta tremendo. Quer um chá? Uma agua?
- Uma agua, por favor.
- Eu vou buscar.
- Não! - Eu grudo em seu braço. - Não me deixe aqui. - Ele sorri.
- Tudo bem, venha comigo. - Ele me puxa delicadamente pela mão.
- A agua esta gelada, tudo bem?
- Sim, está otimo. - Acabo com a agua em um segundo. Minha boca esta seca.
- O que foi isso?
- Apenas o barulho de um trovão. Ana, está tudo nem. Aqui você está completamente segura.
- Me sinto tão paranoica! - Debruço meus braços sobre o balcão.
- Eu sei que você gostava dele. - Ele parece conformado em dizer tal frase.
- Eu não vou negar. José e eu tivemos nossos momentos bons, tinhamos uma confiança um no outro, apesar de eu ter mentido todo o tempo.
- Você teve seus motivos, não tente se culpar com isso agora.
- De certa forma eu me sinto culpada por ter acabado com o meu casamento, por acabar com as esperanças dele.
- Se sente arrependida?
- Não. Eu sei que nossa vida de marido e mulher não daria certo por muito mais tempo, mas tambem não tinha intenção de faze-lo sofrer. Preciso entrar em contato com a familia dele, com a mãe dele...
- Podemos fazer tudo isso amanhã.
- Cristian, porque gosta tanto de mim? - Ele para.
- Porque você é diferente.
- Diferente? Diferente porque?
- Você me acalma Ana. Me sinto bem quando estou com você. Você é doce, esperta, faz com que eu me sinta vivo. - Não esperava que ele tivesse tantos motivos dessa forma.
- Tambem me sinto assim com relação a voce. Sei que tem algumas coisas sobre a minha vida que não são tão faceis de entender... - Ele ri.
- Ana, tenho certeza de que a sua vida foi bem mais normal do que a minha.
- Eu não sei o que se passa completamente na sua cabeça. Sei que tem coisas que você ainda nao sente confiança o suficiente em mim para contar, mas eu aceito isso.
- Eu só quero levar as coisas com calma. Um passo de cada vez.
- Acho que posso prosseguir assim.
Meu coração ainda esta doendo por tudo o que aconteceu com o José. Quem será que poderia ter feito uma coisa como essa? Não sei se Kate esta sabendo, ja tentei ligar no celular algumas vezes, mas ninguem atende.

- Ana! Ana acorde! - Estou ofegante. Não sei aonde estou e nem o que aconteceu.
- Cristian! - Minhas mãos estão tremendo, é como se eu não conseguisse controlar os meus impulsos.
- Calma, foi só um sonho ruim. - Me aninho sob seu peito embaixo das cobertas.
- Cristian, o que vamos fazer amanha?
- Como assim?
- Não sei se estou preparada para enfrentar o mundo, para enfrentar tudo isso.
- Eu não vou para a empresa amanhã.
- Eu não quero atrapalhar você em nada.
- Ana, eu sou o dono. Pode me dar ao luxo de me ausentar por um dia. Alias, eu sempre estou no celular.
- Eu sei disso. Só não quero parecer uma boba com medo.
- É normal que esteja assim.
- Seja sincero. - Eu levanto. - Você sente ciumes pela minha tristeza? Quero dizer, pelo fato de eu estar assim. - Ele respira fundo.
- Olha Ana, eu não vou mentir. É claro que eu sempre vou sentir ciumes de você, mas eu entendo o seu sentimento. Entendo que eu querendo ou não, você teve uma vida com ele. Compartilhou sonhos, teve planos... Isso eu jamais vou poder mudar.
- Não senti pelo fato de gostar dele como homem, mas sim porque assim como eu ele poderia ter começado uma nova vida, conhecido alguem... - José poderia encontrar uma mulher que o fizesse feliz de verdade, que pudesse ter filhos.
- A unica coisa que eu não posso admitir é que você se sinta culpada Ana.
- Eu fico revirando e revirando meus pensamentos tentando pensar em alguma coisa, em quem poderia ter feito isso.
- Somente a policia pode fazer isso. Você precisa tirar essa ideia da cabeça. - Ele me puxa pelas pernas, beijando minha boca. Se fosse em outra situação...
- Cristian! Não pode ser que você esteja pensando em sexo diante de uma situação como essa!
- Desculpe, quero dizer, eu sei que não é uma boa hora claro. Agora volte para a cama.
- É melhor eu dormir no quarto das submissas.
- Ana, chega de piadas, volte para a cama. Eu estou mandando.
- Mandando? - Eu estou rindo. - Se eu quiser ir dormir em outro quarto eu posso ir. Livre arbitrio.
- Como você quiser. - Ele coloca bruscamente a cabeça no travesseiro e me ignora. Cristian deixando o assunto assim? Sem insistir? Estranho. Vou em direção ao quarto, mas para a minha surpresa esta trancado. Tento abrir mais de uma vez, mas é inutil. Droga! Vou ter que voltar, admitir que eu preciso dormir com ele ou então o sofá.
Coloco a cabeça devagar sobre a porta e lá está ele. Sentado e rindo.
- Eu sei que você esta ai.
- Droga! - Eu digo baixinho. - Porque a porta esta trancada?
- Eu mandei trancar, imaginei que você poderia querer me deixar aqui sozinho. Agora você não tem opção.
- Você fez mesmo isso Cristian?
- Não. - Ele ri. - Claro que não, apenas está trancada porque eu gostaria muito que você dormisse comigo, então pedi para que a Senhora Jones deixasse trancado. Ss você faz questão mesmo de dormir sozinha eu posso destrancar...
- Não! É claro que eu prefiro dormir com você. - Ele sorri. Vou engatinhando sobre a cama, entrando embaixo das cobertas e chegando até seu peito.
- Ana... - Ele diz baixinho.
- O que foi?
- Eu te amo. - Por essa eu não esperava.
- O que você disse? - Ele sorri.
- Eu disse que te amo. - Ele repete e eu chego a conclusão de que não ouvi mal. Sim, ele me ama. Cristian Grey me ama.
- Você não vai dizer nada? - Ele pergunta.
- Eu... Cristian...
- Você não me ama? É isso?
- Claro que não! Quero dizer, eu amo claro que eu te amo! - Eu o quero tanto! - É só que eu não esperava que você fosse dizer isso agora. Você disse que queria ir devagar.
- Eu não quero mais esconder de ninguem o que eu sinto por você.
- Você não sabe o quanto eu fico feliz em ouvir isso. É tão importante para mim.
- É um sentimento completamente novo para mim. Eu acho que nunca amei alguem de verdade Ana. É unico, é maravilhoso! Eu adoro me sentir assim, eu quero mostrar tudo para você, quero que você conheça o mundo inteiro! Quero fazer de tudo por você.
- Está falando sério?
- Eu nunca falei tão serio em toda a minha vida.
- Eu sempre amei você Cristian. Eu sei que eu não deveria falar sobre isso agora, mas eu gostei de você desde o primeiro dia que eu te vi naquela festa. - Ele sorri.
- Você foi tão intrigante Senhorita Steele.
- Eu?
- Sim. Uma mulher independente e forte, mas ao mesmo tempo tão fragil e doce.
- José me disse que você sempre foi tão fechado e... Nossa, me desculpe.
- Pelo que?
- Por falar sobre ele agora, me perdoe.
- Não peça desculpas. Alias, não vamos falar sobre mais nada. Eu só quero ficar junto com você. É o que eu mais preciso.