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Jogo Perigoso. Cap 33





- Cristian! – Acordo assustada.
- Calma, calma, eu estou aqui. – Ele senta ao lado da cama. Está usando sua calça jeans e um suéter preto.
- Tive outro pesadelo.
- Agora está tudo bem. – As lembranças de ontem estão voltando aos poucos na minha vida. Sinto uma coisa horrível no meu coração e um nó enorme na minha garganta. José está morto. Sinto-me completamente responsável pelo que aconteceu, apesar de saber que não tenho nada a ver com o crime em si. – Ana, por favor, não chore mais.
- Eu sei que isso pode parecer estranho para você, mas eu estou com um sentimento de culpa dentro de mim do qual eu não consigo me livrar.
- Por favor, Ana, já falamos sobre isso. Você não tem culpa em absolutamente nada.
- Não me sinto culpada pelo fato em si, Cristian. Mas será que as coisas teriam sido diferentes?
- Como assim? – Não sei se estou levando essa conversa para um lado muito bom.
- Se nós tivessemos ficados juntos, se eu não tivesse mentido e...
- Espera um pouco.
- Cristian...
- Não, espere um pouco. Eu preciso entender o que esta se passando na sua cabeça. Está querendo dizer que deveria ter ficado com ele mesmo depois de tudo o que eu disse ontem?
- Não é isso. Não estou me arrependendo da escolha que eu fiz.
- É o que parece. Olha Ana, você sentir pela morte dele é uma coisa que eu preciso suportar. Apesar de odiar a ideia de que você já foi casada com ele, eu tenho que entender. Agora você dizer que deveria ter se empenhado mais para manter o casamento? Não, isso é algo que eu não vou surportar.
- Cristian, não é isso que eu estou querendo dizer.
- Só que é exatamente o que parece. Eu sei que tenho todos os defeitos do mundo, que não sou uma pessoa facil, mas eu sinto ciumes assim como sinto amor Anastasia. E isso é algo completamente novo para mim.
- Ciumes de alguem que morreu? Olha, eu nao quero te magoar e peço desculpas se isso aconteceu. Você disse uma coisa certa, eu tive uma história com José e você não pode mesmo mudar isso. Só que não significa que eu o ame. - Ele me olha por alguns minutos de maneira intensa. Parece decepcionado consigo mesmo.
- Me desculpe. Desculpe eu acabei perdendo o controle. Você tem que entender que algumas coisas ainda são intensas demais para mim. - Me penduro em seu pescoço.
- Eu sei disso. Eu estou tentando compreender você, só peço que nesse momento você me compreenda tambem.
- Acho que posso fazer isso. - Ele sorri. - Agora precisamos falar sobre uma coisa séria. - Nos sentamos.
- O que foi? Você ficou sério.
- Porque o assunto é serio. Eu preciso que você mantenha o maximo de calma que puder.
- Cristian, eu nao gosto de rodeios. Me diga logo o que foi.
- Como eu ja havia previsto, o delegado quer ouvir seu depoimento, já que você foi a ultima pessoa vista com o José. - Tento me manter calma enquanto ele argumenta. - Eu preciso que você mantenha a calma, Ana. Não queremos levantar suspeitas.
- Credo Cristian! Você fala como se eu estivesse escondendo alguma coisa.
- Ana, estamos falando da policia e de uma morte. Isso aqui não é uma brincadeira. Se suspeitarem de você ou de qualquer outra coisa podemos ter problemas.
- Ainda mais que eu e o Jose tivemos uma leve discussao no divorcio.
- Exatamente. Você só precisa manter a calma e contar exatamente o que houve.
- Certo, apenas manter a calma e contar o que houve. Quando ele vem?
- Ele vem amanha, antes eu quero que você conheça algumas pessoas. Isso pode ser interessante.
- Pessoas?
- Eu sei que é um momento horrivel, mas eu acho que é o certo.
- Quem são?
- Vou deixar você se trocar, te espero na sala.
Quem pode ser? Que eu saiba ele não tem ninguem importante para me apresentar, a não ser.... Não, ele não me apresentaria a familia, pelo menos não ainda. Resolvemos agora recomeçar as coisas e isso ainda é muito sério vindo dele.
- Ai esta ela. - Ele esta me esperando no topo da escada. - Ana gostaria de apresentar a minha mãe, a doutora Grace.
- Muito prazer querida. - Ela me abraça. Parece simpática. Confesso que estou um pouco chocada.
- O prazer é meu.
- Essa é minha irmã Mia e meu outro irmão Elliot. - Ela pula no meu pescoço.
- Finalmente eu te conheci!
- Mia, por favor. - Ele diz.
- Podemos ir ao Shopping qualquer hora dessas, fazer umas compras...
- Já vou avisando que isso não faz o estilo dela.
- Compras faz o estilo de toda a mulher Cristian. - Ela ri.
- Querida, sei que nós viemos em um momento ruim. Ficamos sabendo da morte do seu marido.
- Ex marido mãe! Por favor.
- Claro, claro que sim. Me desculpe, apesar de que devo confessar que eu fiquei preocupada quando soube que você tinha largado do seu marido para ficar com o meu filho...
- Mãe! - Cristian aumenta o tom de voz. - Por favor, poderia nos poupar de seus pensamentos?
- Relaxa irmão. A mãe só esta preocupada em saber quem é a garota que finalmente prendeu Cristian Grey. Meu amor, eu estava esperando todo mundo se apresentar. - Eu gostei dele. - Sou o Elliot, a pessoa mais legal dessa familia.
- E a mais convencida tambem. - Cristian complementa.
- Eu agradeço muito por terem vindo até aqui. Realmente é um momento muito dificil, afinal eu fui mesmo casada com José por um bom tempo. Só que eu não o larguei para ficar com o Cristian, nosso casamento não deu certo. Divergencias de opiniões. - Ela fica sem graça. Parece uma boa pessoa, só preciso saber para quem ela anda perguntando sobre mim. Seja para quem for, estão passando informações erradas. Cristian não faria isso.
- Desculpe, eu realmente não quis ofender você.
- Está tudo bem, não se preocupe.
- Bom, queriam vir já vieram e já conheceram...
- Cristian! Esta nos expulsando?
- Mãe, temos coisas que precisamos resolver. Além disso a Ana precisa tentar contato com a mãe do José.
- Ele era seu funcionário não era? - Mia pergunta.
- Sim.
- Cuidado Cristian ou vão pensar que você matou ele para ficar com ela.
- Por favor Mia! Chega de bobagens. Mãe realmente temos muitas coisas para resolver.
- Claro, nós já estamos de saida. Só passamos para conhecer a Anastasia.
Eles me parecem pessoas bem legais, só um pouco incovenientes em algumas coisas.
- Acho que não causei boa impressao não é mesmo? - Ele ri.
- Me desculpe, acho que foi cedo demais.
- Não, eu gostei de conhece-los. Só não queria que essa fosse a impressão entende?
- Eu peço desculpas pelas insinuações, mas tente entender, ninguem nunca me viu com ninguem. Além disso, minha mãe se deixa levar por tudo o que houve.
- Eu sei disso. Vou tentar me acostumar com o fato de ser a ex de alguem. - Ele levanta meu queixo.
- Ei, não quero ver você assim. Você nao é a ex de ninguem. Você é minha, somente minha, é isso que importa.
- E se a Mia estiver certa.
- Certa?
- Certa sobre as suspeitas da policia.
- Ana, eu tenho como provar que não tive nada a ver com isso. Eu ja falei que você deve parar de se preocupar com essas coisas.
- Acho que vou ter que viver com isso, pelo menos por alguns dias ou até esse assassino ser encontrado.
- É isso que realmente te preocupa não é?
- Para ser sincera sim. Eu não sei quais sao as intenções de quem fez isso e nem porque fez.- Ele me abraça.
- Com relação a seu segurança peço que fique tranquila, nada vai acontecer com você. 

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