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Jogo Perigoso. Cap 35




 - Eu não gostei nenhum pouco desse cara.
- Cristian, ele está fazendo o trabalho dele.
- Ele queria é levar você de qualquer forma! Não se preocupe com nada, eu vou acionar o meu advogado e tudo isso vai se resolver o mais rápido possível.
- Eu não tenho nada a esconder. Se você ficar tão nervoso assim vão acabar pensando que eu realmente tenho alguma coisa a ver com isso e você está tentando me proteger.
- Ninguém vai pensar isso de você. Só estou nervoso porque eu sei o tipo de pessoa que você é e sei que jamais teria coragem de fazer uma coisa dessas.
- Se eles quiserem realmente me levar eu não vou me opor. Eu não tenho nada a esconder de ninguém, eu sei que eles estarão cometendo uma injustiça sem tamanho.
- Não quero que você fique preocupada com isso. Já encaminhei uma mensagem e meu advogado vai cuidar disso. Agora vá se arrumar, vamos sair.
- Sair? Sair para aonde? Não sei se tenho cabeça para sair.
- Desde que você voltou para cá não fizemos nada juntos. – Ele quer fazer alguma coisa juntos? É engraçado vindo dele.
- Como um casal?
- Não é isso que nós somos? Não são assim que funcionam as coisas? – Me aproximo dele.
- Não tem nenhuma regra e nem manual para isso Cristian. Não precisamos agir da mesma forma que as outras pessoas. Aliás, eu sei que você é dono de uma empresa e que tem muitas coisas para serem resolvidas.
- Tenho muitas pessoas que podem resolver meus problemas e ainda por cima são pagas para isso. Ross está cuidando de algumas coisas com prioridade, então temos o dia todo. O que você quer fazer? Pode escolher qualquer coisa.
- O que quer dizer com qualquer coisa?
- Desde ir para Paris ou qualquer outra coisa. – Estou rindo.
- Paris? Assim, sem mais nem menos?
- Podemos fazer tudo o que você quiser, Ana.
- Pretendo conhecer Paris um dia, mas acho que a hora não é agora.
- Então o que você quer?
- Talvez escolher algum vestido para o casamento da sua irmã. – Ele revira os olhos. Sei que essa ideia ainda não foi completamente digerida por ele.
- Não me faça pensar nisso agora. Ainda nem sabemos o que vai acontecer.
- Como não? Está no convite, já temos a data.
- Ainda não o conheci.
- Cristian, olha, eu entendo que você queira proteger a sua irmã, mas sobre isso não há nada que você possa fazer. Se ela gosta mesmo desse rapaz vai fazer de tudo para ficar com ele.
Não adianta querer atrapalhar isso, só vai deixar tudo ainda pior.
- Você ainda não me conhece bem. – Ele se levanta e eu sinceramente não gostei de como isso saiu da sua boca.
- Então é assim que vai ser?
- Como assim?
- Também vai querer dirigir a minha vida? Aliás, ter posse sobre ela?
- Não estamos falando de você.
- Mas eu estou falando sobre mim. Se você faz isso com a sua irmã, imagina só o que não é capaz de fazer comigo? Estou falando sério Cristian, eu aceitei voltar, mas você conhece bem as condições. Tenho sonhos, tenho opiniões e gosto de fazer as coisas que eu quero.
- Eu não quero proibir você de fazer nada Ana. Eu quero muito que as coisas deem certo. Se estou fazendo isso com relação a Mia é porque já sei nas coisas que ela se envolveu. Casamento é uma decisão muito séria.
- Acha mesmo isso?
- O que?
- Que casamento é uma coisa muito séria?
- Eu acredito que quando a pessoa se casa é porque ela decidiu passar o resto da vida com alguem. E decidir passar o resto da vida com alguem não é uma decisão facil. Você quer mesmo falar sobre isso agora?
- Só estou tentando entender você, só isso.
- Já pensou aonde podemos ir? - Uma das coisas que Cristian não gosta é de ser interrogado por ninguem. Não o culpo, eu tambem não iria gostar de passar por uma interrogatorio como esse.
- Podemos só caminhar um pouco pela rua o que acha? - Ele sorri.
- Tem certeza de que não prefere ir para outra cidade ou alguma coisa do tipo?
- Cristian, não ha necessidade nisso. Eu sei que você esta acostumado a um padrão diferente de mulher, mas eu não sou assim. Não vou usar o seu jatinho e muito menos o seu dinheiro.
- Eu prefiro não falar sobre o meu passado se não se importar. Podemos tomar um café em um lugar legal aqui perto.
- Ótimo. Vou pegar minha bolsa.
Não sei porque meu coração esta tão disparado dessa forma, eu vou sair com ele. Vamos andar pelas ruas, conversar... coisas que as outras pessoas fazem e que eu sinceramente não sei se ele está muito confortavél em fazer.
- Senhor, vai precisar de mim?
- No momento não Taylor. Vou sair com a Anastasia. Se tiver qualquer noticia do delegado me avise.
- Sim Senhor. - Ele segura firme na minha mae enquanto ficamos parados no elevador.
- Taylor vai cuidar dessa questão agora? - Ele esta tão lindo e descontraido que não consigo me concentrar.
- Ele não esta cuidando. Apenas pedi para que me mantivesse informado. Mas agora esqueça isso. - Ele me encosta sob a parede.
- Cristian, estamos em um elevador. - Seu perfume fresco e delicioso faz com que minhas pernas percam o equilibrio. Estou completamente entregue a ele. Sua boca invade a minha sem que eu possa controlar.
- Cristian... - Eu digo ofegante. Tento segurar suas mãos, mas não consigo. Ele é mais forte do que eu.
- Senhor Grey. - Cristian da um salto para longe mim. Um homem alto e moreno segura para não rir. Nem ouvimos o som de pausa do elevador.
- Norman, como vai? - Eu estou com muita vontade de rir, mas não posso.
- Estou muito bem. - Ele sorri.
- Essa é a minha namorada, Anastasia Steele.
- Muito prazer Anastasia.
- O prazer é meu.
- Golf no final de semana?
- Acho que não vou poder ir.
- Eu entendo. - Ele me olha discretamente. Nos falamos então. - Eles se cumprimentam e ele pega o elevador. Eu não consigo parar de rir.
- Você poderia parar por favor?
- Me desculpe, mas é que a sua cara foi impagavel Cristian. Quem é ele?
- Mora aqui já faz algum tempo. Fizemos alguns negocios juntos
- Você pode ir se quiser.
- Aonde?
- Jogar Golf.
- Eu odeio golf. Só faço isso quando envolve negocios.
- Isso parece errado.
- Negocios Ana. São apenas negocios.
- É estranho andar com você pela rua. - Ele ri.
- Estranho? Porque?
- Porque você vira o centro das atenções em qualquer lugar que você vá Cristian.
- Isso é uma bobagem. Eu quase nem saio, acho que depois de anos estou fazendo isso com você.
- Cristian olha isso. - Eu corro até uma vitrine.
- Está interessada?
- Eu sempre quis esse livro, mas é muito dificil de achar.
- É o Taylor, preciso atender. Entre e compre.
- Cristian, é muito caro. Eu não tenho esse dinheiro.
- Entre e compre Anastasia, eu volto em uma minuto. - Ele me entrega um cartão e se afasta para falar ao celular. Eu entro na livraria, nunca estive em um lugar tão chique. Já estive em outras livrarias, mas não como essa.
- Olá. - Uma moça alta e loira se aproxima.
- Olá. - Eu respondo.
- Precisa de ajuda?
- Na verdade eu estou interessada neste livro. - Porque eu sinto que não estamos falando a mesma lingua? Ela me olha como se eu fosse de outro planeta.
- Olha eu tenho algo mais simples ali naquela sessão, talvez você queria dar uma olhada.
- Me desculpe, mas eu só estou interessada nesse aqui.
- Querida me perdoe, mas eu acredito que esse livro não faça o seu estilo. - Ela me olha dos pés a cabeça. Me sinto tão humilhada. Como ela pode se dirigir a mim dessa forma? Eu deveria responder, eu deveria dizer alguma coisa, mas eu não consigo.
- Com licença. - Saio da loja o mais rapido que posso. Como posso ter sido tão humilhada dessa forma?
- Ei Ana? Ana? - Ele segura meu braço.
- Podemos voltar ao apartamento.
- Está chorando? - Droga Ana! Você é forte! Sempre foi forte!
- Deixa isso para lá...
- Não! Vai me dizer agora o que aconteceu.
- A atendente, a moça que trabalha na loja, se recusou a me vender o livro.
- O que? Como assim?
- Talvez eu não devesse mesmo entrar em um local tão chique. Foi um erro...
- Não. Venha comigo - Ele me puxa.
- Aonde você vai?
- Comprar o livro.
- Não Cristian, por favor.
- Ana, venha comigo. - Eu o sigo. Entramos na loja e logo a mesma atendente poem os olhos em nós dois e se aproxima.
- Senhor, posso ajudar?
- Na verdade pode. Minha namorada quer aquele livro. - Ela está pasma. Eu não deveria me orgulhar disso, mas é bom.
- Senhor, eu...
- Você é surda? - Ela fica assustada com a pergunta.
- Sim Senhor. Porque a pergunta?
- Vamos nos poupar de toda esse rodeio. Minha namorada veio até aqui comprar esse livro e você simplesmente não quis vende-lo. O motivo eu não sei ao certo, já que você é uma atendente e deve ter tido um treinamento especifico para atender a todos os clientes. Estou certo?
- Sim, quero dizer, claro. - Ela pega o livro e me entrega.
- Não vamos levar. - Ela fica sem entender.
- Só queria me certificar que você tinha entendido. Eu posso falar com o Senhor Harrison e o livro pode ser entregue na minha casa. - Não faço ideia de quem seja esse homem. Talvez alguem que trabalhe aqui e que ele conheça.
- Senhor, eu peço desculpas.
- Não é para mim que deve desculpas, mas sim para a minha namorada. - Ela me olha completamente sem graça.
- Me desculpe Senhorita.
- Não se preocupe.
- Vamos Anastasia. Tenha um bom dia. - Saimos da livraria.
- Cristian, não precisava disso. - Na verdade precisava só um pouco.
- Ela é muito insignificante. Harrison vai saber disso.
- Quem é esse homem?
- O dono daqui. - Claro, eu deveria imaginar.

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