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Jogo Perigoso. Cap 37





Com licença, Anastásia. – Eu achei que tinha dito que não queria ver ninguém.
- Doutor. – Ele se aproxima.
- Acredite, eu sei como você está se sentindo.
- Como pode saber? Tem milhares de pacientes com essa doença.
- Perdi uma filha para o câncer há alguns anos.
- Me desculpe, desculpe. Eu não quis...
- Não peça desculpas. Eu apenas vim aqui porque encontrei com o seu namorado lá fora. Ele me pareceu muito triste.
- Eu pedi para que ele saísse. A verdade é que eu nem sei mais se eu posso estar com ele.
- E porque não?
- Eu sou uma pessoa condenada doutor. Claro que vocês sempre vão dizer que tenho chances.
- Você tem chances, se não tivesse eu já tinha dito. Não costumo esconder diagnóstico de nenhum paciente. Afastar as pessoas de você não vai melhorar o que você tem, pelo contrário.
- Não vou condenar o Cristian a viver comigo assim. – Penso cinco minutos no que eu devo fazer. - Pode chama-lo, por favor?
- Claro. – Isso seria injusto. Eu não posso fazer de nenhuma forma.
- Ana, o doutor disse que você queria me ver.
- Cristian, precisamos conversar.
- Eu estou ouvindo. – Ele senta aos pés da cama.
- Isso nunca vai dar certo Cristian e eu não posso fazer uma coisa dessas com você.
- Ana, eu achei que nós já tínhamos tido essa conversa. Não importa o que está acontecendo, eu nunca vou sair do seu lado.
- Você sabe por tudo o que eu vou ter que passar a partir de agora. Minha vida não será mais a mesma Cristian. Não serei forte e saudável o suficiente, não serei quem você quer que eu seja.
- Isso não é um obstáculo. E eu não sei quem você pensa que eu quero que você seja. Ana, eu jamais te abandonaria em um momento como esses, nem mesmo se você me pedir isso.
- Eu estou com tanto medo Cristian. – A sensação é esmagadora. É como se eu não tivesse mais o controle. Uma sensação medo terrível toma conta de todo o meu corpo.
- Eu estou aqui. – Ele me abraça. – Estou aqui e não vou sair até que você esteja bem.
- Eu sempre fui uma pessoa saudável, não consigo acreditar que isso esteja acontecendo. - A vontade que eu tenho é de sair correndo daqui e ir para bem longe.
- Vemos isso acontecendo todos os dias.
- E vemos pessoas morrendo todos os dias.
- Não quero mais que você fale em morte. Chega disso!
- O que vamos fazer com relação à história da policia Cristian?
- Não pense nisso agora. Não quero que pense em nada. Meus advogados vão cuidar disso, você não está em condições de responder.
- Isso vai ser possível?
- Acredito que nessas condições sim.
-Com licença. – É uma enfermeira. – Eu sou a enfermeira Cindy e vou cuidar da Senhorita.
- Obrigada, mas pode me chamar de Ana.
- Como você quiser Ana. – Cristian se afasta um pouco da cama. – Como você está se sentindo?
- Um pouco fraca.
- Eu vou colocar esse soro que vai melhorar essa sensação de estomago vazio.
- Ela não pode comer?
- Desculpe Senhor Grey, mas nesse momento o doutor cortou a alimentação. Ela vai precisar fazer alguns exames mais tarde e isso é necessário.
- Eu não estou com fome.
- Eu sei como se sente, a sensaçao de fraqueza não vem da fome.
- Então enfermeira, você sabe quando a Anastasia vai poder ter todos os cuidados em casa?
- Por enquanto não tem previsão de alta Senhor Grey. O médico já fez um cronograma de medicação para os próximos dias.
- Ela poderia receber todos esses cuidados em casa? - O que ele pretende.
- A não ser que você more dentro de um hospital. - Ela sorri.
- E o que eu preciso fazer pra isso? - Ela parece chocada com a insistencia dele.
- Cristian eu não estou entendendo.
- Ana, eu acredito que você se sentirá bem mais a vontade em casa. Portanto eu queria transferir todos os seus cuidados para o meu apartamento. - Fico sem palavras.
- Senhor Grey, me desculpe. Além de não saber se isso é possivel, eu acredito que vai sair muito caro.
- Dinheiro é o menor dos problemas.
- Para mim é. Eu não quero que você gaste com nada. - Ele sorri.
- Enfermeira, poderia nos deixar a sós?
- Claro, eu ja arrumei o soro e provavelmente vai demorar muito para acabar. Eu volto em breve para ver como você está.
- Obrigada.
- Por favor, veja se essa possibilidade de transferencia é possivel.
- Claro Senhor Grey. - Assim que ela sai eu começo.
- Não esta pensando mesmo em fazer isso esta?
- Qual o problema?
- Como assim qual é o problema? Eu não quero que voce se responsabilize por nada disso, muito menos com a conta.
- Ana...
- Não quero saber se você pode ou não pagar e nem quanto dinheiro você tem na sua conta no banco.
- Eu sei disso, sei que não está interessada no meu dinheiro e isso me deixa ainda mais fascinado em você. Isso se trata de uma questão de segurança e a sua segurança não está em discussão.
- Com licença.
- Entre doutor.
- Eu não queria atrapalhar vocês. A paciente precisa descansar. A enfermeira me disse o que o Senhor propos, e eu sinto muito em dizer, mas isso é impossivel.
- E eu posso saber os motivos?
- Como eu disse a paciente se encontra fraca e precisa ficar aqui tempo o suficiente para que se recupere. Vou explicar uma coisa, a imunidade dela está muito baixa. Pegar uma gripe ou até um simples resfriado agora pode ser fatal.
- Cristian por favor, eu sei que você esta preocupado, mas eu prefiro ficar aqui. Você ouviu o médico.
- Eu só achei que isso seria uma forma de deixar você mais confortavel.
- Vi que você esta tomando soro e que esta tudo bem. Eu volto a noite, se precisarem podem me ligar.
- Muito obrigada. - Ele esta muito diferente de algumas horas atrás.
- Achei que o doutor estava mais preocupado, parecia nervoso. - Ele senta na poltrona em minha frente.
- Eu não percebi nada. - Eu sei que ele sabe de alguma coisa. - O que foi?
- O que você fez Cristian?
- Porque acha que eu fiz alguma coisa?
- Simplismente porque ele estava me tratando como Ana e agora me chamou de paciente.
- É isso que ele deve fazer. Afinal ele é médico.
- Você disse alguma coisa a ele Cristian?
- Apenas que ele não deveria esquecer que você é uma paciente, só isso.
- É isso que você acha?
- Não, é isso que ele deve achar. Você é minha namorada.
- Eu não acredito que você fez isso Cristian. Isso não é hora pra ciumes.
- Sempre é hora de cuidar do que é meu. Mas agora vamos falar sobre outra coisa Ana.
- O que foi?
- Você quer contar para alguem da sua familia? Eu realmente não disse nada ainda porque estava dando um tempo para você.
- Eu sei que tenho que fazer isso, mas não sei se estou preparada. Todo mundo vindo me visitar aqui...
- Ei, só vai entrar aqui quem você quiser que entre.
- Obrigada, eu nem sei como...
- Eu amo você Anastasia. E eu prometo que jamais você se sentirá sozinha, sempre vou estar aqui.

Comentários

  1. Amiga já to anciosa pelo próximo por favor nao demore todos os dias eu entro pra ver se tem mais

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  2. Quero mais estou amando as histórias 😍😍😍😍😍

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  3. Ela querendo afastar ele é ele todo cuidadoso com ela e afastando o médico kkkk Christian ciumento até nessas horas

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