Secrets of a CEO. Cap 141

É estranho viver um momento assim tão tranquilo ao lado dele. Estamos passando por tantas situações absurdas que eu nem sei como conseguimos suportar. Eu sei que Cristian está fazendo de tudo para me ver sorrir, mas no fundo está sofrendo pelo irmão.
- Parece tão pensativa, Ana.
- Cristian, como estão às investigações com relação ao acidente do Elliot?
- Sem nenhuma novidade. A policia ainda está trabalhando.
- Quando eu penso que aquela mulher está envolvida nisso me da um arrepio.
- Ei. – Ele segura a minha mão. – Esqueça ela. Já tem pessoas suficientes envolvidas nisso. Não quero você preocupada.
- Ela apareceu aqui Cristian. Como poderia saber que estaríamos aqui? Você sabe todas as coisas que ela já foi capaz de fazer.
- Ela não vai ser capaz de fazer nada Ana. Vou reforçar a segurança.
- E vamos ter que ficar vivendo assim por quanto tempo?
- Ana, eu estou tentando fazer de tudo para melhorar as coisas. Só que se você não me ajudar não vamos conseguir. Não leve a mau o que eu estou dizendo, mas temos que ter um pouco de paciência. Eu sei o quanto você é relutante quando se trata de segurança, mas se isso é algo que eu posso fazer por nós, eu vou fazer. – Pense no que o Flynn disse Ana. Pense que quando aceitou casar com ele você sabia que ia ser difícil.
- Me desculpe, desculpe. Eu sei o quanto você está se esforçando, eu reconheço Cristian. Foi apenas um momento de fraqueza. – Ele sorri.
- Você sofrendo momentos de fraqueza? – Ele ri. – Isso sim é novidade Senhora Grey.
- É difícil ser durona todo tempo. Isso me faz lembrar o colégio.
- Você nunca me contou como você era quando adoslecente.
- Acho que é porque não tenho muito que contar.
- Muitos namorados?– Estou rindo. Será que ele está mesmo falando sério?
- Está brincando Cristian?
- Pareço estar? Não vejo porque não.
- Os garotos não se interessavam por mim. Eu nunca fui à garota que atraia todos os olhares.
- Pois eu acho muito difícil de acreditar em uma coisa dessas.
- Eu não mentiria para você.
- Aposto que se lembra do primeiro garoto que você gostou.
- Não teve muitos.
- Isso é um sinal de que teve algum.
- Tem certeza de que quer falar sobre? – Ele ri.
- Você começou a falar sobre isso. Então não vejo porque não falarmos. Afinal, isso é uma distração.
- Falar sobre meu ex é uma distração?
- Então quer dizer que teve um ex. Agora eu quero saber dessa história toda.
- Cristian...
- O nome dele. – Ele toma um gole de vinho.
- Cristian, isso foi há tanto tempo. Eu nem sei mais se lembro do nome dele.
- Devo me sentir aliviado por isso?
- Você não deve sentir nada a respeito. Isso foi há muito tempo, mas se você faz tanta questão de saber. O nome dele era Eric.
- Eric... - Ele pronuncia o nome com calma. - Quanto tempo?
- Acho que uns três meses.
- Pouco tempo. Por quê? – O mesmo Cristian de quando eu o conheci. Estamos diante de um impasse aqui?
- Tínhamos alguns pensamentos diferentes, mas minha mãe gostava dele.
- E você gostava dele?
- Na época sim, pensavamos diferente em quase tudo, mas ele era legal.
- E você ainda me disse que eu não deveria me preocupar...
- Cristian! Eu não o vejo desde... Sei lá! Desde o colégio.
- Ana Steele? – Em um primeiro momento eu fico confusa. Eu não conheço quase ninguém aqui na cidade, quem poderia ser? Minha cota de encontrar velhos amigos ja bastou por hoje.
- Você conhece? – Cristian pergunta.
- Não, assim tão longe é difícil dizer. – Ele se aproxima.
- Me desculpem, mas é que eu não pude deixar de vir até aqui para ver se eu estava certo ou errado.
- Me desculpe, mas é que eu não estou me lembrando de você.
- Sou o Eric do colégio. – Eu não acredito nisso, mas que merda é essa?! Cristian muda totalmente a fisionomia comigo. Chego a pensar que nossa conversa estava sendo ouvida por alguem. Ele fica mais sério. – Poxa, que legal te encontrar aqui, Ana. – Cristian pigarreia.
- Eric... Claro, eu lembro. Esse é o meu marido Cristian Grey.
- Coincidência, estávamos falando sobre você. – Eu não esperava essa reação.
- Mesmo?
- Sim, Anastásia estava me contando sobre o namoro de vocês. – Ele sorri.
- É... Bons tempos não é mesmo, Ana?
- Mas e então, o que faz aqui na cidade?
- Estou em uma convenção sou médico, cirurgião especificamente.
- Que legal, fico feliz que tenha seguido essa carreira. – Que droga! Não sei o que dizer.
- Eu gosto muito do que faço e sou muito bom, realmente. Alias... – Ele pega um cartão no bolso. – Se precisar de mim para qualquer coisa estou às ordens. Foi um prazer rever você, tenham um bom jantar.
- Obrigada. – Cristian parece gostar do espetáculo.
- Você consegue acreditar nisso? Estávamos falando dele agora. – Ele corta o bife sem dizer nada. – Cristian? Tudo bem?
- Porque não estaria?
- Não sei me diga você, está ai todo quieto.
- Apenas fazendo uma análise dessa noite que seria como uma válvula de escape dos problemas, mas até que está sendo divertida.
- Você não está bravo?
- Eu? – Ele sorri. – Eu não tenho motivos para estar bravo. A não ser pelo fato do ex-namorado super sarado e médico da minha mulher ter aparecido.
- Bom, eu estava tendo uma ideia.
- Ideia?
- Ele é cirurgião Cristian, e se esta na cidade em um congresso é porque é bom no que faz.
- O que você esta querendo dizer?
- Eu quero dizer que deveriamos contar sobre o seu irmão...
- Anastasia, Elliot ja esta sendo muito bem cuidado. Não acho que isso seja necessário.
- É você que está falando ou seu ciumes?
- Eu mudei em muitos aspectos, mas não abuse da minha boa vontade Anastasia.
- Você não acha mesmo que pode estar havendo algo acha?
- Não disse isso. Só achei muito estranho esse cara aparecer aqui justamente quando estavamos falando dele. Esse tipo de coisa não acontece. - Não consigo comer o restante da comida. Esse assunto esta ficando indisgesto.
- Eu achei tão estranho quanto você. Eu nunca mais tinha ouvido falar dele.
- Você ainda quer comer mais alguma coisa?
- Não... porque?
- Pensei que poderiamos andar um pouco, tomar um ar...
- Você está bem Cristian.
- Um pouco confuso... Eu preciso sair. - Cristian simplismente sai do restaurante. Me sinto completamente frustrada. O que eu deveria ter feito? Ter ignorado o rapaz? Porque ele saiu assim sem dizer nada? Deixando-me sozinha.
- Senhorita, algum problema?
- Meu... Meu marido não estava se sentindo bem. Você poderia ver a conta, por gentileza?
- É um privilégio ter o Senhor Grey nesse restaurante. Pode ir.
- Como assim? Sem pagar?
- Podemos resolver isso depois, Senhorita.  – Ele sorri.
- Muito Obrigada. – Pego minha bolsa e saio atrás do Cristian, apesar de me sentir estranha pelo fato de estar saindo sem pagar de um restaurante. Posso ver isso depois.
- Cristian! – Eu o vejo parado em frente a um jardim do outro lado da rua. – Cristian! O que houve? – Ele está pálido. Parece nervoso e assustado. – O que você tem? – De repente ele me abraça. Sinto que ele está soluçando, mas não quero acreditar que esteja chorando. Não digo nada até que ele se acalme.
- Me desculpe. – Ele diz assim que se recompõem.
- Cristian, o que aconteceu?
- Sinto como se... Se tivesse um nó esmagando meu peito. Uma sensação de impotência.
- Está falando do seu irmão? – Ele assente com a cabeça.
- Do que me adianta todo esse dinheiro, esse poder? Se nem posso salvar meu irmão. Ver minha mãe sofrendo daquela forma...
- Sinto você afastado dela na maioria das vezes.
- Isso não quer dizer que eu não em importe.
- Eu sei, eu sei disso. Quero dizer que é lindo o fato de você se importar com ela Cristian. E quanto ao Elliot nao se sinta assim. Você não é culpado e não esta mais ao seu alcance.
- Estava mesmo falando sério quando sugeriu que aquele cara se envolvesse no caso?
- Me desculpe, eu não deveria...
- Talvez seja uma boa ideia. - Fico chocada.
- O que?
- Uma opinião de fora pode ser a unica chance dele. Por mais que me encomode a presença desse cara, a vida do meu irmão é tudo o que importa agora. - Me aproximo dele, fazendo carinho em sua nuca.
- Me desculpe não ter percebido o quanto você estava mal. Esse tempo todo você estava tentando me distrair, fazendo com que eu me sentisse bem e no fim das contas era você que estava precisando de mim.
- Eu não costumo agir assim. Eu consigo me controlar, conter minhas emoções, mas alguma coisa foi mais forte do que eu.
- Nós vamos conseguir Cristian, vamos vencer todos esses obstaculos juntos.
- Sim, meu amor. Tenho certeza que se ficarmos juntos vamos conseguir.