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Jogo Perigoso. Cap 45





- Me desculpe por não ter falado sobre a Olivia, eu cometi um erro.
- Eu me sentiria bem melhor se você não me escondesse nada. Alias, seria melhor ainda se você a trouxesse aqui.
- Não insista Ana. Eu não vou trazê-la.
- Ok, você venceu.
- Eu realmente não queria deixar você, mas tenho algumas coisas para resolver.
- Eu vou ficar muito bem, você realmente não precisa se preocupar com nada.
- Fique bem, eu te amo. – Ele beija minha testa. Apesar de as enfermeiras não gostarem.
- Ana?
- Doutor Steve! Entre, por favor.
- Acabei de encontrar com o seu namorado.
- Espero que ele não tenha dito nada.
- Ele não disse nada, nem me cumprimentou. – Ele ri.
- Eu realmente peço desculpas por isso.
- Por favor, já disse que não precisa se preocupar. Eu vim saber como você está.
- Eu estou bem, alias hoje estou me sentindo bem melhor.
- Eu fico muito feliz em saber disso Ana, mas a minha visita também tem um sentido especial.
- Estou esperando.
- Eu soube que agora você tem um estúdio de dança. – Eu já havia até me esquecido.
- É... Digamos que eu tenho.
- Pensei em te levar até lá.
- Mas eu pensei que não pudesse sair daqui.
-Você reagiu muito bem à quimioterapia e pelos exames que você fez nas ultimas horas, tudo indica que podemos abrir uma exceção. – Eu estou tão feliz que isso soa como musica nos meus ouvidos. Eu o abraço.
- Muito obrigada mesmo, não sabe como isso me deixar feliz. – Opa, acho que exagerei na dose. – Quero dizer, obrigada mesmo pela chance doutor.
- Você merece. – Droga! Você está maluca? Eu me esqueci  completamente do Cristian! Ele jamais me perdoaria por fazer uma coisa como essas!
- Alias, eu acho que não é uma boa ideia.
- O que houve? Estava tão animada.
- Não acho que o Cristian vai ficar feliz com isso.
- Não estou te sequestrando Anastásia. Estou apenas te levando para dar uma volta. Pode ligar para ele se quiser.  – Não, ligar será pior. Ele vai aparecer lá e fazer um escândalo.
- Você tem razão, é apenas um passeio.
- Então vamos?
- Eu só preciso me trocar.
- Claro, te espero lá fora.


Não sei o que eu estou fazendo e nem o porquê estou fazendo. Às vezes a atitude dele faz com que eu me sinta mal por fazer coisas que não são ruins. É apenas um passeio, ele também não me disse sobre a suposta prima.
- Você está muito bonita.
- Obrigada. – Fico feliz por ainda ter meu cabelo para isso. Será difícil sair na rua depois disso.  – Eu preciso usar a mascara?
- Não será necessário, é um passeio rápido.
- Você tem um carro legal. – Eu brinco.
- Na verdade é do hospital. Como eu tenho que fazer plantão e muitas vezes me deslocar até outras cidades, eles me forneceram.
- Acho justo.
- Você sabe onde fica o estúdio Anastásia?
- Sim, eu sei.  Eu mostro o caminho, é bem fácil fica em uma localização...
- O que é isso? – Ele freia bruscamente assim que saímos do hospital. Não acredito no que meus olhos estão vendo. Cristian desce do carro e meu coração para.
- Cristian?
- Eu posso saber o que está acontecendo aqui ou você prefere me contar depois?
- Como você chegou até aqui? – Ele ri.
- Eu é que tenho que perguntar, aliás, eu tenho que perguntar ao doutorzinho. Eu achei que a minha namorada não pudesse sair do hospital ou será que ela só pode sair com você? – Ele o empurra.
- Senhor Grey, você está entendo tudo errado.
- O que eu deveria entender?
- Cristian, me escute, por favor.
- Agora não Anastásia, a minha conversa é com ele. Vamos estou esperando.
- Eu apenas ia levar a Anastásia para um passei no estúdio de dança, achei que faria bem. Eu faço isso com os pacientes...  – Ele o segura pelo pescoço e eu começo a me apavorar.
- A única coisa que você tem que fazer é sua função de médico! – Ele berra.
- Senhoria Steele, você está bem?
- Taylor, por favor, segure o Cristian. – Logo varias pessoas se aglomeram perto do carro. Taylor o puxa rapidamente.
- Senhor, por favor, não queremos esse tipo de exposição aqui.
- Escute bem, minha namorada vai sair desse hospital e nunca mais vamos colocar os pés aqui!
- Cristian. – Eu fico olhando fixamente em seus olhos. – Estou fazendo um tratamento, o que você está fazendo é ridículo.
- Ridículo? Ridículo é você sair com esse cara pelas minhas costas.
- É para isso que me pediu em casamento? Para ter algum tipo de poder sobre mim?
- Ana...
- Não Cristian! Já chega. Eu cansei da sua forma de amor, alias, desse amor que você diz que sente. Isso não é amor, é uma obsessão. Você disse que estaria trabalhando, que tinha coisas importantes para fazer...
- Taylor me ligou e...
- Taylor? Está colocando até os seguranças para me vigiar? Chega, isso é demais para mim e até mesmo para você. A minha resposta é não.
- Do que você está falando?
- É isso mesmo que você ouviu. Eu não quero me casar com você, nem mesmo poderia.
- Ana, me escuta. – Ele me segura. A essa altura as pessoas já começaram a se afastar e estamos mais retirados.
- Eu quero passar por isso sozinha Cristian. Eu já cometi o erro de ceder e voltar para você uma vez, mas isso não pode mais acontecer, não enquanto você continuar se comportado como um doente.
- Talvez você tenha razão, quando se trata de você eu nunca vou conseguir ter controle.
- Então é melhor você ir e não me procurar, por favor.
- Como você quiser. – Ele sai me deixando com um nó completamente enroscado na garganta.



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