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Secrets of a CEO. 152





- Voltar?  Ainda não podemos Ted ainda é muito pequeno.
- Nós vamos conversar com o médico e resolver tudo o que precisamos para ir. Isso não está dando certo. Você não está bem aqui, meu irmão está internado lá, não faz sentido continuar com essa vida.
- Eu não quero dificultar as coisas.
- Eu fui errado desde o começo. Deveria ter percebido que tudo isso não está estava fazendo bem a você. Você estava prestes a ter o bebe quando viemos para cá, não deveríamos ter vindo.
- Você só queria fazer o melhor Cristian, foi só isso.
- Olhe só para você, deve estar cansada depois de tudo o que aconteceu.
- Estou exausta. Só quero ver meu filho e depois dormir um pouco, mas não sei se vou conseguir.
- Por quê?
- Porque toda a vez que eu fecho os olhos eu me lembro de como foi horrível estar aqui sozinha...
- Ana. – Ele me abraça. – Eu não vou te deixar sozinha. Vou ficar o tempo todo com você.
- Você promete? – Ele enxuga minha lagrima com o polegar. – Claro que sim.

Acordo com um barulho forte. Olho para a janela e é apenas chuva, uma forte chuva. Olho no quarto e não vejo Cristian.
- Cristian? –Aperto o interruptor e nada, estamos sem energia.  – Cristian? – Vou andando pelo corredor escuro.
- Ei. – Minhas pernas ficam tremulas e eu grito. – Calma Ana, sou eu.
- Meu Deus, você me assustou Cristian!  Porque estamos no escuro?
- Eu ainda não sei, pedi para que Taylor verifique. Não se preocupe tudo vai ficar bem, Ted está dormindo e você precisa comer. – Ele arrasta meu braço.
- Eu não estou com fome Cristian... – Ao chegar à sala me deparo com um jantar à luz de velas.  – Você cozinhou? – Ele ri.
- Na verdade eu preparei dois sanduiches.  Sente-se. – Ele coloca algumas almofadas no chão.
- Sei que você não pode beber então eu preparei um suco. 
- Cristian, preciso falar com você. – Respiro fundo. – Eu queria pedir desculpas por tudo o que aconteceu. Por tudo, pela delegacia, por tudo o que eu disse, por absolutamente tudo.
- Ana...
- Não, eu preciso falar Cristian. Eu não tinha o direito de questionar a sua ida para visitar seu irmão e você tem razão, talvez tudo isso que esteja acontecendo seja demais para mim. Eu quero ser forte na maioria do tempo, eu quero mostrar a você que eu posso sobreviver a qualquer tipo de situação, mas depois de tudo o que aconteceu eu entendi que eu não posso mais lidar com tudo isso sozinha. Essa vida que nós temos é muito nova, é tudo muito diferente para mim e eu realmente preciso de você agora mais do que nunca.
- E eu sempre vou estar junto com você independente de qualquer coisa. Ana, eu não quero que você seja forte na maioria do tempo, eu não quero que você seja alguém que eu quero, eu apenas quero que você seja você. Foi exatamente assim que eu me apaixonei por você, do jeito que você é. Não quero que mude para me agradar e nem nada desse tipo.
- Você ainda não disse.
- O que?
- Que me perdoa. – Ele sorri.
- Eu não preciso perdoar Ana. Você não fez nada que justifique pedir perdão. Vamos apenas pensar daqui para frente, o que você acha?
- É justo. – Me sinto melhor.  – Cristian, o que acha que aconteceu comigo? Porque eu ouvi e vi todas aquelas coisas?
- Eu não sou a melhor pessoas para esse tipo de explicação Ana, mas eu acredito que você estava cansada, estressada.  Quando estamos sozinhos e com medo acabamos vendo coisas onde não existem.
- Acho que foi isso.
- Não vai provar? – Ele aponta para o sanduiche.
- Claro. – Dou a primeira mordida. – Muito bom!
- Nossa... - Ele ri.
- O que foi?
- Você não tem noção de como está sexy fazendo isso.
- Cristian...
- E ficando vermelha fica ainda mais.
- Não brinque comigo assim...
- Você fica tão linda quando sorri, eu queria te ver sempre assim Ana. – Ele se aproxima, passa os dedos sobre a minha nuca agarrando meus cabelos e me beija.  Uma dor toma conta de mim, onde eu menos esperava...
- Espere!
- O que foi? – Não podemos fazer isso, ainda não, mas não sei se vou conseguir me controlar. O clima, a vela, nós... Como vou fugir?
- Acho que ainda não podemos. – Eu sei que ele fica decepcionado.
- Eu sei claro. Desculpe-me se fui rápido demais.
- Talvez eu devesse ir ver o Ted.
- Estamos com a baba eletrônica, ele está bem e você deve relaxar um pouco.
- Cristian, você quer ter outro filho? – Acho que eu o peguei de surpresa.
- Bom, acho que mais para frente podemos pensar nessa possibilidade.
- Eu pensei que você não quisesse.
- Deixei transparecer isso? Porque se deixei...
- Não, não foi isso. Também não estou pensando nisso para agora.
- Sua gravidez foi um pouco complicada, não durante o período completo, falo mais sobre o parto. Acho que temos que conversar com a doutora sobre isso.
- É, dizem que a segunda gravidez deixa a mulher mais debilitada. Vou falar com ela sobre isso na próxima consulta. Mas me fale sobre a empresa, tudo está bem?
- Quer mesmo saber?
- Claro Cristian, eu não me interesso só pelas coisas boas. – Ele ri.
- Estou pensando em dar férias para Andreia.
- Algum problema?
- Estou sentindo que ela está muito sobrecarregada, tenho precisado mais dela do que de costume.
- Mas se ela realmente sair de férias quem vai te auxiliar?
- Ainda não pensei nisso. E também esse negócio de férias não é algo certo ainda. Tem muitas coisas que a Andreia faz que são de extrema confidencialidade eu não posso colocar qualquer pessoa.
- Se quiser eu posso te ajudar. Quero dizer, com essas coisas que são de extrema confidencialidade.
- Faria isso? Já vou logo avisando que são processos burocráticos.
- Acha que eu não consigo Grey?
- Não foi isso que eu disse, apenas quero que você entenda que são atividades legais. É tudo muito tedioso. Andreia já está acostumada.
- Pois estão faça. Contrate alguém para fazer o básico e me deixe tomar conta dessas coisas.
- Tem certeza?
- Claro que sim, Cristian.  Confie em mim.




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