Secrets of a CEO. Cap 160

Acordo assustada. Já está de manhã. Ele está dormindo calmo e tranquilo. Eu não deveria ter cedido, eu não deveria ter dormido com ele foi um terrível erro.
— Bom dia. — Não respondo.
— Ana? Tudo bem?
— Não, na verdade não está nada bem.
— Porque?
— Porque você não deveria ter dormido aqui e eu não deveria ter...
— Espera do que você está falando?
— Estamos separados, Cristian. Você sabe muito bem disso e você se aproveitou por um momento da minha fraqueza.
— Eu? Você não me pareceu incomodada ontem à noite.
— O fato é que eu acho que fomos longe demais.
— Quer que eu vá embora?
— Acho melhor você ir.
— Ana, é sério que o que tivemos aqui ontem à noite não significou nada para você? Nem a nossa conversa?
— Já tivemos essa conversa milhares de vezes, mas eu sei que isso é tudo momentâneo Cristian. Temos que admitir que erramos. Tivemos bons momentos, tivemos um filho lindo que sempre será nosso independente de qualquer coisa que aconteça, mas o nosso relacionamento.... Eu não posso lidar com tudo o que cerca você e a vida já me deu esse sinal várias vezes, só eu que não quis ouvir.
— Não posso forçar você a fazer nada que não queira. Se não quer mais eu vou entender. — Ele se veste e eu fico apenas observando. — Vou passar para ver o nosso filho e em seguida eu vou embora. Vou mandar um advogado conversar com você sobre todos os tramites para o divórcio.
— Divórcio?
— Não quero ter mais nada que prenda você a mim. Você quer viver a sua vida e eu acho justo. A partir de agora não tem mais nenhum compromisso comigo e nem eu com você. Tenha um bom dia.
Ele sai me deixando no completo vazio. Eu sei que vou sofrer muito, mas é o melhor para mim. Eu já passei por muita coisa e sempre quando acontecia o pior eu achava que fazia parte, mas na verdade não faz. Isso não é normal. Sei que no começo vai ser difícil, mas eu vou conseguir superar.

— Kate? Acha que pode vir até o apartamento onde eu estou?
— Você está bem? Está chorando?
— Pode vir, por favor?
— Claro, me mande o endereço por mensagem e eu chego em um minuto.

— Ana, tudo bem? — Eu a abraço sem esperar que ela passe pela porta.
— Calma, Ana. Calma. Vamos nos sentar. — Eu mal consigo me controlar.
— Amiga, o que aconteceu?
— Cristian e eu... Nós não temos mais nada.
— Espera, você já tinha me dito isso antes.
— Ele veio até aqui, nós.... Você já deve imaginar, mas eu não posso. Não posso lutar contra isso mais uma vez.
— Ana, você ama esse homem porque insiste em continuar com isso?
— Eu não posso mais Kate. A vida do Cristian é muito diferente da minha, nunca daria certo. Nós já passamos por muitas situações e você sabe disso. Eu preciso seguir em frente, preciso tentar tirar ele da minha cabeça.

— Ana, você tem certeza de que está preparada para ver ele recomeçar a vida?
— Como assim?
— Querida, assinando esse divórcio ele fica livre. Vai ter o direito de procurar outra pessoa e você sabe que isso vai acontecer cedo ou tarde.
— Não pretendo estar aqui quando acontecer.
— Você vai embora?
— Eu só acho que você deveria procurar evitar uma batalha judicial, principalmente pelo seu filho.
— Eu jamais o faria sofrer, Kate.
— Você está mais calma?
— Apesar do vazio eu estou. Preciso falar com você sobre trabalho.
— Trabalho? Como assim?
— Enquanto eu não pensar em alguma coisa eu preciso me sustentar e sustentar o meu filho.
— Eu tenho certeza de que o Cristian...
— Eu não quero nada dele. Eu preciso cuidar do meu filho e de mim. Você sabe de alguma coisa?
— Ana...
— Você sabe só não quer falar.
— Ana, eu até sei de um trabalho, mas você não vai aceitar.
— O que seria?
— Seria para trabalhar em uma boate. Garçonete.
— Não é o que eu estou procurando, mas acho que posso fazer isso.
— Ana tem certeza disso?
— Tenho, Kate. É o que eu preciso fazer.
— Esse cara dono dessa boate é um amigo meu. Se você quiser podemos ir até lá hoje à noite pra você conhecer.
— Eu não posso, não posso deixar meu filho sozinho.
— A Senhora Jones pode ficar com ele não pode?
— Não daria certo, ela diria ao Cristian.
— Eu falo com ela, pode ficar tranquila. Não precisamos leva—ló até lá ela pode vir aqui.
— Eu nem sei como te agradecer por tudo. Eu não estou conseguindo pensar direito nas coisas, nem sei o que eu faria se não fosse você.
A noite de ontem foi a nossa despedida. A última vez que eu senti seu toque, seus beijos, seus carinhos. Eu sei que parece muito idiota da minha parte larga—ló assim, mas eu tentei, tentei mais do que eu realmente deveria ter tentado.

O lugar está cheio. Chegamos um pouco atrasada, pois a Senhora Jones teve dificuldades em sair do apartamento sem que Cristian percebesse. Não fiz questão de saber se ele já estava em casa ou se ainda estava na empresa. Provavelmente estava na empresa.
— Esse lugar é mais chique do que eu pensava.
— É uma das boates mais famosas da cidade. Você quer sentar? Vamos tomar alguma coisa?
— Não posso beber, mas acho que vou querer uma água. — Sentamos em uma mesinha próxima.
— Por favor, eu quero uma cerveja e uma água para a minha amiga.
— Sim, Senhorita.
— Desde quando você conhece o dono daqui?
— É um amigo meu. — Ela fala mais alto por conta da música. — Eu já conheço ele faz algum tempo. Nós tínhamos alguns amigos em comum.
— Me sinto estranha em sair depois de tanto tempo...
— Ana.
— O que foi?
— Eu acho melhor você não olhar agora, mas o Cristian está aqui?
— O que? — Olho na mesma hora. Ele está sentado próximo ao bar ao lado de uma moça que fala sem parar.
— Amiga, você quer ir embora?
— Embora? De jeito nenhum. — Não é assim que funcionam as coisas, Grey.
— Ana! Espera ai Ana! — Ela vem atrás de mim.
— Eu atrapalho?
— Anastásia? O que você está fazendo aqui?
— Sou eu que deveria te perguntar isso, Cristian.
— Vocês se conhecem?
— Sim, querida, ele é meu marido caso não tenha dito nada a você.
— Olha, eu...
— Você não precisa me dizer nada. Aliás, nós estamos nos divorciando então você pode aproveitar muito bem. Com licença. — Eu saio. Estou cega de ódio, como ele pode fazer isso? Nem se quer esperou um tempo antes de se encontrar com outra.
— Ana, será que você pode esperar por favor?
— Esperar? Você esperou para sair com essa mulher?
— O que você está fazendo aqui, Anastásia? Onde está o nosso filho?
— Agora você se preocupa com ele? A alguns minutos atrás você não me parecia nenhum pouco incomodado.
— Por favo, Ana, pare de dizer besteiras!
— Besteiras? Você não esperou nem o nosso divórcio para se encontrar com outra pessoa.
— Em primeiro lugar, eu não estava me encontrando com ninguém. Eu estava esperando o Flynn chegar e aquela moça sentou ao meu lado e começou a falar um monte de coisas, eu nem mesmo sei quem é. Pode me explicar o que estava fazendo aqui?
— Eu vou trabalhar aqui? — Ele ri.
— Não, você não vai.
— Você não manda em mim, Cristian.
— Já chega. Venha eu vou te levar para casa.
— Eu não vou para nenhum lugar com você.
— Você pode ir andando ou eu posso carregar você. Você escolhe.
— Você jamais se atreveria. — Ele é rápido. —  Me solte, Cristian! Me solte agora!
— Quando estiver mais calma eu te solto.
— Você vai se arrepender de fazer isso! — Kate! Eu nem mesmo disse para ela onde estava indo.